terça-feira, 13 de agosto de 2013

Escola Aprendendo com as Diferenças .

CENTRO EDUCACIONAL JOÃO DE SOUZA OLIVEIRA. Inclusão escolar: desafios, possibilidades e conquistas A inclusão escolar é um tema que vem sendo discutido com mais intensidade na atualidade, sendo de grande relevância para o contexto brasileiro, mesmo sendo garantida desde 1988 pela Constituição Federal. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação LDB no seu capítulo V Art.58 discute e garante muito bem as questões relacionadas à Educação Especial. Nesta perspectiva o presente texto focaliza o trabalho realizado com o aluno Ítalo Emanuel com Paralisia Cerebral (PC) ou Encefalopatia (uma lesão de uma ou mais partes do cérebro, provocada muitas vezes pela falta de oxigenação das células cerebrais). Na Sala de Recursos Multifuncional SRM a professora Silvia Carneiro, procurou envolver os professores do ensino comum, colegas de classe e a monitora buscando a inclusão real do referido aluno na sala comum da 5ª séria A matutino do Ensino Fundamental I no Centro Educacional João De Sousa Oliveira - CEJSO, escola de grande porte do município de Várzea Nova, sendo também este o papel da monitora educacional Irvys Oliveira e de cada professor envolvido neste processo, bem como dos seus colegas de classe pois a inclusão, para Mantoan acontece onde “professores e alunos aprendem uma lição que a vida dificilmente ensina: respeitar as diferenças. Esse é o primeiro passo pra construir uma sociedade mais justa”. Mas o que de fato é incluir? Para compreender o que é inclusão e falar sobre ela é preciso repensar o que se está atribuído à educação além de atualizar nossas concepções e ressignificar os processos de construção de todo o indivíduo, compreendendo a complexidade e amplitude que envolve esta temática. Também se faz necessário uma mudança de paradigma dos sistemas de ensino onde se centra mais no aprendiz, levando em conta suas potencialidades e não apenas as disciplinas e resultados quantitativos favorecendo, uma pequena parcela de alunos, considerando, portanto que a população beneficiada com esse trabalho realizado em 2011, tenha contemplado toda a escola CEJSO e especialmente a 5ª série matutino a qual Ítalo Emanuel fez parte, seus colegas e todos os professores que lecionaram nesta sala e especialmente o trabalho realizado com ele pela sua monitora em classe. Tivemos como objetivo principal buscar compreender a concepção sobre a Inclusão Escolar de um aluno com PC, principalmente descobrir suas potencialidades e possibilidades buscando parceria com a família e toda a comunidade escolar abrangendo ações e as condutas educativo-pedagógicas a partir do compromisso de oferecer aos estudantes com Necessidades Educacionais Especiais (NEE), mais do que um ensino igualitário, uma escola mais produtiva, com potencial para fazer com que os alunos aprendam de maneira significativa estabelecendo os serviços, recursos e apoios necessários para garantir escolarização de qualidade para esses estudantes, assim como estabelece o dever das escolas de responderem a essas necessidades incentivando e norteando situações de aprendizagem e lazer. A equipe deste trabalho é formada pelas professoras Irvys de Lima Oliveira, professora/monitora educacional C.E.J.S.O. é graduada em História pela FTC / EaD, pós graduada em História da África e Cultura afro-brasileira e africana pela IBPEX/FACINTER e pós graduanda em Psicopedagogia Institucional, Cínica, Hospitalar e Empresarial; Sílvia Carneiro de Oliveira Silvestre, professora de SRM, é graduada em Biologia pela FTC / EaD, pós graduada em Psicopedagogia Clinica e Institucional pela IBPEX/FACINTER e especialização em Educação Especial/Formação Continuada de Professores para o Atendimento Educacional Especializado (AEE) pela UFC; Cássia Antônia dos Santos Bastos, coordenadora do AEE em Várzea Nova, graduada em Letras com Inglês pela FTC / EaD, pós graduada em Psicopedagogia Clinica e Institucional pela IBPEX/FACINTER e especialização em Educação Especial/Formação Continuada de Professores para o Atendimento Educacional Especializado (AEE) pela UFC; Jilvaní Rocha Silva Belitardo, mãe de Ítalo e professora da SRM, graduada em Pedagogia pela FTC / EaD e com curso de extensão para atuação em AEE pela UFC. Aos 15 dias de janeiro de 2000, na pequena cidade de Várzea Nova interior da Bahia, agitada pelo típico dia de feira livre que marcava aquele sábado, nascia Ítalo Emanuel Rocha Belitardo, de parto normal (embora prolongado), às 15:00h pesando exatos 3 quilos e medindo 52 centímetros, filho de Jilvaní Rocha Silva Belitardo e Euvaldo Alves Belitardo sendo um garoto robusto e saudável que trouxe felicidade à sua família e que, através do plano que Deus tinha para ele, vinha ao mundo com um lindo propósito, uma missão para viver e marcar sua geração. Aos dois meses de idade pesando 5,200 kg. seus pais observaram que Ítalo não segurava o pescoço e mantinha as mãos sempre fechadas. Percebendo estes aspectos, sobretudo quando comparado com outros bebês de sua idade, os pais decidiram procurar ajuda médica. Foi então que, aos três meses de idade, ítalo foi atendido na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) onde foram orientados a procurarem um fisioterapeuta, pois a criança teria dificuldade motora. Por indicação, procuraram o hospital Sarah Kubitschek situado em Salvador. O diagnóstico de Paralisia Cerebral, uma lesão causada por complicações ao nascer – anóxia - foi confirmada nessa instituição, quando o mesmo tinha quatro meses de vida, com o parecer de portador de CID.: F 83.XX.00. Até os quatro anos Ítalo permanecia aproximadamente 30 dias internado no hospital citado para acompanhamento e intervenções precoces. Ainda hoje ele freqüenta o hospital anualmente para avaliação com equipe multiprofissional com o objetivo de investigar e acompanhar o seu desenvolvimento físico, motor, psicológico e cognitivo. Ítalo ouve e vê normalmente, seu cognitivo preservado lhe permite compreender tudo à sua volta, quer visual ou falado, entretanto a paralisia cerebral com lesões não evolutivas acometeu a linguagem, não sendo ele capaz de falar, as funções motoras apresentam movimentos involuntários contínuos e de início súbito, ou seja, movimentos que estão fora de seu controle e os movimentos voluntários estão prejudicados, não podendo andar ou realizar movimentos voluntários funcionais sendo, portanto, dependente para a alimentação, locomoção e higiene. Dessa forma, não podendo se comunicar através da expressão oral/ linguagem Ítalo utiliza a comunicação alternativa como estratégia de comunicação fazendo uso de fichas de comunicação, expressão facial, gestos de cabeça e/ou olhos indicando sim ou não, dentre outros. O processo de escolarização de Ítalo começou no ano de 2003. Aos três anos de idade iniciou-se o seu primeiro contato com uma escola onde foi matriculado em uma rede particular de ensino de Educação Infantil, com o intuito de que tivesse contato com outras crianças para socializá-lo, nesta escola sempre permanecia uma monitora particular auxiliando-o. Aos sete anos de idade continuou sua caminhada escolar, ingressando agora em uma escola pública municipal, onde os entraves começaram a surgir. Ítalo já não tinha mais monitora permanente, na hora do lanche sua mãe ia alimentá-lo, onde pôde perceber que no momento do recreio a professora se retirava com os alunos para lanchar e brincar no pátio, enquanto que ele era esquecido na sala de aula sozinho ou ficava com uma colega que mais gostava a Q. R., observando os colegas brincarem. Após estes episódios, seus pais solicitaram da direção sua transferência para outra classe, onde a professora seria sua mãe (que também faz parte do quadro de professores deste município) e onde o mesmo permaneceu no último semestre sem maiores problemas apesar de não ter apoio da escola e a mãe do aluno, não estar segura quanto às estratégias de ensino que a rede propunha para a sala de aula, onde há alunos com deficiência. Nesse cenário a mãe de Ítalo sentia que sua formação docente para atuar em uma perspectiva inclusiva não era adequada para superar este desafio. Felizmente, em 2008 participou de curso de extensão em para atuação em AEE, ampliando assim seus conhecimentos em busca de direitos do seu filho. No ano seguinte a nova professora recusou tê-lo como aluno demonstrando estar inconformada com a situação de ter que lidar com uma criança com Necessidade Educacionais Especiais (NEE) em sala de aula. Continuava então a batalha dos pais para superar os desafios que surgiam em busca de meios que esclarecessem à escola os direitos adquiridos pelos cidadãos em estarem na escola. No momento Ítalo precisaria ser aceito, tratado com respeito, carinho e atenção como os demais alunos da classe. Compreendeu-se por este episódio que a preocupação da professora citada era de não corresponder com as expectativas dos pais e necessidades do aluno, pois desconhecia as possibilidades de se trabalhar com aluno com deficiência física respeitando-se assim as diferenças no contexto escolar. A professora citada se retratou e acabou por acolhê-lo na classe onde no decorrer da realização das atividades propostas para toda a turma, percebeu que era possível também realizar atividades com Ítalo, apesar de terem como barreiras a comunicação e a coordenação motora involuntária além de ausência de uma monitora educacional, falta de formação continuada, apoio pedagógico e ausência de respaldo oferecido por pessoas e órgãos competentes. Desde 2008, ano em que se deu a implantação da Sala de Recursos Multifuncionais (SRM) e iniciaram-se os atendimentos no AEE (Atendimento Educacional Especializado) onde foi possível iniciar um trabalho em que tinha como foco principal a aprendizagem da Comunicação Alternativa (C.A.) através de Tecnologia Assistiva (T.A.) de baixa e alta tecnologia. A Comunicação Aumentativa e Alternativa – CAA é uma das áreas da TA que atende pessoas sem fala ou escrita funcional ou em defasagem entre sua necessidade comunicativa e sua habilidade em falar e/ou escrever. Busca, então, através da valorização de todas as formas expressivas do sujeito e da construção de recursos próprios desta metodologia, construir e ampliar sua vida de expressão e compreensão. Recursos como as pranchas de comunicação construídas com simbologia gráfica (desenhos representativos de idéias), letras ou palavras escritas, são utilizados pelo usuário da CAA para expressar seus questionamentos, desejos, sentimentos, e entendimentos. A alta tecnologia nos permite também a utilização de vocalizadores (prancha com produção de voz) ou do computador, com software específico, garantindo grande eficiência na função comunicativa. Dessa forma, o aluno com deficiência passa de uma situação de passividade para outra, a de ator ou de sujeito do seu processo de desenvolvimento. (BERSCH e SCHIRMER, 2005, p. 89) A professora do AEE, Sílvia Carneiro de Oliveira Silvestre, conseguiu identificar por meio de algumas atividades e estratégias, que Ítalo possui saberes acadêmicos e que está no nível de aprendizagem adequado para sua série, apresentando dificuldades na leitura e escrita, entretanto demonstra aprendizagem significativa, motivação e gosto pela escola mesmo tendo grandes desafios no seu cotidiano, considerando a diversidade e complexidade que se depara também no contexto da comunicação. No primeiro semestre de 2011, Ítalo recebeu do Hospital Sarah Kubitschek o Programa de Comunicação Alternativa denominado de SKM/PCA para ser instalado no computador de sua casa e na Sala de Recursos Multifuncional (SRM). O programa que consiste em um acionador de pressão conectado a um mouse concomitante a um sistema de varredura que é exibido em um teclado virtual onde letras, números e demais sinais ficam visíveis no monitor e são selecionados um a um. O acionador é acoplado à cadeira de Ítalo do lado direito da sua cabeça, tendo em vista que há um controle maior desse lado permitindo-lhe clicar com leves toques proporcionando assim a execução da escrita. Atualmente Ítalo tem 12 anos de idade, mora com seus pais e seu irmão caçula em Várzea Nova, ama estudar e é apaixonado por vídeo game. Garoto meigo, tranqüilo e alegre, freqüentou no ano de 2011 o 6º ano do Ensino Fundamental II e demonstrou diariamente seu prazer em estar na escola, aprender e interagir com professores e colegas de forma espontânea e alegre. É intrínseco dizer que grandes conquistas marcaram o ano letivo de 2011 do Centro Educacional João de Souza Oliveira devido os entraves e dificuldades encontradas por Ítalo em salas de aulas anteriores, a percepção da necessidade da garantia da ampliação de sua comunicação, de uma participação mais ativa em todas as atividades que seriam desenvolvidas na escola e o desenvolvimento de sua aprendizagem nas nove disciplinas curriculares, para que ele conseguisse identificar, estabelecer e utilizar uma comunicação funcional com os nove professores além de colegas de classe, sua mãe juntamente com a coordenadora e professora do AEE, foram em busca dos direitos que o aluno tinha que garantiam sua permanência na escola comum. Após mobilização realizada pelas professoras do AEE e conversas e análises da situação educacional de Ítalo entre a secretária de educação do município, diretor do colégio já citado juntamente com o gestor do município ficou acertado que haveria uma professora/monitora educacional para auxiliá-lo em sala de aula. Naturalmente e evidente é que, diante de tal quadro e na medida em que os acontecimentos ocorriam, investimentos e políticas específicas eram adotadas. No dia 24 de fevereiro de 2011 Várzea Nova ganhava sua primeira professora/monitora educacional, Irvys de Lima Oliveira, que já havia participado de seminário de educação inclusiva proporcionado pelo MEC, recebera instruções da coordenadora do AEE e posteriormente participaria de cursos sobre inclusão e também orientações dos pais do aluno quanto ao cuidado com o mesmo pois a partir daquele momento passaria a auxiliá-lo na mobilidade e alimentação bem como acompanhar o currículo escolar e orientar os professores quanto à sua flexibilização. Nos dias atuais, a conquista de uma monitora educacional em Várzea Nova ganha espaço e notoriedade nos encontros regionais de seminários sobre educação inclusiva, bem como as parcerias de sucesso entre o trabalho realizado pela mesma , pais de Ítalo, professora do AEE, da escola comum e gestores educacionais. Houve também neste mesmo dia a primeira reunião na escola entre o grupo do AEE, a monitora, professores e gestores da sala comum de ensino para esclarecimentos e conhecimento do quadro educacional, cognitivo e clínico do aluno, a forma de comunicação utilizada pelo mesmo, o papel da monitora que o estaria acompanhando e também para que recebessem algumas orientações de recursos facilitadores do acesso à aprendizagem na escola e fora dela, bem como tentar eliminar barreiras de qualquer natureza que impedissem o dificultasse a aprendizagem de ítalo e/ou quaisquer outros alunos. O momento foi deveras produtivo, importante e útil, pois promoveu espaço onde anseios quanto a práticas pedagógicas foram apresentados e dúvidas foram respondidas. A partir daí começava um novo ciclo de uma verdadeira efetivação da inclusão não apenas de Ítalo, mas também de diversos outros alunos que necessitavam de um olhar mais atencioso dos educadores. A escola além de passar por transformações físicas, sendo adaptada com rampas de acesso em todas as salas, mesas e materiais pedagógicos adaptadas, presenciou a promoção da inclusão quando enfrentou os desafios de considerar e valorizar a diversidade garantindo um ensino que favorece a ampliação da aprendizagem de todos os alunos, sendo estes estimulados a participar ativamente das atividades, respeitando suas limitações, aproveitando e valorizando as suas potencialidades. Ítalo passou por diversas etapas de estudos que foram realizadas com êxito tendo em vista que, sempre contribuíram positivamente para que o processo ensino aprendizagem ocorresse da melhor forma possível. Muitos desafios foram encontrados, porém os mesmos serviram de base para o fortalecimento e a ampliação gradativa das possibilidades de comunicação, interação social e aprendizagem. O bom rendimento obtido em todas as disciplinas nas quatro unidades deve-se ao trabalho realizado em equipe, aluno, professores, monitora, colegas de classe, pais e AEE. Um mini-curso com o tema “A caminho da Inclusão” foi criado pela coordenadora do AEE sendo ministrado pela mesma, monitora educacional e professoras do AEE para todos os professores da rede municipal de ensino. Atividades e estratégias de ensino foram sendo descobertas, adaptadas e postas em prática contribuindo para que toda a sala fosse beneficiada pois tarefas irrelevantes foram suprimidas sendo avaliados os objetivos principais de cada exercício, a qualidade está sendo posta à frente da quantidade e ferramentas diversas desempenham as tarefas de maneira que o objetivo seja similar. Os resultados alcançados na SRM com as estratégias de intervenções como: aprendizagem da CA envolvendo recursos de baixa e alta tecnologia juntamente com atividades com adaptações dinâmicas e intervenções constantes do professores da sala comum e da monitora, viabilizaram e possibilitaram uma expressão mais autônoma na disciplina de Língua Portuguesa com produção de reconto em um livro adaptado e escrito com programa virtual e ilustrada com imagens selecionadas em internet. Pranchas de comunicação alternativa, principalmente de múltiplas escolhas, números, etc. abriram caminhos antes desconhecidos para o estudo da Matemática. Apresentações de seminários com slides eram utilizadas em todas as disciplinas e trabalhos de pesquisas realizados em grupos revelaram a amizade, aceitação e solidariedade em Geografia, História, Ciências, Meio Ambiente e Inglês com atividades digitadas e impressas ou com a utilização de notebook em sala de aula. A imaginação, emoção, investigação e sensibilidade em observar, refletir produzir diante das possibilidades disponíveis pela tecnologia da internet foram refletidas em Educação Artística. E uma intensa movimentação em Educação Física onde peças teatrais, brincadeiras e jogos oportunizaram o respeito às limitações e possibilidades de cada indivíduo. Vale lembrar que em comemoração ao aniversário do colégio os colegas de Ítalo bem como suas famílias e amigos o apoiaram e movimentaram a cidade com a participação de todos em corrida pelas principais praças da cidade. Seus colegas estão constantemente conversando e brincando com ele comprovando que se gostam e se respeitam mutuamente. Ítalo é estudioso, atencioso e dedicado, mas há ainda muito a ser alcançado. Há atividades que Ítalo ainda não realiza como a produção subjetiva de textos, devido à lenta forma de escrita que ainda treina duas a três vezes por semana no AEE e precisamos de mais esforços por parte de alguns professores. A avaliação da aprendizagem vem sendo realizada com base em suas possibilidades, competências e continuamente acontece através dos diversos instrumentos que em posição de intervenções criam paulatinamente atitudes e habilidades que promovem e potencializam a aprendizagem rica e significativa. Esperamos que Ítalo desenvolva ainda mais suas habilidades e que continuemos em estabelecer parcerias que apoiarão sua acessibilidade e permanência na escola. Entendemos e avaliamos que diante da experiência citada a inclusão só acontece mediante as parcerias plenas em função de um bem comum onde todos os envolvidos no ensino aprendizagem desenvolvem suas atribuições e sabem que o princípio fundamental da escola inclusiva é o de que todas as crianças devem aprender juntas, sempre que possível, independentemente de quaisquer dificuldades ou diferenças que elas possam ter, acreditamos que as dificuldades serão vencidas na esperança de que escolas inclusivas devem reconhecer e responder às necessidades diversas de seus alunos, acomodando ambos os estilos e ritmos de aprendizagem e assegurando uma educação de qualidade a todos através de um currículo apropriado, estratégias de ensino, uso de recurso e parcerias onde esta última não acontece em sua totalidade visto que da equipe multiprofissional só contamos com o apoio da psicóloga, tendo a necessidade emergencial de: fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, entre outros. Sendo assim, considerando que para o auxílio a alunos, quer com alguma deficiência ou não ou simplesmente com dificuldades de aprendizagem, algumas ações devem estar relacionadas ao trabalho realizado por profissionais da educação, que necessitam estar preparados, ou pelo menos se disponibilizar para atuar em classes comuns com alunos que apresentam alguma deficiência. Algumas competências necessárias ao professor como: perceber as necessidades educacionais especiais dos alunos; flexibilizar a ação pedagógica nas diferentes áreas de conhecimento; avaliar, continuamente, a eficácia do processo educativo, atuar em equipe, inclusive com professores especializados em educação especial, são de grande utilidade para uma prática pedagógica eficiente que serve como ponto de partida para otimizar a eficiência cooperativa entre educando e professor no processo de ensino-aprendizagem, valorizando a diversidade como agente de transformação de consciência social, viabilizando o exercício da cidadania na construção de uma sociedade inclusiva. REFERÊNCIAS BRASIL. Constituição de 1988. Constituição da república federativa do Brasil. Brasília: Centro Gráfico, 1998. BRASIL. MINISTÉRIO DA JUSTIÇA. Organização das Nações Unidas (ONU) Declaração Universal dos Direitos Humanos. Artigos 1 e 26. Adotada e proclamada pela resolução 217 A (III) da Assembléia Geral das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948. . Disponível em: http://www.brasilescola.com/buscar/?cx=010178560479257371445%3Airhdoarfd3k&cof=FORID%3A11&ie=ISO-8859-&q=Declara+Universal+dos+Direitos+Humanos . Acesso em: 25 de julho de 2011. BRASIL. Ministério Público Federal. O acesso de alunos com deficiência às escolas e classes comuns da rede regular de ensino. – Versão Comentada - Fundação Procurador Pedro Jorge de Melo e Silva( Orgs). 2ª ed. ver. e atualiz. Brasília: Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, 2004. Deficiência Física/ Carolina R. Shairmer...[et al.]. – São Paulo: MEC/SESP, 2007. 130p. – (Atendimento educacional especializado) “Formação continuada a distância de professores para o atendimento educacional especializado” MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Prieto, Rosângela Gavioli. Inclusão Escolar: pontos e contrapontos. São Paulo: Summus, 2006. MEC. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional Brasileira (Lei 9394 de 20 de Dezembro de 1996). Ministério da Educação. Brasília, DF, 2001 a. MEC/SEESP. Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. (Conselho Nacional de Educação, Resolução no. 02 de 11 de setembro de 2001). Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. DF, 2001b. Disponível em: HTTP://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/diretrizes.pdf .

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