terça-feira, 7 de outubro de 2014

Atendimento Educacional Especializado para Alunos Surdos [Turma VIII]

Diário de Bordo :AEE PARA PESSOAS COM SURDEZ





PARA INÍCIO DE CONVERSA[...]
"Sem linguagem não somos seres humanos completos e, por isso, é preciso aceitar a natureza e não ir contra ela. Obrigados a falar, algo que não lhes é natural, os surdos não são expostos suficientemente à linguagem e estão condenados ao isolamento e à incapacidade de formar sua identidade cultural."
Vendo Vozes: Uma Viagem pelo Mundo dos Surdos
Oliver Sacks

 Diário de Bordo Atividade 1: Dificuldades enfrentadas na educação das pessoas surdas.
  • As maiores dificuldades são ajudar que:
  • O contexto escolar atual dos professores (nós) vire foco de novas discussões sobre formas/ estratégias metodológicas, de inserir/ incluir estes alunos no real contexto escolar;
  • Os conhecimentos sobre a “problemática” inclusão de pessoas com surdez possa ser absorvido pelos professores e que a transposição didática aconteça. Conhecimentos que não só fundamente aos professores da SRM/AEE, mas, a todos que estejam envolvidos no processo educacional municipal, estadual e federal, que deixe de ser utópico e passe a ser real e eficaz.
  • Desenvolva aperfeiçoamento permanente que favoreça a aprendizagem participativa e colaborativa necessários e pertinentes que passam a curto prazo a ocorrer mudanças em todo os âmbitos educacionais, atuando assim como de fato escolas inclusivas.
Mediante estas dificuldades mesmo tudo tendo iniciado no Brasil em 1857, a atualidade ainda conta com um grande desafio a educação escolar para o aluno com surdez , pois para esta desconstrução de velhos paradigmas, teríamos de contar com escolas que abracem a inclusão sem restrições alguma. Mesmo o Brasil se destacando nos últimos anos pelos avanços relacionando a efetivação do direito de todos à educação firmada na Construção Federal de 1988, ela rompe com a segregação mas ainda não garante a permanência efetiva de todos, especialmente as pessoas com surdez no ensino comum, por conta das questões supracitadas.
Estas questões eram discutidas
Eram escolarizadas em escolas especiais. Eram consideradas pessoas com retardo mental, não possuíam direitos civis, religiosos, políticos entre outros.
18/07/2014...
Ativ. 3 Opinião sobre o INES aspectos que chamaram a atenção...
Ativ. 4. INES 150 anos de historia no Brasil...
Ativ.5. ‘” e seus serviços online ...
Ativ. 6. INES O mundo surdo...
Ativ. 7. “ publicações do site 
 18/07/2014-Se a criança não pode aprender da maneira que é ensinada, é melhor ensiná-la da maneira que ela pode aprender”.
Marion Welchamnn
Dentro deste contexto atual da Inclusão, busca-se qualidade para todas as pessoas com ou em deficiência, garantindo igualdade de oportunidade. Atendendo assim à diversidade dos alunos, e não apenas as que tem NEE/ específicos, garantindo a TODOS a oportunidade de aprender, se desenvolver e participar, pois a escola é um espaço de formação. Assim, tanto o professor, quanto os alunos precisam ter disposição para aprender, considerando a interação cultural, disposição emocional e os processos cognitivos, afinal, os alunos aprendem pelo contato, significado e investimento.
O AEE perpassa pelo momento de organização prévia, novas estratégias e atividade, tudo centrado na estrutura cognitiva. Nesse contexto, considerando o papel do erro sempre como uma consequência, sempre em busca das causas individuais dos alunos. Os erros podem estar pautados em: falta de informação ou informação prática; falta de estabelecimento de relações, de interesse, de estrutura e de maturidade.
No atendimento, busco sempre agir como mediada:
Conhecer os alunos: potencialidades e dificuldades.;
Conhecer os seus aspectos cognitivos;
Definir objetivos para cada aluno e sua necessidade educacional especializada;
Escolher bem as atividades e intervenções no foco de suas potencialidades, adaptando/flexibilizando, considerando às necessidades individuais;
Avaliar em uma realidade;
Identificar os progressos;
Promover confiança ao realizar as atividades;
Acompanhamento individual.
Assim, considera-se na aprendizagem e na avaliação dos alunos com NEE: o processo de ensino e a aprendizagem, o contexto em que se realiza, a ajuda e os apoios.
Os procedimentos e Instrumentos de avaliação utilizados são:
Registros;
Observação;
Análise da produção escolar dos alunos;
Análise de documentos;
Entrevista: família, ex-professores;
Autoavaliação;
Portfólios;
Atividades realizadas em grupo e individual.
“Avaliar na diversidade, é acima de tudo, contribuir com a democracia da aprendizagem e com o combate às desigualdades sociais”.
Patrícia Pereira Alves
O atual Instituto Nacional de Educação de Surdos foi criado em meados do século XIX por iniciativa do surdo francês E. Huet. Em junho de 1855, Huet apresenta ao Imperador D. Pedro II um relatório cujo conteúdo revela a intenção de fundar uma escola para surdos no Brasil. Neste documento também informa sobre a sua experiência anterior como diretor de uma instituição para surdos na França: o Instituto dos Surdos-Mudos de Bourges. Era comum que surdos formados pelos Institutos especializados europeus fossem contratados a fim de ajudar a fundar estabelecimentos para a educação de seus semelhantes. Em 1815, por exemplo, o norte-americano Thomas Hopkins Gallaudet (1781-1851) realizou estudos no Instituto Nacional dos Surdos de Paris. Ao concluí-los convidou o ex-aluno dessa instituição, Laurent Clérc, surdo, que já atuava como professor, para fundar o que seria a primeira escola para surdos na América. Portanto, podemos compreender que a proposta de Huet correspondia a essa tendência. O governo imperial apóia a iniciativa de Huet e destaca o Marquês de Abrantes para acompanhar de perto o processo de criação da primeira escola para surdos no Brasil
"Os sinais podem ser agressivos, diplomáticos, poéticos, filosóficos, matemáticos: tudo pode ser expresso por meio de sinais, sem perda nenhuma de conteúdo."
"Para aprender a falar, um surdo precisa de horas diárias de trabalho árduo, enquanto o conhecimento dos sinais ocorre de forma espontânea, quase imediata.
Os surdos pré-linguais, ou seja, que nunca ouviram ou perderam a audição muito cedo, não invejam os ouvintes e não se consideram deficientes."
"Recuso-me a ser considerada excepcional, deficiente. Não sou. Sou surda. Para mim, a língua de sinais corresponde à minha voz, meus olhos são meus ouvidos. Sinceramente nada me falta. É a sociedade que me torna excepcional..."
O vôo da gaivota
Emmanuelle Laborrit
 .QUANTO A SUA HISTÓRIA DIFÍCIL FUGIR DO TEXTO ORIGINAL. ASSIM EM  OUTRA PESQUISA...INES (Instituto Nacional de Educação de Surdos) é o centro nacional de referência na área da surdez, no Brasil, sendo um órgão do Ministério da Educação. Localizado na cidade do Rio de Janeiro no bairro das Laranjeiras, foi a primeira instituição nesta área no Brasil, fundado pelo imperador Pedro II em 1856.
Os objetivos institucionais do INES são a produção, o desenvolvimento e a divulgação de conhecimentos científicos e tecnológicos na área da surdez em todo o Brasil, além de subsidiar a Política Nacional de Educação.
Presta assessoria técnica nas seguintes áreas ABAIXO:

Ativ. 9 e 10. Feneis + próximos da minha cidade... História.

Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos, fundada em 1917,tem por objetivo atender a todas as pessoas com surdez como uma organização nacional no país em Paraná /Porto Alegre.Possui cursos ,projetos a ex: do LIBRAS LEGAL, iniciativa desta instituição e patrocinada pelo Programa Petrobras Social, tendo como base a participação direta dos surdos, cumprindo 2 papéis:

1-Inclusão socioeconômico dos surdos;

2-Processo ensino aprendizagem de LIBRAS reconhecida nacionalmente pela LEI Federal 10.436/2002.

Infelizmente esta é uma realidade distante para muitas pessoas com surdez neste nosso grande país pois moro na Bahia.O ideal que um modelo de referência como este deveria existir um ou mais em cada estado, ainda assim seria pouco ,quando o que a lei quer é uma educação para ''TODOS'' como seria possível?

19/09/14 Ativ. 11. Poderia ser feito + em termos educacionais para os P.S...

1-Garanti um centro desse já citado por estado;

2-Oferecer para os municípios aperfeiçoamentos/formação básica e continuada em Libras para todos os docentes do AEE e da escola comum, pois os professores de V.N .Ba, tem o curso para atuar na SRM/AEE, embora não o suficiente para atender uma pessoa com surdez com a qualidade e com todos o parâmetro que se faz necessário para ele ser incluído na escola e consequentemente na sociedade, no campo de trabalho, na VIDA.

3-Mais investimento federal em materiais para a SRM/AEE, cursos presenciais nesta área, pois considero difícil aprender LIBRAS NESTA MODALIDADE de ensino, embora tenha aprendido muito, pois EaD, hoje é uma realidade que precisa ser valorizada E É EFICIENTE POIS DEPENDE EXCLUSIVAMENTE DO INTERESSE do aprendiz.E muito mais.
" É impossível para aqueles que não conhecem a língua de sinais perceberem sua importância para os surdos: a influência sobre a felicidade moral e social dos que são privados da audição, a sua maravilhosa capacidade de levar o pensamento a intelectos que, de outra forma, ficariam em perpétua escuridão. Enquanto houver dois surdos no mundo e eles se encontrarem, haverá o uso dos sinais."*
J. Schuyler Long
* adaptação
 19/09/2014- Ativ. 13. Declaração Mundial sobre Educação para TODOS...
 Há mais de quarenta anos, as nações do mundo afirmaram na Declaração Universal dos
Direitos Humanos que "toda pessoa tem direito à educação". No entanto, apesar dos esforços realizados por países inteiro para assegurar o direito à educação para todos, persistem as seguintes realidades:
• mais de 100 milhões de crianças, das quais pelo menos 60 milhões são meninas, não
têm acesso ao ensino primário: mais de 960 milhões de adultos - dois terços dos quais mulheres - são analfabetos, e o analfabetismo funcional e um problema significativo em todos os países industrializados ou em desenvolvimento:
• mais de um terço dos adultos do mundo não têm acesso ao conhecimento impresso, às
novas habilidades e tecnologias, que poderiam melhorar a qualidade de vida e ajudá-los
aperceber e a adaptar-se às mudanças sociais e culturais:
• mais de 100 milhões de crianças e incontáveis adultos não conseguem concluir o ciclo
básico, e outros milhões, apesar de concluí-lo, não conseguem adquirir conhecimentos
e habilidades essenciais.
Assim durante a década de 80, esses problemas dificultaram os avanços da educação básica em muitos países menos desenvolvidos. Em outros, o crescimento econômico permitiu financiar a expansão da educação mas, mesmo assim. milhões de seres humanos continuam na pobreza, privados de escolaridade ou analfabetos. E em alguns países industrializados, cortes nos gastos públicos ao longo dos anos 80 contribuíram para a deterioração da educação.
Chamou-me muito a atenção seus OBJETIVOS :
1. SATISFAZER AS NECESSIDADES BÁSICAS DE APRENDIZAGEM. Cada pessoa - criança, jovem ou adulto - deve estar em condições de aproveitar as oportunidades educativas voltadas para satisfazer suas necessidades básicas de aprendizagem.
2- EXPANDIR O ENFOQUE .Lutar pela satisfação das necessidades básicas de aprendizagem para todos exige
mais do que a ratificação do compromisso pela educação básica. É necessário um enfoque abrangente, capaz de ir além dos níveis atuais de recursos, das estruturas
institucionais; dos currículos e dos sistemas convencionais de ensino, para construir
sobre a base do que há de melhor nas práticas correntes.
3- UNIVERSALIZAR O ACESSO À EDUCAÇÃO E PROMOVER A EQUIDADE .A educação básica deve ser proporcionada a todas as crianças, jovens e adultos.
4-CONCENTRAR A ATENÇÃO NA APRENDIZAGEM .
5 -AMPLIAR OS MEIOS E O RAIO DE AÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA .A diversidade, a complexidade e o caráter mutável das necessidades básicas de
aprendizagem das crianças, jovens e adultos, exigem que se amplie e se redefina
continuamente o alcance da educação básica.
6 -P R O P I C I A R U M A M B I E N T E A D E Q U A D O À A P R E N D I Z A G E M .A aprendizagem não ocorre em situação de isolamento. Portanto, as sociedades devem
garantir a todos os educandos assistência em nutrição, cuidados médicos e o apoio físico e emocional essencial para que participem ativamente de sua própria educação e dela se beneficiem.
7- FORTALECER AS ALIANÇAS .As autoridades responsáveis pela educação aos níveis nacional, estadual e municipal têm a obrigação prioritária. de proporcionar educação básica para todos. Não se pode, todavia, esperar que elas supram a totalidade dos requisitos humanos, financeiros e organizacionais necessários a esta tarefa. Novas e crescentes articulações e alianças serão necessárias em todos os níveis.
8- DESENVOLVER UMA POLÍTICA CONTEXTUALIZADA DE APOIO .Políticas de apoio nos setores social, cultural e econômico são necessárias à concretização da plena provisão e utilização da educação básica para a promoção individual e social.
Depois do estudo deste pertinente documento,saber do que se trata e seus objetivos éo precisa ser apreendido e divulgado.

ATIV.15 Ideias sobre a declaração de Salamanca...
 Conferência acontecida em Salamanca, Espanha em junho de 1994,contou com 88 governos e 25 organizações internacionais,este momento aconteceu para se reafirmar o compromisso com a Educação para Todos,após a Conferência de Jomtien. MUNDIALMENTE conhecido por defender e firmar que:
  toda criança tem direito fundamental à educação, e deve ser dada a oportunidade

de atingir e manter o nível adequado de aprendizagem,

• toda criança possui características, interesses, habilidades e necessidades de

aprendizagem que são únicas,

• sistemas educacionais deveriam ser designados e programas educacionais

deveriam ser implementados no sentido de se levar em conta a vasta diversidade

de tais características e necessidades,

• aqueles com necessidades educacionais especiais devem ter acesso à escola

regular, que deveria acomodá-los dentro de uma Pedagogia centrada na criança,

capaz de satisfazer a tais necessidades,

• escolas regulares que possuam tal orientação inclusiva constituem os meios mais

eficazes de combater atitudes discriminatórias criando-se comunidades

acolhedoras, construindo uma sociedade inclusiva e alcançando educação para

todos; além disso, tais escolas provê em uma educação efetiva à maioria das

crianças e aprimoram a eficiência e, em última instância, o custo da eficácia de

todo o sistema educacional.

Reafirmamos o nosso compromisso para com a Educação para Todos, reconhecendo a necessidade e urgência do providenciamento de educação para as crianças, jovens e adultos com necessidades educacionais especiais dentro do sistema regular de ensino e reendossamos a Estrutura de Ação em Educação Especial, em que, pelo espírito de cujas provisões e recomendações governo e organizações sejam guiados.
 " A Escola deve ser um elemento transformador. A isso, acrescentaríamos: deve sê-lo de modo especial para o surdo, mais do que para qualquer outra criança ouvinte, pois temos que admitir o seu universo, mas transformar a sua deficiência em eficiência. Talvez, mais do que educadores em geral, tenhamos o compromisso com a escola transformadora."*
Alfredo Goldback
* adaptação

Ativ. 17. Declaração Internacional de Montreal(aprovada em 5 de junho de 2001 pelo Congresso Internacional " Sociedade Inclusiva" , realizado em Montreal, Quebec, Canadá).e o decreto nº 3956...
Declaração mais recente sobre INCLUSÃO, obtida em importante Congresso
Internacional, realizado em Montreal, Quebec, em junho 2001.Ele reafirma que:
# É preciso facilitar e monitorar a transparente implementação de políticas, programas e práticas inclusivas;
# Apoiar as parcerias contínuas e os compromissos orientados à solução, celebrados entre governos, empregadores, trabalhadores e comunidade em todos os níveis.

#.Todos os setores da sociedade recebem benefícios da inclusão e são responsáveis pela
promoção e pelo progresso do planejamento e desenho inclusivos.
Assim, as declarações intergovernamentais levantaram a voz internacional para juntar, em parceria, governos, trabalhadores e sociedade civil a fim de desenvolverem políticas e práticas inclusivas. O Congresso Internacional "Sociedade Inclusiva" convocado pelo Conselho Canadense de Reabilitação e Trabalho apela aos governos, empregadores e trabalhadores bem como à sociedade civil para que se comprometam com, e desenvolvam, o desenho inclusivo em todos os ambientes, produtos e serviços. Enquanto que o decreto nº 3956DE 8 DE OUTUBRO DE 2001;Promulga a Convenção Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Pessoas Portadoras de Deficiência.Considerando que a Convenção entrou em vigor, para o Brasil, em 14 de setembro de 2001, nos termos do parágrafo 3, de seu artigo VIII;
D E C R E T A :
Art. 1º A Convenção Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Pessoas Portadoras de Deficiência, apensa por cópia ao presente Decreto, será executada e cumprida tão inteiramente como nela se contém.
Art. 2º São sujeitos à aprovação do Congresso Nacional quaisquer atos que possam resultar em revisão da referida Convenção, assim como quaisquer ajustes complementares que, nos termos do art. 49, inciso I, da Constituição, acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional.
Art. 3º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.


19/09/14 Ativ. 20. Inclusão? Integração? Existem diferenças nos termos?


O quadro abaixo, de autoria de CLAUDIA WERNECK, foi extraído do primeiro volume do Manual de Mídia Legal e diferencia claramente as duas abordagens, sendo que optamos por primeiro apresentar o "modelo médico" e, ao lado deste o “modelo sócio-antropológico”:

INTEGRAÇÃO
 
INCLUSÃO
Integração: a inserção é parcial e condicional (crianças "se preparam" em escolas ou classes especiais para estar em escolas ou classes regulares)
 
Inclusão: a inserção é total e incondicional (crianças com deficiência não precisam "se preparar" para ir à escola regular)
Integração: Pede concessões aos sistemas
 
Inclusão: exige rupturas nos sistemas
Integração: Mudanças visando prioritariamente a pessoas com deficiência (consolida a idéia de que elas "ganham" mais)
 
Inclusão:   mudanças que beneficiam toda e qualquer pessoa (não se sabe quem "ganha" mais; TODAS ganham);
Integração: contenta-se com transformações superficiais
 
Inclusão: exige transformações profundas
Integração: pessoas com deficiência se adaptam às necessidades dos modelos que já existem na sociedade, que faz apenas ajustes.
 
Inclusão: sociedade se adapta para atender às necessidades das pessoas com deficiência e, com isso, se torna mais atenta às necessidades de TODOS.
Integração: Defende o direito de pessoas com deficiência
 
Inclusão: defende o direito de TODAS as pessoas, com e sem deficiência.
Integração: Insere nos sistemas os grupos de "excluídos que provarem estar aptos" (sob este aspecto, as cotas podem ser questionadas como promotoras da inclusão).
 
Inclusão: traz para dentro dos sistemas os grupos de "excluídos" e, paralelamente, transforma esses sistemas para que se tornem de qualidade para TODOS.
Integração: O adjetivo integrador é usado quando se busca qualidade nas estruturas que atendem apenas as pessoas com deficiência consideradas aptas (escola integradora, empresa integradora etc.)
 
Inclusão:   o adjetivo inclusivo é usado quando se busca qualidade para TODAS as pessoas com e sem deficiência (escola inclusiva, trabalho inclusivo, lazer inclusivo etc.)
Integração: Como reflexo de um pensamento integrador podemos citar a tendência a tratar pessoas com deficiência como um bloco homogêneo (exemplos: surdos se concentram melhor; cegos são excelentes massagistas)
 
Inclusão: valoriza a individualidade de pessoas com deficiência (pessoas com deficiência podem ou não ser bons funcionários; podem ou não ser carinhosos etc.)

Integração: Como reflexo de um pensamento integrador podemos citar a tendência a tratar pessoas com deficiência como um bloco homogêneo (exemplos: surdos se concentram melhor; cegos são excelentes massagistas)
 
Inclusão: valoriza a individualidade de pessoas com deficiência (pessoas com deficiência podem ou não ser bons funcionários; podem ou não ser carinhosos etc.)
Integração: Tende a disfarçar as limitações para aumentar a possibilidade de inserção
 
Inclusão: Não quer disfarçar as limitações, porque elas são reais.
Integração: A presença de pessoas com e sem deficiência no mesmo ambiente tende a ser suficiente para o uso do adjetivo integrador.
 
Inclusão: Não se caracteriza apenas pela presença de pessoas com e sem deficiência em um mesmo ambiente

A Declaração de Madri, assinada em março de 2002, durante o Congresso Europeu de Pessoas com Deficiência, enfatizou a ideia de inclusão social, pregando a filosofia do empoderamento das pessoas portadoras de deficiência, a fim de que elas exerçam o controle sobre suas vidas, deixando de lado as velhas abordagens paternalistas baseadas na caridade e no assistencialismo. A síntese abaixo, parte integrante da Declaração de Madri, descreve a antiga e a nova visão, que esclarece os contrastes existentes:

Antiga Visão
 
Nova Visão
Pessoas com deficiência como objeto de caridade
 
Pessoas com deficiência como detentores de direitos
Pessoas com deficiência como pacientes
 
Pessoas com deficiência como cidadãos e consumidores com autonomia
Profissionais tomando decisões pelas pessoas com deficiência
 
Tomada de decisões e assunção de responsabilidades, com independência, por parte das pessoas com deficiência e suas organizações em assuntos que lhes dizem respeito.
Enfoque apenas nas deficiências das pessoas
 
Promoção de ambientes acessíveis e de apoio e da eliminação de barreiras, revisão de culturas e de políticas e normas sociais.
Rotulação de pessoas como dependentes ou não-empregáveis
 
Ênfase nas habilidades e na provisão de medidas efetivas de apoio
Projetar processos econômicos e sociais para poucos
 
Projetar um mundo flexível para muitos
Segregação desnecessária em educação, emprego e outras áreas da vida
 
Inserção de pessoas com deficiência na corrente principal da sociedade
Políticas sobre deficiência como uma questão que afeta apenas os órgãos especiais
 
Inserção de políticas sobre deficiência como uma responsabilidade geral do governo

INCLUIR significa abranger, compreender, envolver ,implicar.Inclusão escolar é acolher todas as pessoas, sem exceção, no sistema de ensino, independentemente de cor, classe social e condições físicas e psicológicas. O termo é associado mais comumente à inclusão educacional de pessoas com deficiência física e mental.Enquanto que INTEGRAR é juntar.Melhor segundoAmelia Hamze
Prof.ª FEB/CETEC e FISO ,integração se referia à necessidade de modificar a pessoa com necessidades educacionais especiais, de maneira que esta pudesse vir a se identificar, com os demais cidadãos, para então poder ser inserida, associada, a convivência igualitária em sociedade. Com o conceito de integração, o integrar constituía localizar no sujeito o foco da mudança, e as reais dificuldades encontradas no processo de busca de “normalização” da pessoa com deficiência. Isso era um conceito que não considerava que as diferenças, na realidade, não se aniquilam, mas devem ser administradas no convívio social. Como se ao ser diferente fosse razão para determinar sua inferioridade enquanto ser humano e ser social.

As leis dizem:

Na década de 90 com política de Educação para Todos (Jomtien, Tailândia), na conferência mundial da UNESCO, o País comprometeu-se com uma reformulação intensiva do sistema educacional brasileiro, de maneira a acolher a todos, indiscriminadamente, com qualidade e legitimidade de direitos. Com a declaração de Salamanca, em 1994, foi determinada a construção de um sistema educacional inclusivo, prioritariamente no que se refere à população de alunos com necessidades educacionais especiais. Em 1998, houve a Elaboração do documento: Adaptações Curriculares para Alunos com Necessidades Educacionais Especiais no Âmbito dos Parâmetros Curriculares Nacionais. 

O artigo 208 da Constituição brasileira especifica que é dever do Estado garantir "atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino", condição que também consta no artigo 54 do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).

São termos diferentes, embora não seja AINDA distinguidos e ou interpretado corretamente no que se refere ao tratamento que AINDA é dado aos alunos com NEE NAS ESCOLAS BRASILEIRAS.Estamos batalhando por esta Escola inclusiva prova disso são os participantes deste curso[...]



 Descrição da imagem: simbolos internacional das pessoas com ...




Ativ. 21. São termos iguais ou diferentes? Educ. Inclusivas x Educação Especial.
 Segundo a Wikipédia, a enciclopédia livre .
Educação Especial é o ramo da Educação que se ocupa do atendimento e da educação de pessoas com deficiência em instituições especializadas, tais como escolas para surdos, escolas para cegos ou escolas para atender pessoas com deficiência mental. Dependendo do país, a educação especial é feita fora do sistema regular de ensino. Nessa abordagem, as demais necessidades educativas especiais que não se classificam como deficiência não estão incluídas.A educação inclusiva aponta para a transformação de uma sociedade inclusiva e é um processo em que se amplia a participação de todos os estudantes nos estabelecimentos de ensino regular.Trata-se de uma reestruturação da cultura, da prática e das políticas vivenciadas nas escolas de modo que estas respondam à diversidade do aluno. É uma abordagem humanísticademocrática, que percebe o sujeito e suas singularidades, tendo como objetivos o crescimento, a satisfação pessoal e a inserção social de todos.A inclusão perpassa pelas várias dimensões humanas, sociais e políticas, e vem gradualmente se expandindo na sociedade contemporânea, de forma a auxiliar no desenvolvimento das pessoas em geral de maneira e contribuir para a reestruturação de práticas e ações cada vez mais inclusivas e sem preconceitos.
Mediante as definições conclui-se as diferenças não só de termos mas de postura.

 19/09/14 Ativ. 23 LDB art 4º É o dever do Estado com educação escolar pública será efetivado mediante a garantia de:[...]Não vale aqui continuar transcrevendo como fiz nas questões anteriores, me aterei a interpretação,garante o acesso mas e a qualidade,interessante estudar no insiso VIII fala - atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde; (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) .É isso que acontece? Na escola que trabalho o material didático para o aluno se resume aos livros didáticos,o transporte é precário[...]Leis existem quem as cumpre?

19/09/14  Ativ. 24 Não é permitido salas especiais nas escolas... Escolas especiais no país sim.
PESQUISANDO concordo com o citado abaixo.Pois trabalhando na SRM/AEE,convivo com a dificuldade de incluir como regem as leis e principalmente como merece qualquer ser humano, qual seria esta minha dificuldade chegar no foco da dificuldade de determinados alunos e transformá-la em potencialidade.Penso que a segregação não tem sentido estamos no caminho certo, mas pautar em uma só escolha na prática considero dificil embora não IMPOSSÍVEL.Não estou querendo aqui defender a SEGREGAÇÃO . Escola regular ou especial? "É muito difícil fechar uma opinião pois ainda estamos caminhando no processo de inclusão, que prevê uma transformação no funcionamento da instituição escola”, afirma a psicopedagoga Sheina Tabak. “É possível, por exemplo, que uma criança com autismo ou Síndrome de Down não consiga se alfabetizar em uma escola regular e os pais optarem por, naquele momento, colocá-la em uma escola especial. Há também o caso de crianças que não conseguem ficar o turno escolar inteiro dentro de uma sala de aula por não conseguirem se concentrar. Por isso é preciso cautela. Não existe o certo ou o errado”, resume Sheina.O fim das escolas especiais ainda está longe justamente para poder atender casos como esses. Mas elas estão cada vez mais raras no país e no mundo. Para pais, mães, pedagogos e especialistas, a escola regular é a melhor opção para crianças com necessidades especiais.
 Ativ. 25.LDB x Diretrizes N. E. Especial[...]

No Brasil, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional destaca a importância de promover-se a inclusão escolar e os sistemas educacionais (federais, estaduais, municipais e privados) têm registrado um crescimento de matrículas em classes inclusivas de alunos com necessidades especiais.  Contudo, equivocadamente, tem-se compreendido por alunos com necessidades especiais, apenas alunos que possuem algum tipo de “deficiência”, e que são atendidos pelo sistema de educação especial, quando a inclusão educacional implica no reconhecimento e atendimento às diferenças de qualquer aluno, querem seja por causas permanentes ou temporárias, orgânicas ou emocionais, o que engloba não apenas alunos com deficiências físicas, motoras ou sensoriais, mas também alunos com dificuldades de aprendizagem e superdotados, entre outros. A terminologia necessidades educacionais especiais pode, portanto ser atribuída a diferentes grupos de educando. Outra ideia simplista é a de que “o fenômeno da inclusão é o inverso da exclusão. Ao contrário: o avesso da inclusão pode ser uma inclusão precária, instável e marginal decorrente de inúmeros fatores, dentre os quais a sociedade capitalista que desenraíza, exclui para incluir de outro modo, segundo suas próprias regras, segundo sua própria lógica. O problema está justamente nessa inclusão” (MARTINS, apud Amaral, 2002, p.32).
Hoje vivemos um momento de difusão destas ideias simplistas.  A inclusão educacional vem acontecendo sem um planejamento sistêmico, que vai muito além da sala de aula.  Esqueceu-se que o paradigma da inclusão educacional define que as escolas precisam ser repensadas e reorganizadas a fim de acolher todo o espectro da diversidade humana.
Infelizmente, o que constatamos é que muitos alunos portadores de necessidades especiais são matriculados nas escolas regulares, mas encontram barreiras arquitetônicas, atitudinais, comunicacionais e metodológicas.
No caso de alunos surdos, esta realidade é ainda mais cruel, pois como bem aponta MACHADO (2006), “a especificidade linguística do surdo faz a sua inserção nos meios comuns de ensino, nos quais ele irá partilhar da língua utilizada, uma situação muito complexa e diferente daquela que poderá ser vivenciada pelos alunos com outras “necessidades especiais”, como os cegos, os deficientes mentais, os deficientes físicos, etc.”
A assessora técnica da Secretaria de Educação Especial do Ministério de Educação, Profª MARLENE OLIVEIRA GOTTI (in Osava 2005), afirma que "das poucas crianças que vão à escola, muitas acabam desistindo porque não conseguem acompanhar instrução em português falado, já que o método mais utilizado é fundamentado no oralismo".
Diante da obrigatoriedade da inclusão na escola, muitos alunos surdos foram “incluídos” em escolas regulares, mas poucos conseguiram ou conseguem permanecer no sistema e,  segundo LACERDA (1989), quando chegam ao final da escolarização básica, “não são capazes de desenvolver satisfatoriamente a leitura e a escrita na língua portuguesa e não tem domínio adequado dos conteúdos acadêmicos.”
Como podemos perceber a ideia de colocar fisicamente os surdos em classes regulares é limitadora e muitas vezes exclusiva, pois ainda a ideia é normalizá-los e fazê-los parecerem ouvintes.
Não podemos nos esquecer de que a criança surda precisa e tem direito de ter contato com a "comunidade dos surdos" para adquirir a linguagem através de uma interação social verdadeira.
Se retomarmos a Declaração de Salamanca (1994), vamos observar que não por acaso, um trecho foi destinado a educação de surdos, dado a sua especificidade: “Políticas educacionais deveriam levar em total consideração as diferenças e situações individuais.  A importância da língua de sinais como meio de comunicação entre os surdos, por exemplo, deveria ser reconhecida e provisão deveria ser feita no sentido de garantir que todas as pessoas surdas tenham acesso à educação em sua língua nacional de sinais. Devido às necessidades particulares de comunicação dos surdos e das pessoas surdas/cegas, a educação deles pode ser mais adequadamente provida em escolas especiais ou classes especiais e unidades em escolas regulares.’’ (grifo meu).
Em consonância com esta afirmação, a Federação Nacional de Educação e Integração de Surdos (Feneis), há algum tempo questiona a eficácia da política da inclusão e apoia a criação de escolas bilíngues (Língua de Sinais e Português) para atender às especificidades da comunidade surda desde o início do processo de escolarização.
A linguística e pesquisadora TANYA AMARAL FELIPE ( in Osava 2005), afirma que a incorporação de crianças surdas no ambiente escolar não proporciona sua inclusão, pois "os surdos são diferentes de outros portadores de deficiências, pois possuem uma língua própria, visual, sinalizada, com uma gramática única e logo uma ‘cultura’ diferente".
A maior parte das crianças surdas são filhas de pais ouvintes, que desconhecem a Língua de Sinais, portanto, chegam à escola  sem desenvolvimento de   língua e linguagem.  Se não possuem sequer uma primeira língua, como poderemos pensar em ensinar-lhes uma segunda língua, no caso do Brasil, o Português?
A pesquisadora CLÉLIA RAMOS, afirma que para a comunidade surda “a palavra inclusão carrega um sentido totalmente negativo, associado com perda de identidade cultural e linguística.”
ANTÔNIO CAMPOS DE ABREU, ex-presidente da Feneis, também se posiciona contra a inclusão de surdos no sistema regular de ensino, pois “esta proposta não se adéqua às reais necessidades dos surdos, além de relegá-los a um status de “não ouvintes”, transformando-os em pseudofalantes de uma língua que não satisfaz suas necessidades de entendimento.  O que vem ocorrendo é um total desconhecimento da comunidade acadêmica no que se refere à cultura e à língua utilizada pela comunidade surda, desconhecimento que está encabeçado por profissionais que desconsideram a demanda imposta pela Surdez, acarretando com isso consequências globais na interação entre Surdos e ouvintes em todos os âmbitos.”
SKLIAR (1982) Afirma que com a inserção total, alguns direitos educacionais desta comunidade não são respeitados: “A potencialidade da aquisição e desenvolvimento da língua de sinais como primeira língua; a potencialidade do desenvolvimento de estruturas, formas e funções cognitivas visuais; a potencialidade de uma vida comunitária e de desenvolvimento de processos culturais específicos e, por último, a potencialidade de participação dos surdos no debate linguístico, educacional, escolar, de cidadania, etc.  Para a Feneis não existe qualquer concordância a este respeito, uma vez que todos os surdos dependem de estratégias linguísticas que realmente satisfaçam sua demanda comunicativa, educacional e interativa.  A barreira de comunicação que existe pode ser transposta ao colocar-se o aluno surdo em um espaço educacional onde professores e colegas ouvintes possam aprender e usar novas formas de interação. Daí, a defesa de uma escola onde existam salas de surdos e salas de ouvintes e que, em momentos diferenciados e planejados, alunos possam interagir, reservando momentos educacionais distintos para as práticas pedagógicas específicas de cada grupo.”
Não estamos afirmando com isto que os surdos devam ficar a margem do sistema educacional ou se isolar, mas como enfatiza MACHADO (2006), devemos assegurar “as condições necessárias ao seu desenvolvimento, tais como: a Língua de Sinais como principal meio de comunicação e ensino; a capacitação dos professores nessa língua e na cultura surda; a proposição de um currículo que contemple as especificidades do aluno surdo e sua cultura; o estudo das línguas, utilizando-se o método contrativo entre os sistemas linguísticos (Libras- Português) nas correções escritas na língua portuguesa e a abertura de espaço para organização da comunidade surda e para as manifestações culturais dessa comunidade.”.  Para incluirmos verdadeiramente os surdos, devemos lutar por uma sociedade intercultural e solidária, onde todos tenham igualdade de oportunidades.
A inclusão educacional é, sem dúvida, um passo importante para inclusão social dos surdos, portanto não podemos permitir que os surdos fossem abandonados em escolas pensadas por ouvintes para ouvintes.  Precisamos lutar para que o surdo seja visto “como possuidor de uma riqueza cultural que não pode nem deve ser perdida, pelo contrário, pode e deve ser utilizada em benefício de toda a comunidade”.(RAMOS)E garantirmos aos surdos, que se utilizam a Língua Brasileira de Sinais (Libras) como forma de comunicação, o direito a esta língua, não sendo forçados a utilizar a língua oral, já que é comprovado que o surdo necessita da língua de sinais e que somente a escola de surdo ou a classe de surdo pode lhe proporcionar um ambiente linguístico adequado.
Finalmente, cabe lembrar algumas garantias conseguidas, pela comunidade surda, através do Decreto 5.626 de 22 de dezembro de 2005:

Art. 22. As instituições federais de ensino responsáveis pela educação básica devem garantir a inclusão de alunos surdos ou com deficiência auditiva, por meio da organização de:
I - escolas e classes de educação bilíngue, abertas a alunos surdos e ouvintes, com professores bilíngues, na educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental;
II - escolas bilíngues ou escolas comuns da rede regular de ensino, abertas a alunos surdos e ouvintes, para os anos finais do ensino fundamentais, ensino médio ou educação profissional, com docentes das diferentes áreas do conhecimento, cientes da singularidade linguística dos alunos surdos, bem como com a presença de tradutores e intérpretes de Libras - Língua Portuguesa.
§ 1º São denominadas escolas ou classes de educação bilíngue aquelas em que a Libras e a modalidade escrita da Língua Portuguesa sejam línguas de instrução utilizadas no desenvolvimento de todo o processo educativo.
§ 2º Os alunos têm o direito à escolarização em um turno diferenciado ao do atendimento educacional especializado para o desenvolvimento de complementação curricular, com utilização de equipamentos e tecnologias de informação.
§ 3º As mudanças decorrentes da implementação dos incisos I e II implicam a formalização, pelos pais e pelos próprios alunos, de sua opção ou preferência pela educação sem o uso de Libras.

§ 4º O disposto no § 2o deste artigo deve ser garantido também para os alunos não usuários da Libra.
Art. 23. As instituições federais de ensino, de educação básica e superior, devem proporcionar aos alunos surdos os serviços de tradutor e intérprete de Libras - Língua Portuguesa em sala de aula e em outros espaços educacionais, bem como equipamentos e tecnologias que viabilizem o acesso à comunicação, à informação e à educação.
§ 1º Deve ser proporcionado aos professores acesso à literatura e informações sobre a especificidade linguística do aluno surdo.
§ 2º As instituições privadas e as públicas dos sistemas de ensino federal, estadual, municipal e do Distrito Federal buscarão implementar as medidas referidas neste artigo como meio de assegurar aos alunos surdos ou com deficiência auditiva o acesso à comunicação, à informação e à educação.
 Ativ. 27. Decreto da Lei de Libras nº 5.626 de 22/12/2005.
 Art. 14.  As instituições federais de ensino devem garantir, obrigatoriamente, às pessoas surdas acesso à comunicação, à informação e à educação nos processos seletivos, nas atividades e nos conteúdos curriculares desenvolvidos em todos os níveis, etapas e modalidades de educação, desde a educação infantil até à superior.
 A PARTIR DESTA INTRODUÇÃO JÁ TEMOS UMA IDEIA da dimensão que a o que este capítulo prevê,resumindo ela quer  e firma a garantia de formação profissional em LIBRAS,para em contrapartida assegurar ás pessoas com surdez a aprendizagem e o uso desta língua que é materna para ELE ,desde a educação infantil.Formação esta que deve ser para todos os profissionais envolvido no ensino aprendizagem destas pessoas-AEE/Ensino regula/Interpretes[...]
Ativ. 28. Decreto nº 5.626 capitulo V. Entende - se que ...
 Se o que diz no capítulo já é ''garantido'' pelas instituições de ensino, onde professores e alunos já sabem LIBRAS,VEM ESTE CAPÍTULO DANDO CONTINUIDADE dizendo que:
Art. 17.  A formação do tradutor e intérprete de Libras - Língua Portuguesa deve efetivar-se por meio de curso superior de Tradução e Interpretação, com habilitação em Libras - Língua Portuguesa.
        Art. 18.  Nos próximos dez anos, a partir da publicação deste Decreto, a formação de tradutor e intérprete de Libras - Língua Portuguesa, em nível médio, deve ser realizada por meio de:
        I - cursos de educação profissional;
        II - cursos de extensão universitária; e
        III - cursos de formação continuada promovidos por instituições de ensino superior e instituições credenciadas por secretarias de educação.
Ativ. 29. Desdobramento no cotidiano escolar do capitulo VI...
Ter acesso a informações como estas é muito pertinente e ao mesmo tempo angustiante,pertinente porque não se pratica aquilo que não se sabe ,angustiante por saber e em muitos casos não poder mudar o contexto por depender de outros,como por em prática TUDO que prevê a lei que é de direito das P.S.se o básico não foi feito em + ou-80% das escolas brasileiras que inclusão é estas que estudamos,e a que praticamos,acabo registrando trechos da LEI para firmar a reflexão,o que fazer diante da LEI ,e da realidade?Pois desde 2008 estou na SRM/AEE,E quando tiver o prazer de atender um P.S. ,sem esta formação o que fazer?Considerando que mesmo com as dificuldades a LEI foi um tremendo princípio para o pontapé inicial.
Art. 22.  As  instituições federais de ensino responsáveis pela educação básica devem garantir a inclusão de alunos surdos ou com deficiência auditiva, por meio da organização de:
        I - escolas e classes de educação bilíngue, abertas a alunos surdos e ouvintes, com professores bilíngues, na educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental;
        II - escolas bilíngues ou escolas comuns da rede regular de ensino, abertas a alunos surdos e ouvintes, para os anos finais do ensino fundamental, ensino médio ou educação profissional, com docentes das diferentes áreas do conhecimento, cientes da singularidade linguística dos alunos surdos, bem como com a presença de tradutores e intérpretes de Libras - Língua Portuguesa.
 
Asim termino esta unidade com esta citação:
"Sem linguagem não somos seres humanos completos e, por isso, é preciso aceitar a natureza e não ir contra ela. Obrigados a falar, algo que não lhes é natural, os surdos não são expostos suficientemente à linguagem e estão condenados ao isolamento e à incapacidade de formar sua identidade cultural."
Vendo Vozes: Uma Viagem pelo Mundo dos Surdos
Oliver Sacks

 Regionalismo da língua de sinais

Nenhum comentário:

Postar um comentário