Caso ELIZIANE.
A aluna Eliziane do Carmo Maia nascida no dia 16/02/1999, filha do
senhor Ademilson Ribeiro Maia e da senhora Giscélia Oliveira do Carmo. Eliziane
é a caçula tendo ainda duas irmãs mais velhas. A aluna é muito, superprotegida
aparenta desejar atenções diferenciadas
para si, solicitando que sejam feitas todas as suas vontades, em casa demonstra agressividade em situações de conflito; usa meios físicos para
alcançar o que deseja fica muito agitada, não gosta de barulho, fala baixo
quando falam baixo com ela, e fala alto se também falam com ela. Eliziane gosta de fazer amizade quando não esta na
escola certamente esta brincando com suas colegas, gostar muito de estudar e
tem em sua mãe o apóio para realização de todos os passos principalmente para a
escola e/ou atividade escolar, a aluna já foi reprovada, por serias
dificuldades de aprendizagem, Eliziane tem problemas de reumatismo e bloqueio
no coração seu Laudo médico afirma que Eliziane do Carmo, tem retardo de
aprendizagem com escrita espelhada confirma o CID 10 –F 71. É muito agitada faz
tratamento em salvador onde viaja com sua mãe toda semana.
A aluna foi encaminhada para a sala de recursos através dos seus pais,
estuda na escola comum, encontra-se na terceira série na qual a professora da
escola comum demonstra sua preocupação e vem buscando conduzir mudanças que sejam significativas para o
desenvolvimento da aluna.
A mesma participa frequentemente
do (AEE) Atendimento Educacional Especializado,onde venho desenvolvendo um trabalho lúdico que é uma das
alternativas para a aprendizagem, pois o
lúdico é mais um recurso que utilizamos para desenvolver atividades
necessárias no processo de ensino aprendizagem, observar
como está sendo a participação nestas atividades e incentivar a
socialização já que a mesma necessita de mais tempo para aprender.Assim
exploramos ainda atividades pedagógicas: como quebra – cabeça,
musiquinha com a bandinha rítmica, trabalhando o projeto dona baratinha ouvir a
historinha explorar os sons dos animais encontrados com os fantoches; colagem,
pintura e recorte. Atividade de vida diária, usar ilustrações e fixas de leitura com o objetivo de
acostumar o aluno a relacionar a imagem a escrita.
Contudo
pude perceber os avanços,
criando e recriando através de atividades, jogos e brincadeiras lúdicas,
tornando assim as possibilidades mais rica e produtiva. Caso escrito pela Professora: Jilvani Rocha Silva
Belitardo .
Análise do caso e clarificação do problema.
Problema:
* Cognitivo: desenvolvimento e funcionamento cognitivo.
* Estilos e ritmos de aprendizagem.
Potencialidades:
* Gosta da escola, de estudar.
* É assíduo e tem bom comportamento.
* Com apoio realiza todas as atividades que lhe é proposta.
* Compreende comando e as propostas de atividade.
Dificuldades:
* Realiza
sem intervenção / acompanhamento direto as atividades propostas.
* Ler e escreve convencionalmente e com desenvoltura.
RELATÓRIO REFERENTE AO SEMESTRE I DE 2012 .
Neste ano de
2012, ELIZIANE está matriculada na
quinta série do Ensino Fundamental I e possui deficiência intelectual (,O que é a
deficiência intelectual? É a limitação em pelo menos duas das
seguintes habilidades: comunicação, autocuidado, vida no lar, adaptação social,
saúde e segurança, usam de recursos da comunidade, determinação, funções
acadêmicas, lazer e trabalho. O termo substituiu "deficiência mental"
em 2004, por recomendação da Organização das Nações Unidas (ONU), para evitar
confusões com "doença mental", que é um estado patológico de pessoas
que têm o intelecto igual da média, mas que, por algum problema, acabam
temporariamente sem usá-lo em sua capacidade plena. As causas variam e são
complexas, englobando fatores genéticos, como a síndrome de Down, e ambientais,
como os decorrentes de infecções e uso de drogas na gravidez, dificuldades no
parto, prematuridade, meningite e traumas cranianos.
De acordo com
a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 5% da população mundial tem
alguma deficiência intelectual.) .Assim continuando o trabalho já iniciado
pela Professora: Jilvani Rocha Silva
Belitardo,neste primeiro semestre o ponto de partida foi promover atividades
que mantenha o aluno atento, como jogos
de tabuleiro, quebra-cabeça, jogo da memória ,cruzadinha,caça palavras e tantos
outros jogos online.Nas atividades do projeto as quartas feira que é em grupo
,ela se enturma,embora seu nível seja inferior,mas consegue realizar com ajuda
da professora TUDO que lhes é proposto.
Também considero importante adequar a proposta à idade e, busquei fazer
isto a todo tempo, principalmente, aos
assuntos trabalhados em classe. Nesse último caso, pretendo no segundo
semestre orientá-la neste sentido, buscando assim sua permanência na escola e
aprendizagem dos conteúdos propostos.
Vale ressaltar que ELIZIANE
possui diagnóstico e nele trás: F71
Retardo mental moderada- Amplitude aproximada do QI entre 35 e 49 (em
adultos, idade mental de seis a menos de nove anos). Provavelmente devem
ocorrer atrasos acentuados do desenvolvimento na infância, mas a maioria dos
pacientes aprendem a desempenhar algum grau de independência quanto aos
cuidados pessoais e adquirir habilidades adequadas de comunicação e acadêmicas.
Os adultos necessitarão de assistência em grau variado para viver e trabalhar
na comunidade. Inclui: atraso mental médio, oligofrenia moderada,
subnormalidade mental, moderada.
Deficiência Mental
- Funcionamento intelectual significativamente inferior á média, com manifestação
antes dos dezoito anos e limitações associadas a duas ou mais áreas de
habilidades adaptativas, tais como: comunicação; cuidado pessoal; habilidades
sociais; utilização da comunidade; saúde e segurança; habilidades acadêmicas;
lazer e trabalho.
Diante observação do seu caderno de sala de aula
comum, despertou-me o interesse em analisar o seu rendimento escolar. A saber:
DISCIPLINA
|
PROFESSOR
|
MÉDIA
IU
|
Língua Portuguesa
|
Sufia
|
4,5
|
Matemática
|
Roberio Matos
|
4,0
|
Ciências
|
Marcos
|
?
|
Geografia
|
Jidova
|
?
|
Historia
|
Suely
|
?
|
Artes
|
Cristina
|
?
|
Educação Física
|
Roberto
|
7,0
|
Meio Ambiente
|
Marquês
|
?
|
Inglês
|
Theobaldo
|
5,3
|
Caso Weliton Thaylan
O menino Weliton é filho
único, tem 11 anos, iniciou sua vida escolar com 3 anos, permanecendo até os 6
em escola de Educação Infantil particular. Aos 7 anos ingressou na escola
pública, neste ano sua mãe percebe que Weliton “vivia no mundo da lua” em casa,
e em conversa com sua professora na escola não era diferente. A profª comenta
que o mesmo tinha déficit de atenção.
Na 1ª série com o professor
F. o mesmo ficou muito retraído, pois com tom de brincadeira o mesmo falava o
tempo todo que Weliton era lento parecendo uma tartaruga, pois tinha
dificuldade em acompanhar o processo.
2010 para 2011 morava em Itatim, Bahia, onde
ele estudava 4ª série, e a sua mãe por considerá-lo fraco em aprendizagem, o
fez repetir de ano por não ter paciência de ler até o final o que é proposto,
bem como escrever faltando letras além de apresentar muitas dificuldades ortográficas
e caligrafia inlegível.
Gosta muito da escola
(desenhar/ pintar/ artes/ não gosta de copiar), mesmo com seu ritmo
diferenciado e dificuldade em assimilar os conteúdos. Seu colega favorito na
escola é Pablo, em casa gosta muito de brincar com seu primo Deyvidson, segundo
sua mãe ele tem muita facilidade em fazer amigos, gosta de brincar de bola,
assistir TV e vídeo-games (não é muito bom nos jogos).
Ano passado foi aluno do professor Samuel o qual descreveu como aluno
interessado tanto nas atividades de classe quanto extra classe . O único
problema visualizado pelo professor foi a falta de atenção ( vivia no mundo da
lua).
Weliton frequenta o PETI
com a profª Sônia onde o mesmo tem o reforço do ensino regular e
terá pela 1ª vez o AEE na SRM este ano.
Seu pai é caminhoneiro,
ausenta-se muito de casa, mas o relacionamento dos dois é ótimo, sua mãe por
ficar em casa, sempre participa e acompanha a vida escolar. Desde fevereiro de
2012 está sendo acompanhado por psicólogo e em março de 2012 recebeu do neuro o
diagnóstico: CID F81.9. Weliton é alérgico a Dramin, e toma controladamente os
medicamentos: Amato e Depavane pela manhã e a noite. No entanto, faz-se
necessário uma reavaliação do medicamento visto que, o mesmo deixa o aluno
muito sonolento e desanimado. Dificultando assim, a realização das atividades propostas e
consequentemente o seu desenvolvimento escolar.
Análise do caso e clarificação do problema
Problema:
*De aprendizagem por conta do déficit de atenção
[...].
Potencialidades:
* Criatividade.
* Adaptabilidade em trabalhar no grupo.
* Gosta da escola e de estudar.
* Tem um bom comportamento.
* Com apoio realiza todas as atividades propostas.
Dificuldades:
* Manter a atenção por muito tempo numa mesma
atividade.
* Acompanhar o ritmo das atividades a serem
copiadas em sala ( ditadas ou escritas no quadro pelos professores).
* Realizar uma atividade por completo sem
acompanhamento direto do professor.
* Escreve faltando letras / palavras por conta da
distração.
Registro reflexivo
referente ao II semestre do aluno Weliton
Taylan Silva dos Santos.
“Incluir
significa promover e reconhecer o potencial inerente a todo ser humano em sua
maior expressão: a diferença.”
Weliton Taylan Silva dos Santos é
filho único, tem 11 anos, iniciou sua vida escolar com três anos, permanecendo
até os 6 em escola de Educação Infantil particular. Aos sete anos ingressou na
escola pública, neste ano sua mãe percebe que Weliton “vivia no mundo da lua”
em casa, e em conversa com sua professora na escola não era diferente. Em busca
de um diagnóstico preciso a mãe encontra a resposta se filho tem: TDAH
(DDA) é inteligente, criativo e intuitivo, mas não consegue realizar todo seu
potencial em função do transtorno que tem três características principais: desatenção, impulsividade e hiperatividade
(ou energia nervosa). Tem dificuldade em assistir uma palestra, ler um livro,
sem que sua cabeça “voe” para bem longe perdida num turbilhão de pensamentos.
Comete erros por falta de atenção a detalhes, faz várias coisas
simultaneamente, ficando com vários projetos, tarefas por terminar e a cabeça
remoendo todos os "tenho que". Quando motivado e/ou desafiado, tem
uma hiperconcentração. É
desorganizado tanto internamente (mil pensamentos e idéias ao mesmo tempo), como
externamente: mesa, gavetas, papéis, prazos, horários.
Características que podem estar
presentes em pessoas com hipofuncionamento do córtex pré-frontal, isto é, com
TDAH (DDA):Dificuldade de concentração; Distração; Dificuldade em ouvir; Falta de controle dos impulsos;
Desorganização; Tendência ao adiamento de tarefas; Sonhar acordado; Falta de
perseveranças; Tendência a executar
várias tarefas ao mesmo tempo, deixando muitas inacabadas; Falha na
organização de tempo e espaço - dificuldade de planejamento; Problemas de
memória em curto prazo; Dificuldade para lidar com regras sociais; Falhas de
julgamento, interpretações errôneas; Dificuldade em aprender com a
experiência.Mediante pesquisa realizada sobre esse problema dentre os citados
estes estão descartado: Falta de
controle dos impulsos; Dificuldade em expressar sentimentos; Ansiedade crônica; Tédio, apatia, falta de motivação; Hiperatividade. Neste I semestre ficou claro que o referido aluno “vive no mundo da lua”. Assim fez-se
necessário que o trabalho desenvolvido na SRM/AEE neste I semestre tenha
contemplando: memória/atenção/raciocínio
lógico e visão espacial. Estas atividades foram online, no caderno,
digitadas, individuais e em grupo. É comprometido e tem satisfação de realizar
todas as atividades que lhes é proposto, tem sempre o acompanhamento e empenho
de sua mãe.Em pesquisa sobre o aluno descobrir que:Rohde e Benczick (in
Enciclopédia Livre, 2009) caracterizam o TDAH em dois grupos (HIPERATIVIDADE
/DEFICT DE ATENÇÃO).O ALUNO Weliton Taylan,se encaixa em 90%,dos
sintomas abaixo relacionados à desatenção (DEFICT DE ATENÇÃO )segunda á autora:
- Não prestar atenção a detalhes;
- Ter dificuldade para concentrar-se;
- Não prestar atenção ao que lhe é dito;
- Ter dificuldade em seguir regras e instruções;
- Desvia a atenção com outras atividades;
- Não terminar o que começa;
- Ser desorganizado;
- Evitar atividades que exijam um esforço mental continuado;
- Perder coisas importantes;
- Distrair-se facilmente com coisas alheias ao que está fazendo;
- Esquecer compromissos e tarefas;
- Problemas financeiros;
- Tarefas complexas se tornam entediantes e ficam esquecidas;
- Dificuldade em fazer planejamento de curto ou de longo prazo.
Assim,
faz-se necessário continuar o trabalho na SRM/AEE, enfatizar atividades que
possibilite o aluno a melhorar sua atenção e concentração, visto que o seu
rendimento escolar não vem sendo satisfatório. Vejam a tabela abaixo:
DISCIPLINA
|
PROFESSOR
|
MÉDIA
IU
|
Língua Portuguesa
|
Lucilene
|
4,2
|
Matemática
|
Roberio Matos
|
4,3
|
Ciências
|
Marcos
|
6,0
|
Geografia
|
Jidoval
|
8,3
|
Historia
|
Suely
|
7,6
|
Educação Física
|
Roberto
|
7,0
|
Artes
|
Cristina
|
8,0
|
Inglês
|
Theobaldo
|
7,0
|
Meio Ambiente
|
Marquês
|
7,0
|
Diante do que foi abordado neste relato, afirmamos que o Déficit de Atenção e
Hiperatividade ainda é um distúrbio que se encontra em um processo de pesquisa,
pois é tudo muito novo sobre este tema e com um enfoque que abrange áreas do
cérebro humano, que por ser muito complexa, a ciência ainda não tem respostas
precisas. Segundo nossas diretrizes do AEE, este distúrbio não se deve
confundir com DEFICIÊNCIA, mas que este aluno deve ser atendido no AEE.
Este estudo ampliou nossos conhecimentos e, conseqüentemente nos trouxe
dúvidas e questionamentos a respeito da fronteira entre o comportamento social
e o transtorno de déficit de atenção e( hiperatividade). Mas com os dados que
temos, já é um bom caminho para desenvolver um trabalho significativo com
TAYLAN. Para isso, precisamos contar com ATIVIDADES CRIATIVO-LÚDICAS cada vez
mais DIFERENCIADAS das oferecidas no ensino comum para favorece o aprendizado
deste aluno.
VÁRZEA NOVA, 19/07/2012.
SÍLVIA CARNEIRO DE OLIVEIRA SILVESTRE.
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
Caso Adrielle
Adrielle Gonçalves Leite,
14 anos, mora com seus pais, uma irmã de 08 anos e um irmão de 05 anos. Segundo
sua mãe em casa: Adrielle gosta de afazeres domésticos como lavar louça e
passar ferro em roupas. Tem dificuldade de interação, devagar, nervosa, não tem
muitos amigos na escola e na vida. Só uma preferida M. de infância e da igreja
que frequentam. Em casa também gosta de jogos na internet, tudo que for
infantil lhe atrai, adora o dvd da Galinha Pintadinha. Sua idade mental é de 05
anos, relata sua mãe, Adrielle não gosta de errar e ser corrigida.
Clinicamente falando, desde
os 05 anos que sua mãe percebeu que havia algo errado, assim a partir da 1ª
série, com 7 anos, iniciou o atendimento psicológico desde os 9 anos. Já foi
feito consulta com um neuro e o laudo não detectou anormalidade. Como a
situação permanece a mãe está em busca de um neuropediatra para clarificar
melhor a situação-problema de Adrielle. É uma pré-adolescente que não se abre,
não externaliza suas emoções, não gosta de beijo e abraços. Ultimamente tem
levantado curiosidade sobre sexualidade.
Seu histórico escolar
inicia-se com 5 anos na Educação Infantil, esta primeira experiência não foi
boa para Adrielle, pois sua mãe relata que sua professora não era paciente,
neste período detectou-se problemas de dicção. Aos 7 anos estava na primeira
série na escola comum Municipal, aos 10 anos na 4ª série, repetiu de ano, hoje
com 14 anos se encontra na 6ª série, ela gosta em parte da escola, visto que
não consegue acompanhar o ritmo das aulas/conteúdos, deixa-os copiados no
caderno sempre pela metade. Quanto a este fato a mãe afirma que aos domingos
ela já fica triste, por segunda-feira ter que ir cedo para a escola. Pois a
tarefa mais difícil que encontra na escola é interpretar textos e a matemática,
não concebe errar e apagar o erro. Sua mãe destaca as seguintes habilidades: é
solidária e gosta de afazeres domésticos, canta lindamente na igreja, frequenta
a biblioteca da escola para ler – ler muito bem –e leva livros para casa e em
2010, na 4ª série com a professora Joacilda foi eleita aluna leitora do ano em
curso.
Seus professores atuais
são:
Língua Portuguesa – Profª Ádria:
Matemática – Prof. Robério:
Ciências – Prof. Jidoval:
Geografia – Prof. Sebastião:
História – Profª Jeany:
Educação Física – Prof. Roberto:
Educação Artística – Profª Sílvia Cristina:
Inglês
Eixo Meio Ambiente:
Este ano a mãe buscou apoio do AEE na SRM com
o intuito de minimizar a situação-problema na qual Adrielle se encontra.
Análise do caso e clarificação do
problema
Problema:
* Desenvolvimento afetivo, social
e de aprendizagem (discalculia [...], disgrafia [...].
Potencialidades:
* Gosta de ler e a faz com desenvoltura e interpreta satisfatoriamente.
* Realiza todas as atividades propostas.
* Compreende ordens.
* Tem bom comportamento.
* Realiza produções (desenhos / textos).
* Oratória satisfatória.
Dificuldades:
* Raciocínio lógico, resolução de problemas
c.ment. escrita (caligrafia).
* Tem traço de disgrafia (letra feia
“ilegível”).
* Cálculo mental.
* Esquecimento (de frequentar o AEE).
* Auto estima fragilizada por ter
discalculia e questões familiares que lhe afeta (mãe / pai).
REGISTRO
DESCRITIVO REFERENTE AO SEMESTRE I DE 2012 da aluna Adrielle Gonçalves Leite.
Adrielle Gonçalves Leite, 14 anos, mora com seus pais, uma
irmã de 08 anos e um irmão de 05 anos. Segundo sua mãe em casa: Adrielle gosta
de afazeres domésticos como lavar louça e passar ferro em roupas. Tem dificuldade
de interação, devagar, nervosa, não tem muitos amigos na escola e na vida. Só
uma preferida M. de infância e da igreja que freqüentam. Em casa também gosta
de jogos na internet, tudo que for infantil lhe atrai, adora o DVD da Galinha
Pintadinha. Sua idade mental é de 05 anos (em algumas atitudes do dia a dia),
relata sua mãe, Adrielle não gosta de errar e ser corrigida.
Clinicamente falando, desde
os 05 anos que sua mãe percebeu que havia algo errado, assim a partir da 1ª
série, só aos sete anos sua mãe começou algumas intervenções tipo: [...].
Iniciou o atendimento psicológico desde os nove anos. Já foi feito consulta com
um neurologista e o laudo não detectou anormalidade. Como a situação permanece
a mãe está em busca de um neuropediatra para clarificar melhor a
situação-problema de Adrielle. Ela é uma pré-adolescente que não se abre não
externaliza sua emoção não gosta de beijos e abraços. Ultimamente tem levantado
curiosidade sobre sexualidade. Sua maior dificuldade na escola é em MATEMÁTICA cursando este ano a sexta série
do Ensino Fundamental I.
Durante este primeiro
semestre de 2012 confirmou-se (As hipóteses levantadas) POR UM TRABALHO
PSICOPEDAGÓGICO realizado pela professora e psicopedagoga Cássia Antônia que a
atendeu em 2011, solicitado pela mãe da aluna no intuito de descobrir o que
realmente impede Adrielle de aprender matemática visto que nas demais disciplinas ela vai satisfatoriamente bem, na leitura ela
é 100% .Por meio da análise da caderneta de rendimentos da 6ª série C
matutino, pude perceber uma
queda no seu rendimento escolar
em várias disciplinas. A saber:
DISCIPLINA
|
PROFESSOR
|
MÉDIA
IU
|
Inglês
|
Theobaldo
|
7,2
|
Língua Portuguesa
|
Ádria
|
3,3
|
Matemática
|
Roberio Pinto
|
6,6
|
Ciências
|
Delma
|
6,1
|
Geografia
|
Sebastião
|
5,7
|
Historia
|
Aderino
|
3,8
|
Artes
|
Cristina
|
?
|
Educação Física
|
Roberto
|
6,8
|
Identidade Cultural
|
Edineide
|
6,2
|
Isso deixa claro que o seu “
problema” tem interferido não só na área de maior dificuldade -Matemática- mas, tem
afetado todas as demais. Por quê? Será que suas necessidades
educacionais especiais estão sendo consideradas? Os professores estão a par do
problema da aluna? Acredito que não.
Para confirmação das
hipóteses levantadas ano passado, fiz na SRM/AEE neste I semestre as seguintes atividades:
Jogos online tipo: quebra-cabeça, da memória, tabuada com as quatro operações,
labirintos, entre outros. Jogos de mesa: dominó com as quatro operações,
situações problemas com o material dourado, entre outros.
Assim todas estas
atividades envolvendo a matemática nas suas diversas facetas com a referida
aluna na SRM/AEE confirmam-se as
hipóteses que ela tem DISCALCULIA. (A Discalculia é um distúrbio
neurológico que afeta a habilidade com números. É um problema de aprendizado
independente, mas pode estar também associado à dislexia. Tal distúrbio faz com
que a pessoa se confunda em operações matemáticas, conceitos matemáticos,
fórmulas, seqüência numéricas, ao realizar contagens, sinais numéricos e até na
utilização da matemática no dia-a-dia.) Pois, após este período foi feito uma
nova análise de suas produções realizada com a professora Cássia, e mediante as
pesquisas realizadas chegamos a este resultado. E ainda mais a sua caligrafia
com algumas deformidades se dá porque a discalculia causa a Disgrafia
que é uma alteração da escrita normalmente ligada a problemas perceptivo-motor,
também perceptível em Adrielle.CONCLUSÃO:Espera-se que a aluna
avance em sua aprendizagem de MATEMÁTICA E MELHORE SUA AUTO ESTIMA,através das
atividades que lhes serão propostas no AEE em grupo e individual neste II
semestre de 2012.
Professora do AEE /SRM do
C,E.J.S.O.
SÍLVIA CARNEIRO DE OLIVEIRA
SILVESTRE.
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Várzea
Nova,19/07/2012.
CASO UANDERSON.
Uanderson Peixoto dos Santos, nascido em 01/12/1988, mora com seus pais Joel Gomes dos Santos e Marinalva
Peixoto doa Santos; iniciou sua vida escolar aos seis anos em escolinha de
alfabetização e particular, vindo pára o ensino publico só com dez anos ;
primeira série em 1998 ,segunda série de 1999 a 2003,terceira série 2003 a
2007,quarta série 2007 ,quinta série 2008 e 2009,sexta série 2010,sétima série
2011.
Hoje com 24 anos
cursando a oitava série do Ensino Fundamental I no turno vespertino. Ele tem uma série de dificuldades do tipo:
Acompanhar o ritmo de escrita dos colegas quando o conteúdo é ditado ou escrito
no quadro pelos professores (isto se dá por sua limitação motora que é
aparente)., não consegue ler convencionalmente e com desenvoltura Por esses
motivos a mãe relata que às vezes resiste a vir para escola, pois se sente inferior
aos colegas por conta destas suas limitações.
Para poder acompanhá-lo
nas atividades escolares sua mãe recomeçou os estudos depois de muito tempo de
desistência, e na maioria das vezes resolve as atividades que o professores
passas para casa, no intuito de ajudar seu filho. O que sem saber acaba
prejudicando-o, camuflando de fato o seu real saber /potencial cognitivo. Sua
mãe deixa claro que ele gosta da
escola,o seu “DESINTERESSE”(COMO RELATA ALGUNS PROFESSORES) se dá por conta da
sua defasagem na aprendizagem e a postura de alguns professores apagando do
quadro as atividades sem respeitar o seu ritmo.
Uanderson freqüenta a SRM desde 2009, embora a sua freqüência seja muito
irregular não favorecendo assim a superação de obstáculos encontrados na escola
comum. Neste ano de 2012 o mesmo nos procurou por INCENTIVO das professoras
VANÚSIA de Geografia e da professora Maricélia de Língua Portuguesa para
retornar ao AEE.
Várzea Nova, 25 de julho de 2012.
SÍLVIA CARNEIRO DE OLIVEIRA SILVESTRE.
-----------------------------------------
PROFESSORA
DA S.R.M. DO C.E.J.S.O
ANÁLISE E CLARIFICAÇÃO DO CASO UANDERSON.
5.Uanderson
Peixoto
Problema:
* Cognitivo, envolvendo a dificuldade nas aprendizagens escolares. *Motor, dificultando e interferindo no ritmo
de aprendizagem nas atividades de Leco
escrita.
Potencialidades:
* Relacionamento Interpessoal
bom.
* Na SRM realiza tudo que lhe é proposto, embora seja com total
intervenção / apoio.
*Gosta da escola e de
estudar (falta por não aprender como os demais colegas).
Dificuldades: * Dificuldade motora fina. * Escrever no ritmo dos seus colegas
na sala. * Acompanhar as atividades propostas
na classe comum por não ler e escrever convencionalmente. * Lentidão ao escrever no
caderno. * Lentidão no manuseio de mouse em
atividades de arrastar o cursor. *
Ler e escrever convencionalmente.
Série:
8ª Turma:
Única Turno: Vespertino
DISCIPLINA
|
PROFESSOR
|
MÉDIA
|
Língua
Portuguesa
|
Maricelia
|
+-3,8
|
Matemática
|
Aloisio
|
7,7
|
Ciências
|
José Doria
|
6,0
|
Geografia
|
Vanúsia
|
6,0
|
Historia
|
Gedeão
|
+- 5,2
|
Artes
|
Kátia
|
?
|
Inglês
|
David
|
6,0
|
Educação
Física
|
José Ramos
|
?
|
Ciências
e Tecnologia
|
José Doria
|
?
|
É
de extrema importância que o aprendente seja avaliado por profissionais como
fisioterapeuta e fonoaudiólogo afim de que as dificuldades na coordenação
motora e linguagem e escrita respectivamente sejam aperfeiçoados comumente as
propostas oferecidas em SEM pela professora Silvia. De igual modo os
professores da sala comum precisam rever seus instrumentos de
ensino/aprendizagem bem como instrumentos avaliativos que potencializem as possibilidades
de Uanderson
Sugiro:
* Textos e/ou quaisquer conteúdos que serão escritos pela turma estarem
previamente digitados (CAIXA ALTA) para que o aprendente faça a leitura como
também as atividades, que por sua vez necessitam de adaptações contextualizadas
ás dos colegas, reservando o momento de escrita para produção subjetivas.
·
O aprendente apresenta grandes dificuldades
com a leitura e a escrita. Dessa forma sugiro que as atividades que envolvam
estes instrumentos sejam acompanhados pelo professor e/ou colega de classe que
o auxilie (lendo com ele ou/para ele)
·
Atividades de enumerar, ligar, múltiplas
escolha, com gravuras escritas em caixa alta.
·
Posição que está sentado (inclinação
do corpo p/ a direita que se intensifica com o manuseio do mouse)
·
Pesquisar os clássicos juvenis p/ contextualizar
as atividades;
·
Fisioterapia
·
Alfabetização
REGISTRO REFLEXIVO REFERENTE AO DESEMPENHO DE UANDERSON.
Os atendimentos educacional especializados AEE de Uanderson acontecem duas vezes por semana no turno matutino, turno oposto ao que estuda. Neste primeiro semestre a sua freqüência foi muito irregular, sempre fala que não consegue acordar mesmo seu horário sendo as 9:30h da manhã. Assim fico impossibilitada de descrever avanços deste aluno no que se refere ás intervenções que são feitas no AEE.
Hoje o aluno freqüenta a escola comum e
seu desempenho acadêmico está no quadro abaixo.
DISCIPLINA
|
PROFESSOR
|
MÉDIA
|
Língua Portuguesa
|
Maricélia
|
+-3,8
|
Matemática
|
Aloísio
|
7,7
|
Ciências
|
José
Doria
|
6,0
|
Geografia
|
Vanúsia
|
6,0
|
Historia
|
Gedeão
|
+-
5,2
|
Artes
|
Kátia
|
?
|
Durante uma das atividade realizadas pela professora Sílvia no
AEE - foram feitas algumas observações
pela professora IRVYS que estava presente nesse momento (Psicopedagoga e professora do AEE ) as quais irei descrever abaixo.
É de extrema importância que o aprendente seja avaliado por
profissionais como fisioterapeuta e fonoaudiólogo afim de que as dificuldades
na coordenação motora, linguagem e escrita respectivamente sejam aperfeiçoados
comumente às propostas oferecidas em SRM/AEE pela professora Silvia. De igual
modo os professores da sala comum precisam rever seus instrumentos de
ensino/aprendizagem bem como instrumentos avaliativos que potencializem as
possibilidades de Uanderson .
Sugiro:
* Textos e/ou quaisquer conteúdos que serão escritos pela turma estarem
previamente digitados (CAIXA ALTA) para que o aprendente faça a leitura como
também as atividades, que por sua vez necessitam de adaptações contextualizadas
às dos colegas, reservando o momento de escrita para produções subjetivas.
·
O aprendente apresenta grandes dificuldades
com a leitura e a escrita. Dessa forma sugiro que as atividades que envolvam
estes instrumentos sejam acompanhadas pelo professor e/ou colega de classe que
o auxilie (lendo com ele ou/para ele);
·
Atividades de enumerar, ligar, múltipla
escolha, com gravuras e escrita em caixa alta;
·
Posição que está sentado
(inclinação do corpo p/ a direita que se intensifica com o manuseio do mouse);
·
Pesquisar os clássicos juvenis p/
contextualizar as atividades;
·
Fisioterapia;
·
Alfabetização.
Várzea Nova, 25 de julho de 2012.
SÍLVIA CARNEIRO DE OLIVEIRA SILVESTRE.
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PROFESSORA
DA S.R.M. DO C.E.J.S.O
Caso Valéria.
Valéria da Costa Trindade,
natural de Caem, nascida em 26/08/97, hoje vive com sua mãe Vanderlea e seu
irmão Vanderlei de 17 anos, que entra sempre em conflito. Valéria ficou órfã de
seu pai Júlio em 17/12/06. Atualmente o sustento da família é a aposentadoria
da mãe, acrescida da bolsa escola. Sua mãe ainda trabalha no sisal para
completar a renda, Valéria costuma ajudar nas tarefas da casa. Ela diz gostar
mais do irmão biológico Binho que mora em São Paulo, pois Vanderlei é seu irmão
só por parte da mãe. Seus pais se separaram quando ela tinha 05 anos. Teve um padrasto por algum
período que a batia muito, sua mãe ainda o faz por ela não fazer as tarefas
direito, segundo Valéria sua mãe privilegia seu irmão, relata também que sua
avó materna não gosta dela. Neste contexto familiar o convívio é conturbado
pelo alcoolismo da mãe.
Neste ano está cursando a
5ª série D matutino no CEJSO juntamente com seu irmão. Sua trajetória escolar
iniciou aos 04 anos, foi reprovada 03 anos na 3ª série e 01 ano na 5ª série. O
Ensino Fundamental foi realizado no Povoado de Santo Antônio. Disse gostar
muito de estudar, escrever, ler, brincar, vem para a escola para aprender,
gosta de História e Educação Física por que os professores a tratam bem (profª.
Sueli Santos e profº. Roberto Dantas) e também do Diretor Eduardo. Não gosta
dos demais professores, pois ficam “dizendo coisas dela” ao diretor e, a ameaçam
o tempo todo de colocá-la fora da sala
de aula. Na sala só gosta do colega Paulo e na sua vizinhança as amigas Mayane,
Edilene e Nairla.
Em entrevista com a mãe ela
relata que até os 07 anos ela não lia, a partir dos 12 anos tornou-se agressiva
verbalmente e bate no irmão quando ele a bate com o cinto. Confirmou também que
Valéria já namorou e sua maior preocupação é porque há 02 anos ela já é
“solteira” e teme uma gravidez indesejada mesmo com suas orientações.
A
escola ao observar que a VALÉRIA apresentava um comportamento diferente dos demais adolescentes de
sua idade - como dificuldades em
estabelecer relações interpessoais e não de aprendizagem (na sala de aula e em
outros espaços, como no pátio, na aula de Educação Física), no dia 18/04/12 ( na pessoa do Diretor) fez o
encaminhamento da aluna para SRM com
a seguinte queixa: ”a referida aluna ficou 04 dias fora da escola e de sua casa
sem conhecimento de seu paradeiro, sendo acionado o Conselho Tutelar por ter
alguns comportamentos estranhos, assim descrevia os seus professores” (colocar
por ex.: o dedo no anus e colocar no nariz de colegas). Foi expulsa do PETI
este ano, por sempre estar falando de sexo entre os alunos/ seus colegas. Solicitando assim, uma avaliação na SRM.
Várzea Nova, 25 de julho de 2012.
SÍLVIA CARNEIRO DE OLIVEIRA SILVESTRE.
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PROFESSORA
DA S.R.M. DO C.E.J.S.O
REGISTRO REFLEXIVO
SOBRE
O ACOMPANHAMENTO
da
aluna Valéria da Costa
Trindade
no AEE neste
I semestre de 2012.
Por este
contexto supracitado no final deste caso, Valéria da Costa Trindade freqüentou
o AEE neste semestre I de 2012, SOLICITAÇÕES E ENCAMINHAMENTO REALIZADO pelo
diretor Eduardo Rios no intuito de incluí-la de fato na sala comum, na SRM foi agendado um horário para se fazer uma
avaliação pedagógica, visto que a aluna não apresenta nenhum laudo clínico que
comprove algum tipo de deficiência.
Para tanto, foram feitas diversas atividades
do tipo: Diagnóstico inicial com entrevista oral (onde a mesma relata o descaso
da família desestruturada de afeto e
financeiro em que vive, desde o alcoolismo da mãe, como a sua vida sexualmente
ativa - fato confirmado por sua mãe em entrevista no AEE, ela relata que a Valéria perdeu a virgindade
aos 12 anos, e que a mesma teme sua filha ficar grávida.).
Levando em
consideração as questões da direção desta escola, bem como o contexto
confirmado pela adolescente e sua mãe. Busquei várias formas possíveis de
ajudá-la no contexto escolar e pessoal procurando elevar sua auto-estima. Foram
realizadas também atividades de leitura,
escrita, caça-palavras, situações problemas envolvendo as quatro operações,
leituras de gráficos, jogos da memória, caça rimas, pesquisas e conversas sobre
sexualidade/droga /gravidez/meios contraceptivos /abuso sexual,atividades estas
realizadas com a aluna online e no caderno.
TODAS as
atividades realizadas a mesma teve EXCELENTE desempenho
confirmando seu nível, leu, montou estratégias escritas e mentais para resolver
situações matemáticas (temos a pró CÁSSIA e o vice-diretor JOSÉ DIVONILSIN que
presenciou ALGUMAS SITUAÇÕES NA SRM/AEE, COMPROVANDO A SUA APRENDIZAGEM NA
PRÁTICA, ou seja, apresenta desempenho satisfatório para série
em que se encontra. Estas atividades deram-me suporte para desmistificar a
suspeita inicial a qual a levaram a ser encaminhada a SRM que Valéria tivesse Deficiência
Intelectual.
Mas tudo leva-nos
a crer que VALÉRIA é DOENTE MENTAL (no
nível LEVE ) e não INTELECTUAL . No entanto, esta suspeita precisa ser
confirmada através dos MÉDICOS competentes na área, pois, nós professores não
podemos diagnosticar, por não sermos MÉDICOS. Vale ressaltar que as pessoas DOENTES MENTAIS não são atendidas no
AEE. Pois a sua necessidade especial é de acompanhamento psicológico ou psiquiátrico,
a depender do caso. Com exceção ao aluno
que por motivo da doença mental esteja enfrentando problemas para acompanhar o
currículo, ou seja, esteja com problema de aprendizagem. Nesse caso, deve se
realizar o AEE paralelo ao tratamento clínico quer seja medicamentoso ou
terapêutico.
No entanto,
esse estudo pode nos ajudar a refletir sobre a situação desta aluna no sentido
de procurarmos mudar de postura e começar fazer o ACOLHIMENTO da mesma na sala de aula comum. Estas dificuldades são um sinal de alerta, que nos informa que
algo talvez não vá bem. Alertamos, ainda, que há uma variedade e uma
complexidade de situações abrangidas pelo conceito "doença mental” que
precisam serem desmistificados.
Várzea Nova, 25 de julho de 2012.
SÍLVIA CARNEIRO DE OLIVEIRA SILVESTRE.
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PROFESSORA
DA S.R.M. DO C.E.J.S.O
Caso
Ozimar.
Ozimar é um adulto com 20
anos, que hoje cursa a 5ª serie D mat. Da CEJSO. Foi encaminhado para SRM/ AEE
em 25/04/12 por sua linguagem ser muito comprometida e até hoje só sabe todas
as letras do alfabeto, os números de 01 a 09, escreve o seu nome [...]. Sendo
que iniciou seu contexto escolar só com 10 anos por conta da superproteção dos
seus pais considerando que sua idade mental é inferior a cronológica. No entanto, ele
sempre teve vontade de ir à escola. Somente após 5 anos de escolaridade o aluno
começou a se desenvolver na escrita.
Segundo relata sua mãe, Ozimar tem a mente infantil e por isso o retardo
a freqüentar a escola. Sempre foi tranqüilo, andou com 01 ano e 06 meses, só
começou a “falar” com 05 anos balbuciando “ma” para mamãe e “PA pá” para papai.
Sua dificuldade de linguagem não está aliada a audição, pois ele ouve
perfeitamente, gosta de lutar com animais, ajuda o pai nas tarefas, tira leite
da vaca, ele é muito obediente, diferente do irmão que tem “problemas”. Ozimar
sempre teve amigos, tem 03 irmãos e a família sempre teve dificuldade de
comunicar-se, mas com muita dificuldade “entende” o que ele “fala”. Ele não tem
noção do tempo, embora tenha autonomia na realização de suas atividades de vida
diária. Deseja muito que sua mãe lhes dê um celular, já teve por alguns dias um
computador que gostava muito de manuseá-lo, ele já é contemplado pelo BPC e a
partir do mês de junho irá ser acompanhado pelo fonoaudiólogo.
Segundo a descritiva dos seus professores da escola anterior que
estudava (Santo Antônio), confirma tudo que descrevi Ozimar é um aluno aplicado,
se relaciona bem com os professores e colegas da turma interagindo bem nos trabalhos em grupo. Segue em anexo a xérox
das descritivas do aluno.
Análise do caso e clarificação do problema
Problema:
* De linguagem no sentido da fala rudimentar.
* De contexto escolar na interlocução entre colegas.
* Desenvolvimento e funcionamento cognitivo.
Potencialidades:
* Gosta de frequentar a escola e realizar as atividades.
* Boa autoestima.
* Sociável.
* Tem familiaridade com as letras do alfabeto e os números de 0 a 9.
* Compreende perfeitamente os comandos.
* Manuseia o computador com desenvoltura.
* Realiza as atividades com orientação e intervenção do professor.
* Escreve seu nome completo.
* Interessa-se por tudo que lhe é proposto.
* Reproduz escrita.
Dificuldades:
* Linguagem oral (fala ).
* Acompanhar o ritmo das atividades em sala.
* Nível de escrita.
* Compreender a letra impressa minúscula.
Várzea Nova, 25 de julho de 2012.
SÍLVIA CARNEIRO DE OLIVEIRA SILVESTRE.
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PROFESSORA
DA S.R.M. DO C.E.J.S.O
REGISTRO REFLEXIVO referente ao
I semestre de Ozimar no AEE.
OZIMAR, aluno afetivo gosta da
escola e de realizar as atividades que lhes são propostas. Iniciou o AEE,
em25/04/12. Vindo do povoado de Santo Antônio/Boa Esperança, tendo no primeiro
contato realizado uma entrevista diagnóstica/oral, foi assustador,
pois sua linguagem é
muito rudimentar ( Os distúrbios na comunicação oral em crianças são
muito comuns, podendo ser causados por fatores FUNCIONAIS- quando não existe
alteração física, o atraso se dá devido a imaturidade das estruturas dos órgãos
da fala: lábios, língua e bochecha, e/ou ORGÂNICOS- a causa do atraso é
conseqüência de algum problema fisiológico como lesões neurológicas ou
deficiências auditivas ou psiquiátricos - autismo, esquizofrenia etc. É
extremamente importante o diagnóstico precoce e uma seqüência de intervenção e
tratamento imediatos, a fim de minimizar os déficits
decorrentes desses distúrbios.)
O referido aluno já fez alguns exames neurológicos, mas foram bem imprecisos.
Não está esclarecido o porquê da sua falta de linguagem clara e precisa. Segundo
sua mãe pode ser hereditária, pois parentes paternos de primeiro grau (TIOS) tem
as mesmas dificuldades/DEFICIÊNCIA que Ozimar. Seu irmão mais velho tem os
mesmos problemas. .
Embora existam esses fatores/causa, características individuais da
criança e estímulos externos podem influenciar muito o ritmo de desenvolvimento
da fala. Há grandes variações de pessoa para pessoa e no CASO OZIMAR ainda não temos o
DIAGNÓSTICO preciso o do porque de sua ausência da fala convencional.
As queixas em relação aos atrasos de
linguagem/fala são muito comuns em crianças, podendo esse distúrbio ser causado
por diferentes etiologias, sendo a perda auditiva bastante relevante. NO CASO
DE OZIMAR faz-se necessário uma pesquisa minuciosa de todos os fatores
relacionados à alteração, para um diagnóstico adequado e tratamento positivo.
Nesse caso, o papel do otorrinolaringologista e do fonoaudiólogo (OZIMAR JÁ FOI
ENCAMINHADO) é fundamental para a detecção de possíveis perdas auditivas e
reabilitação precoce, na maioria das vezes com a adaptação de aparelhos
auditivos em conjunto com a terapia fonoaudiológica .Mediante atividades
desenvolvidas neste período no AEE,não foi detectado por nós problemas
auditivos pois ELE compreende tudo que lhes é falado,penso ser outros problemas
neurológicos que ocasionou-lhes a falta de uma fala CLARA e COMPREENSIVA,que
espero ser descoberta ,para que possamos compreendê-lo melhor e assim ELE
avançar em sua aprendizagem na sala comum.
Entretanto, gostaria de colocar uma
pauta importante: Ao iniciar o AEE com OZIMAR, fiquei aflita ao estabelecer o
primeiro diálogo com ele, pois não entendia 10% do que falava, com alguns
atendimentos onde o foco foi a estimulação da fala, vejo hoje um pequeno
avanço. No dia 02/08/12, contou-me que estava estudando na EJA,programa
TOPA,FIQUEI FELIZ, POIS É ESTE O PAPEL DA SRM/AEE, em outro momento contou-me
que a mãe trouxe ovos de sua galinha
para mim e não me encontrou em casa e nem na escola. Fiquei muito feliz com isso visto que o aluno
já está conseguido estabelecer um diálogo coerente com sentenças completas. Todas
as atividades propostas são possíveis de realizar com ele pois gosta e tem o
desejo de aprender, principalmente quando as atividades é no computador, basta
uma explicação e toda a atividade é realizada. Espero em breve ter um reforço
maior com o trabalho do fonoaudiólogo ampliando assim a fala/LINGUAGEM de OZIMAR,
PARA QUE ELE TENHA SUCESSO NA ESCOLA,pois é o maior desejo dele e de sua
mãe.Neste segundo semestre pretendemos dar continuidade as mais diversas
atividades para que o mesmo continue avançando.
Segue abaixo uma tabela com o
desenvolvimento quantitativo do aluno nesse primeiro semestre.
DISCIPLINA
|
PROFESSOR
|
MÉDIA
IU
|
Língua Portuguesa
|
Sufia
|
2,8
|
Matemática
|
Roberio Matos
|
2,6
|
Ciências
|
Marcos
|
?
|
Geografia
|
Jidoval
|
4,6
|
Historia
|
Sueli
|
?
|
Artes
|
Cristina
|
?
|
Inglês
|
Theobaldo
|
0,5 SR
|
Educação Física
|
Roberto
|
1,2
|
Meio Ambiente
|
Marquês
|
?
|
Diante do
exposto percebe-se a necessidade urgente da elaboração do plano de
desenvolvimento individual do aluno ( PDI ) onde constará as devidas
flexibilizações para que suas limitações
sejam respeitadas e suas necessidades educacionais especiais sejam atendidas.
Várzea Nova, 25 de julho de 2012.
SÍLVIA CARNEIRO DE OLIVEIRA SILVESTRE.
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PROFESSORA
DA S.R.M. DO C.E.J.S.O
Caso Marcos Fabrício
Marcos Fabrício, hoje
pré-adolescente com 12 anos, mora com seus pais (padrasto que o considera como
filho biológico), seu pai saiu de casa quando sua mãe estava no 6º mês de
gestação, quando ele tinha 08 meses sua mãe casou-se com seu atual esposo, com
o qual tem Eduarda 04 anos e Gustavo 08 anos.
Ainda com oito meses de idade, um fato trágico
aconteceu, enquanto a pessoa que tomava conta dele coava um café, Fabrício foi
se arrastando até uma banheira cheia de água que se encontrava no quintal e
caiu dentro afogando-se. Após algum tempo de procura , ele foi encontrado, já
boiando. Imediatamente um dos visinhos fez respiração boca a boca no menino
levando-o em seguida para o hospital onde foi atendido onde o médico fez várias
tentativas para reanimá-lo. Mesmo assim,
Fabrício ficou inconsciente das 15:00 às 20:00 h da noite. Após 5:00h de
sofrimento, ele despertou como se nada tivesse acontecido.Contudo, começou andar com 09 meses. Segundo relato da
mãe tudo que acontece hoje com Fabrício ela faz ligação a este fato.
Na escola particular ele
iniciou com 02 anos e meio até os seis anos para se alfabetizar. Depois
ingressou na escola pública durante todo o tempo escolar, só repetiu a série em
2010 na 4ª série. Gosta muito de estudar, levanta cedo, faz café da manhã para
todos da casa, adora as tarefas domésticas, especialmente quando envolve muita
água e sabão, faz perfeita limpeza. É uma pessoa amável, todo mundo é amigo,
ele é muito sociável, não tem amigo predileto. Ele não tem medo de perigo,
relata sua mãe que sua idade mental é igual a criança de 5 anos, ainda gosta de
brincar de carrinho. Com 5 anos detectou-se problemas de visão 1,25 em um olho
e 0,75 em outro.
Segundo o professor Samuel
em 2011, Fabrício era um aluno aplicado e se destacava em matemática. Seu
professor SAMUEL da série anterior (quarta série) relatou que Fabrício sempre foi um aluno estudioso,
participativo nas aulas e atividades, gosta de matemática, e que havia
percebido uma dificuldade dele em se defender das brincadeiras de mal gosto de
seus colegas no recreio (sempre chorava) Diante desse contexto o professor
percebeu que o aluno estava sofrendo bullyng visto que alguns colegas de sala e
da escola ficavam provocando-o constantemente. No entanto, nem o professor nem
a escola tomaram nenhuma posição referente ao caso. Além de ser visto como o
provocador da situação.
Como conseqüência o aluno
tem desenvolvido atitudes destrutivas em casa gerando certa preocupação em sua
mãe. Esta por sua vez tendo o conhecimento do Atendimento Educacional
Especializado procurou a Secretaria Municipal de Educação solicitando uma avaliação
na SRM.
SÍLVIA CARNEIRO DE
OLIVEIRA SILVESTRE.
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PROFESSORA DA SRM/AEE.
VÁRZEA NOVA08/08/2012.
Registro
reflexivo referente ao semestre 1/2012, do aluno MARCOS FABRÍCIO.
Em março/abril deste ano a
mãe de FABRÍCIO, procurou a Sala de Recursos Multifuncional, em busca de
ajuda para o seu filho que segundo ela tinha comportamentos inadequados
(comparado ao comportamento do seu irmão mais novo) do tipo: quebrar todos os
brinquedos, misturar alimentos/coar
perfume no coador de café,brigas e brincadeiras de mal gosto,entre outras
coisas relatadas.Aliado a esses
comportamentos intrigantes pra sua mãe,ela atribuía estas atitudes
diferentes das que seu irmão mais novo tem a um episódio que aconteceu com
FABRÍCIO quando tinha 8 meses,que foi se
afogar em uma banheira cheia de água que se encontrava no quintal de sua
casa,sendo socorrido 3 horas depois.Sua mãe insinuou que FABRÍCIO tivesse uma
deficiência intelectual leve,em pesquisa o que se afirma sobre deficiência intelectual
é que: A deficiência intelectual é [...] segundo Ricardo Ampudia (novaescola@atleitor.com.br) A pessoas com
deficiência intelectual ou cognitiva costumam apresentar dificuldades para
resolver problemas, compreender ideias abstratas (como as metáforas, a noção de
tempo e os valores monetários), estabelecer relações sociais, compreender e obedecer a regras, e
realizar atividades cotidianas - como, por exemplo, as ações de autocuidado.
A capacidade de argumentação desses alunos
também pode ser afetada e precisa ser devidamente estimulada para facilitar o
processo de inclusão e fazer com que a pessoa adquira independência em suas
relações com o mundo.
Neste semestre, diversas atividades foram
propostas no caderno e no computador, desde jogos online até uma simples
leitura e envolvendo várias disciplinas e, todas FABRÍCIO as realizou com
interesse e desenvoltura. Dentro das
dificuldades apresentadas pelas pessoas com deficiência intelectual ou
cognitiva, ELE só teria a dificuldade em obedecer a regras, mas não considero esta
dificuldade aliado a uma deficiência, mas sim a uma dificuldade NORMAL
de 80% das crianças de sua idade desta nova geração tanto na escola quanto em casa.
Mediante a esta conclusão a partir deste
segundo semestre ELE será suspenso do AEE individual, permanecendo assim só as
quartas feiras no projeto É PRECISO CONVIVER COM AS DIFERENÇAS PARA TERMOS
UMA BOA CONVIVÊNCIA (Elaborado e sugerido pela coordenadora CÁSSIA) onde o
foco é trabalhar esta dificuldade (SEGUIR
E OBEDECER A REGRAS de convivência) que lhes é apresentado pois estamos
abordando o conviver nos discursos e nas
atividades práticas. Após esse período de atendimento já foi perceptível a mudança de comportamento
no aluno no âmbito escolar. Quanto ao âmbito familiar a sua mãe relatou que ele
já melhorou 80%.
Recentemente a mãe do aluno levou-o ao
neurologista para uma consulta onde o mesmo prescreveu um medicamento
solicitando a revisão após o término do mesmo onde será realizado o
eletrocefalograma.
SÍLVIA CARNEIRO DE
OLIVEIRA SILVESTRE.
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/2012.
PROFESSORA DA SRM/AEE.
VÁRZEA NOVA08/08
Muito bons seus relatos.Servirá bastante como um norte.
ResponderExcluirEstou buscando aprimorar o meu trabalho,busco postar aqui o meu fazer pedagógico 'inclusivo' SRM / AEE,da melhor forma possível,como há dificuldades em encontrar este 'NORTE' ,NA PRÁTICA,minha principal meta é esta[...]Que visualizem como seria a prática após a teoria.Obrigada!
ResponderExcluir