terça-feira, 28 de agosto de 2012


@Blog a serviço do letramento digital@



Segundo Laufer & Scavetta, hipermídia (ou Hipermédia em Portugal) é a reunião de várias mídias num suporte computacional, suportado por sistemas eletrônicos de comunicação. O livro Texto, Hipertexto, Hipermedia, lançado originalmente em francês, faz alusões explícitas ao criador do Hipertexto e da Hipermídia e procura dar uma visão histórica dos fatos relacionados à invenção do conceito. No Brasil um dos primeiros livros lançados sobre o tema foi o do pesquisador André Parente.A mistura de vídeos, textos e imagens de diversas espécies formam assim um ambiente de informação virtual que encanta. E a música de Gilberto Gil Pela Internet retrata muito a nossa atualidade e o uso da ‘rede’ .


Criar meu web site
Fazer minha home-page
Com quantos gigabytes
Se faz uma jangada
Um barco que veleja... (2x)
Que veleje nesse informar
Que aproveite a vazante da informaré
Que leve um oriki do meu orixá
Ao porto de um disquete de um micro em Taipé
Um barco que veleje nesse informar
Que aproveite a vazante da informaré
Que leve meu e-mail até Calcutá
Depois de um hot-link
Num site de Helsinque
Para abastecer
Eu quero entrar na rede
Promover um debate
Juntar via Internet
Um grupo de tietes de Connecticut
De Connecticut de acessar
O chefe da Mac Milícia de Milão
Um hacker mafioso acaba de soltar
Um vírus para atacar os programas no Japão
Eu quero entrar na rede para contatar
Os lares do Nepal,os bares do Gabão
Que o chefe da polícia carioca avisa pelo celular
Que lá na Praça Onze tem um videopôquer para se jogar...
 HIPERMÍDIAS promovendo debate entre as pessoas num mundo conectado. Sendo o blog um Hipertexto, este é o termo que remete a um texto em formato digital, ao qual se agregam outros conjuntos de informação na forma de blocos de textos, palavras, imagens ou sons, cujo acesso se dá através de referências específicas denominadas hiperlinks, ou simplesmente links. Esses links ocorrem na forma de termos destacados no corpo de texto principal, ícones gráficos ou imagens e têm a função de interconectar os diversos conjuntos de informação, oferecendo acesso sob demanda as informações que estendem ou complementam o texto principal. Repensar o letramento em sala de aula (SALA COMUM ou SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL) nos leva a pensar em novas possibilidades de ’ensino’ OU READAPTAÇÃO aproveitando os avanços tecnológicos,  e considerando que estes recursos já   é familiar a grande parte dos educando através das redes sociais, cabe a escola( com alunos com necesidades especial ou não) levar o uso do computador para sala de aula com um novo olhar se utilizando deste novo formato de texto,  escritos nos blogs possibilitando novas estratégias metodológicas promovendo o letramento digital de forma lúdica,sem descartar o letramento nas vias tradicional,pois o livro jamais será substituído,pois o letramento nas vias normais que a escola oferece é fundamental para a eficácia do letramento digital.
Além deste benefício a internet a serviço da aprendizagem deve ser uma ferramenta de reflexão que permita aos educando uma reflexão acerca da linguagem acadêmica e a internetês que é utilizada nas redes sociais e que está presente no texto abaixo o qual retrata uma realidade de jovens em confronto com pais e educadores por estarem’ fora’ deste contexto:


A menina que falava internetês.

É impressionante a falta de comunicação dos filhos com os pais!... Gerando automaticamente a falta de comunicação dessa geração de jovens com a geração mais velha!... Isso é um desafio imenso para muitas mães que tentam se adaptar com as coisas mais novas da mesma maneira dos seus filhos.  E os filhos não fazem sua parte de explicar coisas simples como o famoso 'Internetês' que é a língua dos inter-nautas com gírias e muitas abreviações! E em um texto uma mãe tenta ser moderna, e decidir conversar com sua filha pela internet e quando começa a ler aquelas "Gírias e abreviações" ... Nossa, leia por si mesmo! ↓↓

A mãe gostava de acreditar-se moderna. Do figurino à linguagem, esforçava-se para estar sempre up-to-date*  com as últimas tendências da moda. Seus objetivos eram claros: criar uma imagem de mulher mais jovem e fazer bonito para os filhos, os reis da tecnologia doméstica, que dominavam tudo na casa, dos controles remotos dos aparelhos eletrônicos aos computadores e laptops. Foi o propósito de não perder o bonde da história que levou Wanda a comprar um computador pessoal, assinar um provedor de acesso e começar a navegar pela internet. Nada poderia detê-la rumo à modernidade!

Depois de alguns dias, navegando em seu trabalho, encontrou sua filha pré-adolescenteon-line. Não resistiu à tentação e iniciou uma conversa através de um programa de mensagens instantâneas.
— Olá, filha, aqui é a sua mãe, navegando pela internet… Tudo bem com você, querida?
— blz.
— Como? Não entendi, filhinha. Seu teclado está com algum problema nas vogais?
— naum.
— Vejo que não é este o problema, já que você digitou duas vogais agora mesmo! Mas pode ser um defeito nas teclas de acentuação. Por favor, filha, teste o ‘til’.

Clique em continuar lendo para terminar de ler esse texto maravilhoso! ↓↓

— q tio?
— Não, não o tio, o til. O tio é o irmão do papai, o tio Bruno. O til é aquele acento do não, do anão, da mamãe… Lembra quando a mamãe ensinou a você que o til parecia uma minhoquinha?
— nem
— Nem? Como assim, ‘nem’? Nem no sentido de conjunção coordenativa aditiva como ‘não lembro nem quero lembrar’? Ou seria ‘nem’ como conjunção coordenativa alternativa, como em ‘não me lembro de e nem parece uma minhoquinha’?
—;-(
— Que foi isso, filhota?
— naum quero + tc com vc
— Você… não quer mais tecer comigo?
— teclar
— Assim mamãe fica triste, lindinha. Eu só queria conversar, puxar algum assunto. Mas está difícil. Eu não entendo o que você escreve e você não se interessa pelo que eu digito. Realmente, meu bem, parece que não é possível estabelecer um diálogo com você. Tudo bem, se eu tiver incomodando, eu paro agora mesmo.
— ta
— Antes de ir pra casa eu vou passar no supermercado. O que você quer que eu compre para… para… para vc? É assim que se diz em internetês?
— refri e bisc8
— Refrigerante e biscoito? Biscoito? Filha, francamente, que linguagem é essa? Você estuda no melhor colégio, seu pai paga uma mensalidade altíssima e você escreve assim na internet? Sem vogais, sem acentos, sem completar as palavras, sem usar maiúsculas no início de uma frase, com orações sem nexo e ainda por cima usando números no lugar das sílabas? Isso é inadmissível, Maria Eugênia!
— Xau, mãe, c ta xata.
— Maria Eugênia! Chata é com ch!
— Maria Eugênia?
—Desligou. Bem, pelo menos a tecla til está em ordem.

 (Rosana Hermann. In: CAMPOS, C. L. S.; SILVA, N. J. (orgs.) Lições de Gramática para quem gosta de Literatura. 1ª Ed. São Paulo: Panda Books, 2007, p.91-94.)pousadas

O trabalho com o hipertexto na sala de aula deve promover uma reflexão sobre os tipos de escrita e a preguiça mental que a  internetês possibilita por esta ser aceitar nas redes sociais,embora na escrita acadêmica é o inverso.Confirmada esta interferência que não deve ser vista somente de forma negativa ,mas uma realidade que deve ser aproveitada para resignificar o conceito de letramento com textos impressos e ou eletrônicos.É pertinente que conheçamos as principais características entre ambos ,que embora são distintos mas se complementam.Ambos tem acessibilidade ilimitada,podem ser utilizada no coletivo e individual,possuem linguagem verbal e não verbal.
Nas suas particularidades um é linear o outro não,um trás tranquilidade o outro stress cognitivo,um trás estabilidade o outro dinamismo e interação ilimitada,um há sequenciação o outro é um labirinto,um é concreto o outro é abstrato e assim estes ajudam na função social da escola ensinar a ler e escrever,em um ambiente divertido,interativo permitindo a alunos e professores uma aproximação no mundo virtual e na realidade social através das produções que ultrapassarão os muros da escola ampliando os trabalhos escolares.SUGESTÃO DE LEITURA SOBRE ESTA TEMÁTICA.
 

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