quarta-feira, 12 de setembro de 2012

CASOS DE ALUNOS DO ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO @ REGISTROS REFLEXIVOS DE ALUNOS NO A. E. E.



Caso ELIZIANE.

           A aluna Eliziane do Carmo Maia nascida no dia 16/02/1999, filha do senhor Ademilson Ribeiro Maia e da senhora Giscélia Oliveira do Carmo. Eliziane é a caçula tendo ainda duas irmãs mais velhas. A aluna é muito, superprotegida aparenta desejar atenções diferenciadas para si, solicitando que sejam feitas todas as suas vontades, em casa demonstra agressividade em situações de conflito; usa meios físicos para alcançar o que deseja fica muito agitada, não gosta de barulho, fala baixo quando falam baixo com ela, e fala alto se também falam com ela. Eliziane gosta de fazer amizade quando não esta na escola certamente esta brincando com suas colegas, gostar muito de estudar e tem em sua mãe o apóio para realização de todos os passos principalmente para a escola e/ou atividade escolar, a aluna já foi reprovada, por serias dificuldades de aprendizagem, Eliziane tem problemas de reumatismo e bloqueio no coração seu Laudo médico afirma que Eliziane do Carmo, tem retardo de aprendizagem com escrita espelhada confirma o CID 10 –F 71. É muito agitada faz tratamento em salvador onde viaja com sua mãe toda semana.
               A aluna foi encaminhada para a sala de recursos através dos seus pais, estuda na escola comum, encontra-se na terceira série na qual a professora da escola comum demonstra sua preocupação e vem buscando conduzir mudanças que sejam significativas para o desenvolvimento da aluna.                                       
             A mesma participa frequentemente do (AEE) Atendimento Educacional Especializado,onde venho desenvolvendo um  trabalho lúdico que é uma das alternativas para a aprendizagem,  pois o lúdico é mais um recurso que utilizamos para desenvolver atividades necessárias no processo de ensino aprendizagem, observar como está sendo a participação nestas atividades e incentivar a socialização já que a mesma necessita de mais tempo para aprender.Assim exploramos ainda atividades pedagógicas: como quebra – cabeça, musiquinha com a bandinha rítmica, trabalhando o projeto dona baratinha ouvir a historinha explorar os sons dos animais encontrados com os fantoches; colagem, pintura e recorte. Atividade de vida diária, usar ilustrações e fixas de leitura com o objetivo de acostumar o aluno a relacionar a imagem a escrita.
      Contudo pude perceber os avanços, criando e recriando através de atividades, jogos e brincadeiras lúdicas, tornando assim as possibilidades mais rica e produtiva.      Caso escrito pela Professora: Jilvani Rocha Silva Belitardo .


Análise do caso e clarificação do problema.

Problema:
* Cognitivo: desenvolvimento e funcionamento cognitivo.
* Estilos e ritmos de aprendizagem.

Potencialidades:
* Gosta da escola, de estudar.
* É assíduo e tem bom comportamento.
* Com apoio realiza todas as atividades que lhe é proposta.
* Compreende comando e as propostas de atividade.

Dificuldades:
* Realiza sem intervenção / acompanhamento direto as atividades propostas.
* Ler e escreve convencionalmente e com desenvoltura.





















RELATÓRIO REFERENTE AO SEMESTRE I DE 2012 .
      
Neste ano de 2012, ELIZIANE está matriculada na quinta série do Ensino Fundamental I e possui deficiência intelectual (,O que é a deficiência intelectual? É a limitação em pelo menos duas das seguintes habilidades: comunicação, autocuidado, vida no lar, adaptação social, saúde e segurança, usam de recursos da comunidade, determinação, funções acadêmicas, lazer e trabalho. O termo substituiu "deficiência mental" em 2004, por recomendação da Organização das Nações Unidas (ONU), para evitar confusões com "doença mental", que é um estado patológico de pessoas que têm o intelecto igual da média, mas que, por algum problema, acabam temporariamente sem usá-lo em sua capacidade plena. As causas variam e são complexas, englobando fatores genéticos, como a síndrome de Down, e ambientais, como os decorrentes de infecções e uso de drogas na gravidez, dificuldades no parto, prematuridade, meningite e traumas cranianos.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 5% da população mundial tem alguma deficiência intelectual.) .Assim continuando o trabalho já iniciado pela  Professora: Jilvani Rocha Silva Belitardo,neste  primeiro semestre  o ponto de partida foi promover atividades que  mantenha o aluno atento, como jogos de tabuleiro, quebra-cabeça, jogo da memória ,cruzadinha,caça palavras e tantos outros jogos online.Nas atividades do projeto as quartas feira que é em grupo ,ela se enturma,embora seu nível seja inferior,mas consegue realizar com ajuda da professora TUDO que lhes é proposto.
    Também considero importante adequar a proposta à idade e, busquei fazer isto a todo tempo, principalmente, aos assuntos trabalhados em classe. Nesse último caso, pretendo no segundo semestre orientá-la neste sentido, buscando assim sua permanência na escola e aprendizagem dos conteúdos propostos.
    Vale ressaltar que ELIZIANE possui diagnóstico e nele trás: F71 Retardo mental moderada- Amplitude aproximada do QI entre 35 e 49 (em adultos, idade mental de seis a menos de nove anos). Provavelmente devem ocorrer atrasos acentuados do desenvolvimento na infância, mas a maioria dos pacientes aprendem a desempenhar algum grau de independência quanto aos cuidados pessoais e adquirir habilidades adequadas de comunicação e acadêmicas. Os adultos necessitarão de assistência em grau variado para viver e trabalhar na comunidade. Inclui: atraso mental médio, oligofrenia moderada, subnormalidade mental, moderada.
Deficiência Mental - Funcionamento intelectual significativamente inferior á média, com manifestação antes dos dezoito anos e limitações associadas a duas ou mais áreas de habilidades adaptativas, tais como: comunicação; cuidado pessoal; habilidades sociais; utilização da comunidade; saúde e segurança; habilidades acadêmicas; lazer e trabalho.
Diante observação do seu caderno de sala de aula comum, despertou-me o interesse em analisar o seu rendimento escolar. A saber:

DISCIPLINA
PROFESSOR
MÉDIA IU
Língua Portuguesa
Sufia
4,5
Matemática
Roberio Matos
4,0
Ciências
Marcos
?
Geografia
Jidova
?
Historia
Suely
?
Artes
Cristina
?
Educação Física
Roberto
7,0
Meio Ambiente
Marquês
?
Inglês
Theobaldo
5,3










Caso Weliton Thaylan

O menino Weliton é filho único, tem 11 anos, iniciou sua vida escolar com 3 anos, permanecendo até os 6 em escola de Educação Infantil particular. Aos 7 anos ingressou na escola pública, neste ano sua mãe percebe que Weliton “vivia no mundo da lua” em casa, e em conversa com sua professora na escola não era diferente. A profª comenta que o mesmo tinha déficit de atenção.
Na 1ª série com o professor F. o mesmo ficou muito retraído, pois com tom de brincadeira o mesmo falava o tempo todo que Weliton era lento parecendo uma tartaruga, pois tinha dificuldade em acompanhar o processo.
2010 para 2011 morava em Itatim, Bahia, onde ele estudava 4ª série, e a sua mãe por considerá-lo fraco em aprendizagem, o fez repetir de ano por não ter paciência de ler até o final o que é proposto, bem como escrever faltando letras além de apresentar muitas dificuldades ortográficas e caligrafia inlegível.
Gosta muito da escola (desenhar/ pintar/ artes/ não gosta de copiar), mesmo com seu ritmo diferenciado e dificuldade em assimilar os conteúdos. Seu colega favorito na escola é Pablo, em casa gosta muito de brincar com seu primo Deyvidson, segundo sua mãe ele tem muita facilidade em fazer amigos, gosta de brincar de bola, assistir TV e vídeo-games (não é muito bom nos jogos).
Ano passado foi aluno do  professor Samuel o qual descreveu como aluno interessado tanto nas atividades de classe quanto extra classe . O único problema visualizado pelo professor foi a falta de atenção ( vivia no mundo da lua).
Weliton frequenta o PETI com a profª  Sônia  onde o mesmo tem o reforço do ensino regular e terá pela 1ª vez o AEE na SRM este ano.
Seu pai é caminhoneiro, ausenta-se muito de casa, mas o relacionamento dos dois é ótimo, sua mãe por ficar em casa, sempre participa e acompanha a vida escolar. Desde fevereiro de 2012 está sendo acompanhado por psicólogo e em março de 2012 recebeu do neuro o diagnóstico: CID F81.9. Weliton é alérgico a Dramin, e toma controladamente os medicamentos: Amato e Depavane pela manhã e a noite. No entanto, faz-se necessário uma reavaliação do medicamento visto que, o mesmo deixa o aluno muito sonolento e desanimado. Dificultando assim,  a realização das atividades propostas e consequentemente o seu desenvolvimento escolar.

Análise do caso e clarificação do problema
   
Problema:
*De aprendizagem por conta do déficit de atenção [...].

Potencialidades:
* Criatividade.
* Adaptabilidade em trabalhar no grupo.
* Gosta da escola e de estudar.
* Tem um bom comportamento.
* Com apoio realiza todas as atividades propostas.

Dificuldades:
* Manter a atenção por muito tempo numa mesma atividade.
* Acompanhar o ritmo das atividades a serem copiadas em sala ( ditadas ou escritas no quadro pelos professores).
* Realizar uma atividade por completo sem acompanhamento direto do professor.
* Escreve faltando letras / palavras por conta da distração.















Registro reflexivo referente ao II semestre do aluno Weliton Taylan Silva dos Santos.
Incluir significa promover e reconhecer o potencial inerente a todo ser humano em sua maior expressão: a diferença.”
Weliton Taylan Silva dos Santos é filho único, tem 11 anos, iniciou sua vida escolar com três anos, permanecendo até os 6 em escola de Educação Infantil particular. Aos sete anos ingressou na escola pública, neste ano sua mãe percebe que Weliton “vivia no mundo da lua” em casa, e em conversa com sua professora na escola não era diferente. Em busca de um diagnóstico preciso a mãe encontra a resposta se filho tem: TDAH (DDA) é inteligente, criativo e intuitivo, mas não consegue realizar todo seu potencial em função do transtorno que tem três características principais: desatenção, impulsividade e hiperatividade (ou energia nervosa). Tem dificuldade em assistir uma palestra, ler um livro, sem que sua cabeça “voe” para bem longe perdida num turbilhão de pensamentos. Comete erros por falta de atenção a detalhes, faz várias coisas simultaneamente, ficando com vários projetos, tarefas por terminar e a cabeça remoendo todos os "tenho que". Quando motivado e/ou desafiado, tem uma hiperconcentração. É desorganizado tanto internamente (mil pensamentos e idéias ao mesmo tempo), como externamente: mesa, gavetas, papéis, prazos, horários.
Características que podem estar presentes em pessoas com hipofuncionamento do córtex pré-frontal, isto é, com TDAH (DDA):Dificuldade de concentração; Distração; Dificuldade em ouvir; Falta de controle dos impulsos; Desorganização; Tendência ao adiamento de tarefas; Sonhar acordado; Falta de perseveranças; Tendência a executar várias tarefas ao mesmo tempo, deixando muitas inacabadas; Falha na organização de tempo e espaço - dificuldade de planejamento; Problemas de memória em curto prazo; Dificuldade para lidar com regras sociais; Falhas de julgamento, interpretações errôneas; Dificuldade em aprender com a experiência.Mediante pesquisa realizada sobre esse problema dentre os citados estes estão descartado: Falta de controle dos impulsos; Dificuldade em expressar sentimentos; Ansiedade crônica; Tédio, apatia, falta de motivação; Hiperatividade. Neste I semestre ficou claro que o referido aluno “vive no mundo da lua”. Assim fez-se necessário que o trabalho desenvolvido na SRM/AEE neste I semestre tenha contemplando: memória/atenção/raciocínio lógico e visão espacial. Estas atividades foram online, no caderno, digitadas, individuais e em grupo. É comprometido e tem satisfação de realizar todas as atividades que lhes é proposto, tem sempre o acompanhamento e empenho de sua mãe.Em pesquisa sobre o aluno descobrir que:Rohde e Benczick (in Enciclopédia Livre, 2009) caracterizam o TDAH em dois grupos (HIPERATIVIDADE /DEFICT DE ATENÇÃO).O ALUNO  Weliton Taylan,se encaixa em 90%,dos sintomas abaixo relacionados à desatenção (DEFICT DE ATENÇÃO )segunda á autora:
  • Não prestar atenção a detalhes;
  • Ter dificuldade para concentrar-se;
  • Não prestar atenção ao que lhe é dito;
  • Ter dificuldade em seguir regras e instruções;
  • Desvia a atenção com outras atividades;
  • Não terminar o que começa;
  • Ser desorganizado;
  • Evitar atividades que exijam um esforço mental continuado;
  • Perder coisas importantes;
  • Distrair-se facilmente com coisas alheias ao que está fazendo;
  • Esquecer compromissos e tarefas;
  • Problemas financeiros;
  • Tarefas complexas se tornam entediantes e ficam esquecidas;
  • Dificuldade em fazer planejamento de curto ou de longo prazo.
 Assim, faz-se necessário continuar o trabalho na SRM/AEE, enfatizar atividades que possibilite o aluno a melhorar sua atenção e concentração, visto que o seu rendimento escolar não vem sendo satisfatório. Vejam a tabela abaixo:
DISCIPLINA
PROFESSOR
MÉDIA IU
Língua Portuguesa
Lucilene
4,2
Matemática
Roberio Matos
4,3
Ciências
Marcos
6,0
Geografia
Jidoval
8,3
Historia
Suely
7,6
Educação Física
Roberto
7,0
Artes
Cristina
8,0
Inglês
Theobaldo
7,0
Meio Ambiente
Marquês
7,0

              Diante do que foi abordado neste relato, afirmamos que o Déficit de Atenção e Hiperatividade ainda é um distúrbio que se encontra em um processo de pesquisa, pois é tudo muito novo sobre este tema e com um enfoque que abrange áreas do cérebro humano, que por ser muito complexa, a ciência ainda não tem respostas precisas. Segundo nossas diretrizes do AEE, este distúrbio não se deve confundir com DEFICIÊNCIA, mas que este aluno deve ser atendido no AEE.
Este estudo ampliou nossos conhecimentos e, conseqüentemente nos trouxe dúvidas e questionamentos a respeito da fronteira entre o comportamento social e o transtorno de déficit de atenção e( hiperatividade). Mas com os dados que temos, já é um bom caminho para desenvolver um trabalho significativo com TAYLAN. Para isso, precisamos contar com ATIVIDADES CRIATIVO-LÚDICAS cada vez mais DIFERENCIADAS das oferecidas no ensino comum para favorece o aprendizado deste aluno.



VÁRZEA NOVA, 19/07/2012.
SÍLVIA CARNEIRO DE OLIVEIRA SILVESTRE.
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Caso Adrielle

Adrielle Gonçalves Leite, 14 anos, mora com seus pais, uma irmã de 08 anos e um irmão de 05 anos. Segundo sua mãe em casa: Adrielle gosta de afazeres domésticos como lavar louça e passar ferro em roupas. Tem dificuldade de interação, devagar, nervosa, não tem muitos amigos na escola e na vida. Só uma preferida M. de infância e da igreja que frequentam. Em casa também gosta de jogos na internet, tudo que for infantil lhe atrai, adora o dvd da Galinha Pintadinha. Sua idade mental é de 05 anos, relata sua mãe, Adrielle não gosta de errar e ser corrigida.
Clinicamente falando, desde os 05 anos que sua mãe percebeu que havia algo errado, assim a partir da 1ª série, com 7 anos, iniciou o atendimento psicológico desde os 9 anos. Já foi feito consulta com um neuro e o laudo não detectou anormalidade. Como a situação permanece a mãe está em busca de um neuropediatra para clarificar melhor a situação-problema de Adrielle. É uma pré-adolescente que não se abre, não externaliza suas emoções, não gosta de beijo e abraços. Ultimamente tem levantado curiosidade sobre sexualidade.
Seu histórico escolar inicia-se com 5 anos na Educação Infantil, esta primeira experiência não foi boa para Adrielle, pois sua mãe relata que sua professora não era paciente, neste período detectou-se problemas de dicção. Aos 7 anos estava na primeira série na escola comum Municipal, aos 10 anos na 4ª série, repetiu de ano, hoje com 14 anos se encontra na 6ª série, ela gosta em parte da escola, visto que não consegue acompanhar o ritmo das aulas/conteúdos, deixa-os copiados no caderno sempre pela metade. Quanto a este fato a mãe afirma que aos domingos ela já fica triste, por segunda-feira ter que ir cedo para a escola. Pois a tarefa mais difícil que encontra na escola é interpretar textos e a matemática, não concebe errar e apagar o erro. Sua mãe destaca as seguintes habilidades: é solidária e gosta de afazeres domésticos, canta lindamente na igreja, frequenta a biblioteca da escola para ler – ler muito bem –e leva livros para casa e em 2010, na 4ª série com a professora Joacilda foi eleita aluna leitora do ano em curso.
Seus professores atuais são:
Língua Portuguesa – Profª Ádria:
Matemática – Prof. Robério:
Ciências – Prof. Jidoval:
Geografia – Prof. Sebastião:
História – Profª Jeany:
Educação Física – Prof. Roberto:
Educação Artística – Profª Sílvia Cristina:
Inglês
Eixo Meio Ambiente:
Este ano a mãe buscou apoio do AEE na SRM com o intuito de minimizar a situação-problema na qual Adrielle se encontra.

Análise  do caso e clarificação do problema

Problema:
 * Desenvolvimento afetivo, social e de aprendizagem (discalculia [...], disgrafia [...].

Potencialidades:
* Gosta de ler e a faz com desenvoltura e interpreta satisfatoriamente.
     * Realiza todas as atividades propostas.
     * Compreende ordens.
     * Tem bom comportamento.
     * Realiza produções (desenhos / textos).
     * Oratória satisfatória.

    Dificuldades:
    * Raciocínio lógico, resolução de problemas c.ment. escrita (caligrafia).
    * Tem traço de disgrafia (letra feia “ilegível”).
    * Cálculo mental.
    * Esquecimento (de frequentar o AEE).
    * Auto estima fragilizada por ter discalculia e questões familiares que lhe afeta (mãe / pai).

   






REGISTRO DESCRITIVO REFERENTE AO SEMESTRE I DE 2012 da aluna Adrielle Gonçalves Leite.



Adrielle Gonçalves Leite, 14 anos, mora com seus pais, uma irmã de 08 anos e um irmão de 05 anos. Segundo sua mãe em casa: Adrielle gosta de afazeres domésticos como lavar louça e passar ferro em roupas. Tem dificuldade de interação, devagar, nervosa, não tem muitos amigos na escola e na vida. Só uma preferida M. de infância e da igreja que freqüentam. Em casa também gosta de jogos na internet, tudo que for infantil lhe atrai, adora o DVD da Galinha Pintadinha. Sua idade mental é de 05 anos (em algumas atitudes do dia a dia), relata sua mãe, Adrielle não gosta de errar e ser corrigida.
Clinicamente falando, desde os 05 anos que sua mãe percebeu que havia algo errado, assim a partir da 1ª série, só aos sete anos sua mãe começou algumas intervenções tipo: [...]. Iniciou o atendimento psicológico desde os nove anos. Já foi feito consulta com um neurologista e o laudo não detectou anormalidade. Como a situação permanece a mãe está em busca de um neuropediatra para clarificar melhor a situação-problema de Adrielle. Ela é uma pré-adolescente que não se abre não externaliza sua emoção não gosta de beijos e abraços. Ultimamente tem levantado curiosidade sobre sexualidade. Sua maior dificuldade na escola é em MATEMÁTICA cursando este ano a sexta série do Ensino Fundamental I.
Durante este primeiro semestre de 2012 confirmou-se (As hipóteses levantadas) POR UM TRABALHO PSICOPEDAGÓGICO realizado pela professora e psicopedagoga Cássia Antônia que a atendeu em 2011, solicitado pela mãe da aluna no intuito de descobrir o que realmente impede Adrielle de aprender matemática visto que nas demais disciplinas  ela vai satisfatoriamente bem, na leitura ela é 100% .Por meio da análise da caderneta de rendimentos da   6ª série C  matutino,  pude perceber uma queda    no seu rendimento escolar em  várias disciplinas. A saber:
DISCIPLINA
PROFESSOR
MÉDIA IU
Inglês
Theobaldo
7,2
Língua Portuguesa
Ádria
3,3
Matemática
Roberio Pinto
6,6
Ciências
Delma
6,1
Geografia
Sebastião
5,7
Historia
Aderino
3,8
Artes
Cristina
?
Educação Física
Roberto
6,8
Identidade Cultural
Edineide
6,2

Isso deixa claro que o seu “ problema” tem interferido não só na área de maior dificuldade -Matemática-  mas, tem  afetado todas as demais. Por quê? Será que suas necessidades educacionais especiais estão sendo consideradas? Os professores estão a par do problema da aluna? Acredito que não.
Para confirmação das hipóteses levantadas ano passado, fiz na SRM/AEE neste I semestre as seguintes atividades: Jogos online tipo: quebra-cabeça, da memória, tabuada com as quatro operações, labirintos, entre outros. Jogos de mesa: dominó com as quatro operações, situações problemas com o material dourado, entre outros.
Assim todas estas atividades envolvendo a matemática nas suas diversas facetas com a referida aluna na SRM/AEE confirmam-se as hipóteses que ela tem DISCALCULIA. (A Discalculia é um distúrbio neurológico que afeta a habilidade com números. É um problema de aprendizado independente, mas pode estar também associado à dislexia. Tal distúrbio faz com que a pessoa se confunda em operações matemáticas, conceitos matemáticos, fórmulas, seqüência numéricas, ao realizar contagens, sinais numéricos e até na utilização da matemática no dia-a-dia.) Pois, após este período foi feito uma nova análise de suas produções realizada com a professora Cássia, e mediante as pesquisas realizadas chegamos a este resultado. E ainda mais a sua caligrafia com algumas deformidades se dá porque a discalculia causa a Disgrafia que é uma alteração da escrita normalmente ligada a problemas perceptivo-motor, também perceptível em Adrielle.CONCLUSÃO:Espera-se que a aluna avance em sua aprendizagem de MATEMÁTICA E MELHORE SUA AUTO ESTIMA,através das atividades que lhes serão propostas no AEE em grupo e individual neste II semestre de 2012.

Professora do AEE /SRM do C,E.J.S.O.
SÍLVIA CARNEIRO DE OLIVEIRA SILVESTRE.
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Várzea Nova,19/07/2012.








                                              CASO UANDERSON.
       

 Uanderson Peixoto dos Santos, nascido em 01/12/1988, mora com seus pais Joel Gomes dos Santos e Marinalva Peixoto doa Santos; iniciou sua vida escolar aos seis anos em escolinha de alfabetização e particular, vindo pára o ensino publico só com dez anos ; primeira série em 1998 ,segunda série de 1999 a 2003,terceira série 2003 a 2007,quarta série 2007 ,quinta série 2008 e 2009,sexta série 2010,sétima série 2011.
Hoje com 24 anos cursando a oitava série do Ensino Fundamental I no turno vespertino. Ele  tem uma série de dificuldades do tipo: Acompanhar o ritmo de escrita dos colegas quando o conteúdo é ditado ou escrito no quadro pelos professores (isto se dá por sua limitação motora que é aparente)., não consegue ler convencionalmente e com desenvoltura Por esses motivos a mãe relata que às vezes resiste a vir para escola, pois se sente inferior aos colegas por conta destas suas limitações.
Para poder acompanhá-lo nas atividades escolares sua mãe recomeçou os estudos depois de muito tempo de desistência, e na maioria das vezes resolve as atividades que o professores passas para casa, no intuito de ajudar seu filho. O que sem saber acaba prejudicando-o, camuflando de fato o seu real saber /potencial cognitivo. Sua mãe deixa claro que  ele gosta da escola,o seu “DESINTERESSE”(COMO RELATA ALGUNS PROFESSORES) se dá por conta da sua defasagem na aprendizagem e a postura de alguns professores apagando do quadro as atividades sem respeitar o seu ritmo.
               Uanderson freqüenta a SRM desde 2009, embora a sua freqüência seja muito irregular não favorecendo assim a superação de obstáculos encontrados na escola comum. Neste ano de 2012 o mesmo nos procurou por INCENTIVO das professoras VANÚSIA de Geografia e da professora Maricélia de Língua Portuguesa para retornar ao AEE.
               Várzea Nova, 25 de julho de 2012.
SÍLVIA CARNEIRO DE OLIVEIRA SILVESTRE.
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PROFESSORA DA S.R.M. DO C.E.J.S.O






ANÁLISE E CLARIFICAÇÃO DO CASO UANDERSON.

5.Uanderson Peixoto
Problema:                                                                                                              * Cognitivo, envolvendo a dificuldade nas aprendizagens escolares.  *Motor, dificultando e interferindo no ritmo de aprendizagem nas atividades de  Leco escrita.
Potencialidades:                                                                                                            * Relacionamento Interpessoal bom.                                                                 * Na SRM realiza tudo que lhe é proposto, embora seja com total intervenção / apoio.                                                                                              *Gosta da escola e de estudar (falta por não aprender como os demais colegas).
Dificuldades:                                                                                                                  * Dificuldade motora fina.                                                                                                        * Escrever no ritmo dos seus colegas na sala.                                                * Acompanhar as atividades propostas na classe comum por não ler e escrever convencionalmente.                                                                                          * Lentidão ao escrever no caderno.                                                                             * Lentidão no manuseio de mouse em atividades de arrastar o cursor.        * Ler e escrever convencionalmente.

Série: 8ª                               Turma: Única                                 Turno: Vespertino
DISCIPLINA
PROFESSOR
MÉDIA
Língua Portuguesa
Maricelia
 +-3,8
Matemática
Aloisio
7,7
Ciências
José Doria
6,0
Geografia
Vanúsia
6,0
Historia
Gedeão
+- 5,2
Artes
Kátia
?
Inglês
David
6,0
Educação Física
José Ramos
?
Ciências e Tecnologia
José Doria
?

É de extrema importância que o aprendente seja avaliado por profissionais como fisioterapeuta e fonoaudiólogo afim de que as dificuldades na coordenação motora e linguagem e escrita respectivamente sejam aperfeiçoados comumente as propostas oferecidas em SEM pela professora Silvia. De igual modo os professores da sala comum precisam rever seus instrumentos de ensino/aprendizagem bem como instrumentos avaliativos que potencializem as possibilidades de Uanderson
Sugiro: * Textos e/ou quaisquer conteúdos que serão escritos pela turma estarem previamente digitados (CAIXA ALTA) para que o aprendente faça a leitura como também as atividades, que por sua vez necessitam de adaptações contextualizadas ás dos colegas, reservando o momento de escrita para produção subjetivas.
·          O aprendente apresenta grandes dificuldades com a leitura e a escrita. Dessa forma sugiro que as atividades que envolvam estes instrumentos sejam acompanhados pelo professor e/ou colega de classe que o auxilie (lendo com ele ou/para ele)
·          Atividades de enumerar, ligar, múltiplas escolha, com gravuras escritas em caixa alta.
·         Posição que está sentado (inclinação do corpo p/ a direita que se intensifica com o manuseio do mouse)
·         Pesquisar os clássicos juvenis p/ contextualizar as atividades;
·         Fisioterapia
·         Alfabetização





REGISTRO REFLEXIVO REFERENTE AO DESEMPENHO DE UANDERSON.
              


 Os atendimentos educacional especializados AEE de Uanderson  acontecem duas vezes por semana no turno matutino, turno oposto ao que estuda.  Neste primeiro semestre a sua freqüência foi muito irregular, sempre fala que não consegue acordar  mesmo seu horário sendo as  9:30h da manhã. Assim fico impossibilitada de descrever avanços deste aluno no que se refere ás intervenções que são feitas no AEE.
      Hoje o aluno freqüenta a escola comum e seu desempenho acadêmico está no quadro abaixo. 
DISCIPLINA
PROFESSOR
MÉDIA
Língua Portuguesa
Maricélia
 +-3,8
Matemática
Aloísio
7,7
Ciências
José Doria
6,0
Geografia
Vanúsia
6,0
Historia
Gedeão
+- 5,2
Artes
Kátia
?

        Durante uma das  atividade realizadas pela professora Sílvia no AEE -  foram feitas algumas observações pela professora IRVYS que estava presente nesse momento (Psicopedagoga  e professora do AEE )  as quais irei descrever abaixo.
É de extrema importância que o aprendente seja avaliado por profissionais como fisioterapeuta e fonoaudiólogo afim de que as dificuldades na coordenação motora, linguagem e escrita respectivamente sejam aperfeiçoados comumente às propostas oferecidas em SRM/AEE pela professora Silvia. De igual modo os professores da sala comum precisam rever seus instrumentos de ensino/aprendizagem bem como instrumentos avaliativos que potencializem as possibilidades de Uanderson .
Sugiro: * Textos e/ou quaisquer conteúdos que serão escritos pela turma estarem previamente digitados (CAIXA ALTA) para que o aprendente faça a leitura como também as atividades, que por sua vez necessitam de adaptações contextualizadas às dos colegas, reservando o momento de escrita para produções subjetivas.
·          O aprendente apresenta grandes dificuldades com a leitura e a escrita. Dessa forma sugiro que as atividades que envolvam estes instrumentos sejam acompanhadas pelo professor e/ou colega de classe que o auxilie (lendo com ele ou/para ele);
·          Atividades de enumerar, ligar, múltipla escolha, com gravuras e escrita em caixa alta;
·         Posição que está sentado (inclinação do corpo p/ a direita que se intensifica com o manuseio do mouse);
·         Pesquisar os clássicos juvenis p/ contextualizar as atividades;
·         Fisioterapia;
·         Alfabetização.




        Várzea Nova, 25 de julho de 2012.
SÍLVIA CARNEIRO DE OLIVEIRA SILVESTRE.
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PROFESSORA DA S.R.M. DO C.E.J.S.O



Caso Valéria.
Valéria da Costa Trindade, natural de Caem, nascida em 26/08/97, hoje vive com sua mãe Vanderlea e seu irmão Vanderlei de 17 anos, que entra sempre em conflito. Valéria ficou órfã de seu pai Júlio em 17/12/06. Atualmente o sustento da família é a aposentadoria da mãe, acrescida da bolsa escola. Sua mãe ainda trabalha no sisal para completar a renda, Valéria costuma ajudar nas tarefas da casa. Ela diz gostar mais do irmão biológico Binho que mora em São Paulo, pois Vanderlei é seu irmão só por parte da mãe. Seus pais se separaram quando  ela tinha 05 anos. Teve um padrasto por algum período que a batia muito, sua mãe ainda o faz por ela não fazer as tarefas direito, segundo Valéria sua mãe privilegia seu irmão, relata também que sua avó materna não gosta dela. Neste contexto familiar o convívio é conturbado pelo alcoolismo da mãe.
Neste ano está cursando a 5ª série D matutino no CEJSO juntamente com seu irmão. Sua trajetória escolar iniciou aos 04 anos, foi reprovada 03 anos na 3ª série e 01 ano na 5ª série. O Ensino Fundamental foi realizado no Povoado de Santo Antônio. Disse gostar muito de estudar, escrever, ler, brincar, vem para a escola para aprender, gosta de História e Educação Física por que os professores a tratam bem (profª. Sueli Santos e profº. Roberto Dantas) e também do Diretor Eduardo. Não gosta dos demais professores, pois ficam  “dizendo coisas dela” ao diretor e, a ameaçam o tempo todo de  colocá-la fora da sala de aula. Na sala só gosta do colega Paulo e na sua vizinhança as amigas Mayane, Edilene e Nairla.
Em entrevista com a mãe ela relata que até os 07 anos ela não lia, a partir dos 12 anos tornou-se agressiva verbalmente e bate no irmão quando ele a bate com o cinto. Confirmou também que Valéria já namorou e sua maior preocupação é porque há 02 anos ela já é “solteira” e teme uma gravidez indesejada mesmo com suas orientações.
            A escola  ao observar que a VALÉRIA apresentava um comportamento diferente dos demais adolescentes de sua idade - como dificuldades em estabelecer relações interpessoais e não de aprendizagem (na sala de aula e em outros espaços, como no pátio, na aula de Educação Física),  no dia 18/04/12 ( na pessoa do Diretor)  fez o  encaminhamento da aluna para  SRM com a seguinte queixa: ”a referida aluna ficou 04 dias fora da escola e de sua casa sem conhecimento de seu paradeiro, sendo acionado o Conselho Tutelar por ter alguns comportamentos estranhos, assim descrevia os seus professores” (colocar por ex.: o dedo no anus e colocar no nariz de colegas). Foi expulsa do PETI este ano, por sempre estar falando de sexo entre os alunos/ seus colegas.  Solicitando assim, uma avaliação na SRM.








        Várzea Nova, 25 de julho de 2012.
SÍLVIA CARNEIRO DE OLIVEIRA SILVESTRE.
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PROFESSORA DA S.R.M. DO C.E.J.S.O







REGISTRO REFLEXIVO
SOBRE O ACOMPANHAMENTO
da aluna Valéria da Costa
Trindade no AEE neste
 I semestre de 2012.


Por este contexto supracitado no final deste caso, Valéria da Costa Trindade freqüentou o AEE neste semestre I de 2012, SOLICITAÇÕES E ENCAMINHAMENTO REALIZADO pelo diretor Eduardo Rios no intuito de incluí-la de fato na sala comum, na SRM  foi agendado um horário para se fazer uma avaliação pedagógica, visto que a aluna não apresenta nenhum laudo clínico que comprove algum tipo de deficiência.
 Para tanto, foram feitas diversas atividades do tipo: Diagnóstico inicial com entrevista oral (onde a mesma relata o descaso da família desestruturada  de afeto e financeiro em que vive, desde o alcoolismo da mãe, como a sua vida sexualmente ativa - fato confirmado por sua mãe em entrevista no AEE,  ela relata que a Valéria perdeu a virgindade aos 12 anos, e que a mesma teme sua filha ficar grávida.).
Levando em consideração as questões da direção desta escola, bem como o contexto confirmado pela adolescente e sua mãe. Busquei várias formas possíveis de ajudá-la no contexto escolar e pessoal procurando elevar sua auto-estima. Foram realizadas também  atividades de leitura, escrita, caça-palavras, situações problemas envolvendo as quatro operações, leituras de gráficos, jogos da memória, caça rimas, pesquisas e conversas sobre sexualidade/droga /gravidez/meios contraceptivos /abuso sexual,atividades estas realizadas com a aluna online e no caderno.
  TODAS as atividades realizadas a mesma teve EXCELENTE  desempenho confirmando seu nível, leu, montou estratégias escritas e mentais para resolver situações matemáticas (temos a pró CÁSSIA e o vice-diretor JOSÉ DIVONILSIN que presenciou ALGUMAS SITUAÇÕES NA SRM/AEE, COMPROVANDO A SUA APRENDIZAGEM NA PRÁTICA, ou seja,   apresenta desempenho satisfatório para série em que se encontra. Estas atividades deram-me suporte para desmistificar a suspeita inicial a qual a levaram a ser encaminhada a SRM que Valéria tivesse Deficiência Intelectual.
Mas tudo leva-nos a crer que VALÉRIA é DOENTE MENTAL (no nível LEVE ) e não INTELECTUAL . No entanto, esta suspeita precisa ser confirmada através dos MÉDICOS competentes na área, pois, nós professores não podemos diagnosticar, por não sermos MÉDICOS. Vale ressaltar que as  pessoas DOENTES MENTAIS não são atendidas no AEE. Pois a sua necessidade especial é de acompanhamento psicológico ou psiquiátrico, a depender do caso.  Com exceção ao aluno que por motivo da doença mental esteja enfrentando problemas para acompanhar o currículo, ou seja, esteja com problema de aprendizagem. Nesse caso, deve se realizar o AEE paralelo ao tratamento clínico quer seja medicamentoso ou terapêutico.
No entanto, esse estudo pode nos ajudar a refletir sobre a situação desta aluna no sentido de procurarmos mudar de postura e começar fazer o ACOLHIMENTO da mesma na  sala de aula comum. Estas dificuldades são um sinal de alerta, que nos informa que algo talvez não vá bem. Alertamos, ainda, que há uma variedade e uma complexidade de situações abrangidas pelo conceito "doença mental” que precisam serem desmistificados.





           Várzea Nova, 25 de julho de 2012.
SÍLVIA CARNEIRO DE OLIVEIRA SILVESTRE.
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Caso Ozimar.

Ozimar é um adulto com 20 anos, que hoje cursa a 5ª serie D mat. Da CEJSO. Foi encaminhado para SRM/ AEE em 25/04/12 por sua linguagem ser muito comprometida e até hoje só sabe todas as letras do alfabeto, os números de 01 a 09, escreve o seu nome [...]. Sendo que iniciou seu contexto escolar só com 10 anos por conta da superproteção dos seus  pais  considerando que sua  idade mental é  inferior a cronológica. No entanto, ele sempre teve vontade de ir à escola. Somente após 5 anos de escolaridade o aluno começou a se desenvolver na escrita.
Segundo relata sua mãe, Ozimar tem a mente infantil e por isso o retardo a freqüentar a escola. Sempre foi tranqüilo, andou com 01 ano e 06 meses, só começou a “falar” com 05 anos balbuciando “ma” para mamãe e “PA pá” para papai. Sua dificuldade de linguagem não está aliada a audição, pois ele ouve perfeitamente, gosta de lutar com animais, ajuda o pai nas tarefas, tira leite da vaca, ele é muito obediente, diferente do irmão que tem “problemas”. Ozimar sempre teve amigos, tem 03 irmãos e a família sempre teve dificuldade de comunicar-se, mas com muita dificuldade “entende” o que ele “fala”. Ele não tem noção do tempo, embora tenha autonomia na realização de suas atividades de vida diária. Deseja muito que sua mãe lhes dê um celular, já teve por alguns dias um computador que gostava muito de manuseá-lo, ele já é contemplado pelo BPC e a partir do mês de junho irá ser acompanhado pelo fonoaudiólogo.
 Segundo a descritiva dos  seus professores da escola anterior que estudava (Santo Antônio),  confirma  tudo que descrevi Ozimar é um aluno aplicado, se relaciona bem com os professores e  colegas da turma  interagindo bem  nos trabalhos em grupo. Segue em anexo a xérox das descritivas do aluno.
Análise do caso e clarificação do problema

Problema:
* De linguagem no sentido da fala rudimentar.
* De contexto escolar na interlocução entre colegas.
* Desenvolvimento e funcionamento cognitivo.

Potencialidades:
* Gosta de frequentar a escola e realizar as atividades.
* Boa autoestima.
* Sociável.
* Tem familiaridade com as letras do alfabeto e os números de 0 a 9.
* Compreende perfeitamente os comandos.
* Manuseia o computador com desenvoltura.
* Realiza as atividades com orientação e intervenção do professor.
* Escreve seu nome completo.
* Interessa-se por tudo que lhe é proposto.
* Reproduz escrita.

Dificuldades:
* Linguagem oral (fala ).
* Acompanhar o ritmo das atividades em sala.
* Nível de escrita.
* Compreender a letra impressa minúscula.







Várzea Nova, 25 de julho de 2012.
SÍLVIA CARNEIRO DE OLIVEIRA SILVESTRE.
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REGISTRO REFLEXIVO referente ao
 I semestre de Ozimar no AEE.

     OZIMAR, aluno afetivo gosta da escola e de realizar as atividades que lhes são propostas. Iniciou o AEE, em25/04/12. Vindo do povoado de Santo Antônio/Boa Esperança, tendo no primeiro contato realizado uma entrevista diagnóstica/oral, foi assustador, pois sua linguagem é muito rudimentar ( Os distúrbios na comunicação oral em crianças são muito comuns, podendo ser causados por fatores FUNCIONAIS- quando não existe alteração física, o atraso se dá devido a imaturidade das estruturas dos órgãos da fala: lábios, língua e bochecha, e/ou ORGÂNICOS- a causa do atraso é conseqüência de algum problema fisiológico como lesões neurológicas ou deficiências auditivas ou psiquiátricos - autismo, esquizofrenia etc. É extremamente importante o diagnóstico precoce e uma seqüência de intervenção e tratamento imediatos, a fim de minimizar os déficits decorrentes desses distúrbios.)
O referido aluno já fez alguns exames neurológicos, mas foram bem imprecisos. Não está esclarecido o porquê da sua falta de linguagem clara e precisa. Segundo sua mãe pode ser hereditária, pois parentes paternos de primeiro grau (TIOS) tem as mesmas dificuldades/DEFICIÊNCIA que Ozimar. Seu irmão mais velho tem os mesmos problemas. .
      Embora existam esses fatores/causa, características individuais da criança e estímulos externos podem influenciar muito o ritmo de desenvolvimento da fala.  Há grandes variações de pessoa para pessoa e no CASO OZIMAR ainda não temos o DIAGNÓSTICO preciso o do porque de sua ausência da fala convencional.
         As queixas em relação aos atrasos de linguagem/fala são muito comuns em crianças, podendo esse distúrbio ser causado por diferentes etiologias, sendo a perda auditiva bastante relevante. NO CASO DE OZIMAR faz-se necessário uma pesquisa minuciosa de todos os fatores relacionados à alteração, para um diagnóstico adequado e tratamento positivo. Nesse caso, o papel do otorrinolaringologista e do fonoaudiólogo (OZIMAR JÁ FOI ENCAMINHADO) é fundamental para a detecção de possíveis perdas auditivas e reabilitação precoce, na maioria das vezes com a adaptação de aparelhos auditivos em conjunto com a terapia fonoaudiológica .Mediante atividades desenvolvidas neste período no AEE,não foi detectado por nós problemas auditivos pois ELE compreende tudo que lhes é falado,penso ser outros problemas neurológicos que ocasionou-lhes a falta de uma fala CLARA e COMPREENSIVA,que espero ser descoberta ,para que possamos compreendê-lo melhor e assim ELE avançar em sua aprendizagem na sala comum.
        Entretanto, gostaria de colocar uma pauta importante: Ao iniciar o AEE com OZIMAR, fiquei aflita ao estabelecer o primeiro diálogo com ele, pois não entendia 10% do que falava, com alguns atendimentos onde o foco foi a estimulação da fala, vejo hoje um pequeno avanço. No dia 02/08/12, contou-me que estava estudando na EJA,programa TOPA,FIQUEI FELIZ, POIS É ESTE O PAPEL DA SRM/AEE, em outro momento contou-me que a mãe trouxe ovos  de sua galinha para mim e não me encontrou em casa e nem na escola.  Fiquei muito feliz com isso visto que o aluno já está conseguido estabelecer um diálogo coerente com sentenças completas. Todas as atividades propostas são possíveis de realizar com ele pois gosta e tem o desejo de aprender, principalmente quando as atividades é no computador, basta uma explicação e toda a atividade é realizada. Espero em breve ter um reforço maior com o trabalho do fonoaudiólogo ampliando assim a fala/LINGUAGEM de OZIMAR, PARA QUE ELE TENHA SUCESSO NA ESCOLA,pois é o maior desejo dele e de sua mãe.Neste segundo semestre pretendemos dar continuidade as mais diversas atividades para que o mesmo continue avançando.
Segue abaixo uma tabela com o desenvolvimento quantitativo do aluno nesse primeiro semestre.

DISCIPLINA
PROFESSOR
MÉDIA IU
Língua Portuguesa
Sufia
2,8
Matemática
Roberio Matos
2,6
Ciências
Marcos
?
Geografia
Jidoval
4,6
Historia
Sueli
?
Artes
Cristina
?
Inglês
Theobaldo
0,5 SR
Educação Física
Roberto
1,2
Meio Ambiente
Marquês
?

Diante do exposto percebe-se a necessidade urgente da elaboração do plano de desenvolvimento individual do aluno ( PDI ) onde constará as devidas flexibilizações para  que suas limitações sejam respeitadas e suas necessidades educacionais especiais sejam atendidas.





Várzea Nova, 25 de julho de 2012.
SÍLVIA CARNEIRO DE OLIVEIRA SILVESTRE.
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PROFESSORA DA S.R.M. DO C.E.J.S.O
Caso Marcos Fabrício
Marcos Fabrício, hoje pré-adolescente com 12 anos, mora com seus pais (padrasto que o considera como filho biológico), seu pai saiu de casa quando sua mãe estava no 6º mês de gestação, quando ele tinha 08 meses sua mãe casou-se com seu atual esposo, com o qual tem Eduarda 04 anos e Gustavo 08 anos.
 Ainda com oito meses de idade, um fato trágico aconteceu, enquanto a pessoa que tomava conta dele coava um café, Fabrício foi se arrastando até uma banheira cheia de água que se encontrava no quintal e caiu dentro afogando-se. Após algum tempo de procura , ele foi encontrado, já boiando. Imediatamente um dos visinhos fez respiração boca a boca no menino levando-o em seguida para o hospital onde foi atendido onde o médico fez várias tentativas para reanimá-lo.  Mesmo assim, Fabrício ficou inconsciente das 15:00 às 20:00 h da noite. Após 5:00h de sofrimento, ele despertou como se nada tivesse acontecido.Contudo,  começou andar com 09 meses. Segundo relato da mãe tudo que acontece hoje com Fabrício ela faz ligação a este fato.
Na escola particular ele iniciou com 02 anos e meio até os seis anos para se alfabetizar. Depois ingressou na escola pública durante todo o tempo escolar, só repetiu a série em 2010 na 4ª série. Gosta muito de estudar, levanta cedo, faz café da manhã para todos da casa, adora as tarefas domésticas, especialmente quando envolve muita água e sabão, faz perfeita limpeza. É uma pessoa amável, todo mundo é amigo, ele é muito sociável, não tem amigo predileto. Ele não tem medo de perigo, relata sua mãe que sua idade mental é igual a criança de 5 anos, ainda gosta de brincar de carrinho. Com 5 anos detectou-se problemas de visão 1,25 em um olho e 0,75 em outro.
Segundo o professor Samuel em 2011, Fabrício era um aluno aplicado e se destacava em matemática. Seu professor SAMUEL da série anterior (quarta série) relatou que Fabrício sempre foi um aluno estudioso, participativo nas aulas e atividades, gosta de matemática, e que havia percebido uma dificuldade dele em se defender das brincadeiras de mal gosto de seus colegas no recreio (sempre chorava) Diante desse contexto o professor percebeu que o aluno estava sofrendo bullyng visto que alguns colegas de sala e da escola ficavam provocando-o constantemente. No entanto, nem o professor nem a escola tomaram nenhuma posição referente ao caso. Além de ser visto como o provocador da situação.
Como conseqüência o aluno tem desenvolvido atitudes destrutivas em casa gerando certa preocupação em sua mãe. Esta por sua vez tendo o conhecimento do Atendimento Educacional Especializado procurou a Secretaria Municipal de Educação solicitando uma avaliação na SRM.













SÍLVIA CARNEIRO DE OLIVEIRA SILVESTRE.
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PROFESSORA DA SRM/AEE.
VÁRZEA NOVA08/08/2012.


Registro reflexivo referente ao semestre 1/2012, do aluno MARCOS FABRÍCIO.
       Em março/abril deste ano a mãe de FABRÍCIO, procurou a Sala de Recursos Multifuncional, em busca de ajuda para o seu filho que segundo ela tinha comportamentos inadequados (comparado ao comportamento do seu irmão mais novo) do tipo: quebrar todos os brinquedos, misturar  alimentos/coar perfume no coador de café,brigas e brincadeiras de mal gosto,entre outras coisas relatadas.Aliado a esses  comportamentos intrigantes pra sua mãe,ela atribuía estas atitudes diferentes das que seu irmão mais novo tem a um episódio que aconteceu com FABRÍCIO  quando tinha 8 meses,que foi se afogar em uma banheira cheia de água que se encontrava no quintal de sua casa,sendo socorrido 3 horas depois.Sua mãe insinuou que FABRÍCIO tivesse uma deficiência intelectual leve,em pesquisa o que se afirma sobre deficiência intelectual é que: A deficiência intelectual é [...] segundo Ricardo Ampudia  (novaescola@atleitor.com.br) A pessoas com deficiência intelectual ou cognitiva costumam apresentar dificuldades para resolver problemas, compreender ideias abstratas (como as metáforas, a noção de tempo e os valores monetários), estabelecer relações sociais, compreender e obedecer a regras, e realizar atividades cotidianas - como, por exemplo, as ações de autocuidado.
A capacidade de argumentação desses alunos também pode ser afetada e precisa ser devidamente estimulada para facilitar o processo de inclusão e fazer com que a pessoa adquira independência em suas relações com o mundo.
Neste semestre, diversas atividades foram propostas no caderno e no computador, desde jogos online até uma simples leitura e envolvendo várias disciplinas e, todas FABRÍCIO as realizou com interesse e desenvoltura.  Dentro das dificuldades apresentadas pelas pessoas com deficiência intelectual ou cognitiva, ELE só teria a dificuldade em  obedecer a regras, mas não considero esta dificuldade aliado a uma deficiência, mas sim a uma dificuldade NORMAL de 80% das crianças de sua idade desta nova geração tanto na escola  quanto em casa.
Mediante a esta conclusão a partir deste segundo semestre ELE será suspenso do AEE individual, permanecendo assim só as quartas feiras no projeto É PRECISO CONVIVER COM AS DIFERENÇAS PARA TERMOS UMA BOA CONVIVÊNCIA (Elaborado e sugerido pela coordenadora CÁSSIA) onde o foco é trabalhar esta dificuldade (SEGUIR  E OBEDECER A REGRAS de convivência) que lhes é apresentado pois estamos abordando  o conviver nos discursos e nas atividades práticas. Após esse período de atendimento  já foi perceptível a mudança de comportamento no aluno no âmbito escolar. Quanto ao âmbito familiar a sua mãe relatou que ele já melhorou 80%.
Recentemente a mãe do aluno levou-o ao neurologista para uma consulta onde o mesmo prescreveu um medicamento solicitando a revisão após o término do mesmo onde será realizado o eletrocefalograma.













SÍLVIA CARNEIRO DE OLIVEIRA SILVESTRE.
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/2012.
PROFESSORA DA SRM/AEE.
VÁRZEA NOVA08/08

2 comentários:

  1. Muito bons seus relatos.Servirá bastante como um norte.

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  2. Estou buscando aprimorar o meu trabalho,busco postar aqui o meu fazer pedagógico 'inclusivo' SRM / AEE,da melhor forma possível,como há dificuldades em encontrar este 'NORTE' ,NA PRÁTICA,minha principal meta é esta[...]Que visualizem como seria a prática após a teoria.Obrigada!

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