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DECRETANDO Libras NO BRASIL
Apoiando a comunidade surda
Na personalidade a comunicação
No comando a legitimidade
Na abstração o sentimento
No pensamento a dignidade.
O decidir de uma autoridade
É ordem, vontade ou decisão
Poder na hierarquia executiva
Em obediência a um coração.
Coração então representado
Pelos sinais que vêm da mão
Estrutura de linguagem humana
Facilitando a conscientização.
A Língua brasileira de Sinais
Está disposta por considerações
Que se espalha pelas nações.
Multiplicando os educadores
Atendendo à pequena criança.
Oralizado ou sinalizado
O que importa é o desenvolvimento
Até ouvintes em seus discursos
Usam as mãos por um momento...”
Aparecida Miranda (Poetisa Surda)26
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GUIA PARA ESTUDOS SOBRE A LIBRAS
>1 - No site do INES tem a TV Ines que está no ar há um ano, tem videos de
> aulas de Libras, notícias, curiosidades, entretenimento... é um site
> muito legal onde viajo e aprendo muito.
> http://tvines.com.br/?p=2756
>
>
> 2 - No site da Editora Arara Azul vocês encontrarão artigos, videos,
> material para comprarem, cursos, etc.
> http://editora-arara-azul.com.
>
>
> 3 - No site da ONG Vez da Voz vocês encontrarão uma infinidade de coisas,
> cursos, musicas, projetos, notícias, acho ótimo.
> http://www.vezdavoz.com.br/
>
1.
Esclareça a seguinte informação: A Libras é uma Língua gestual-visual e
descreva quais são as tarefas da fonologia para a língua de sinais, segundo as
autoras Quadros e Karnopp (2004)?
Sím. A fonologia das línguas de sinais deriva da
linguística, cujo objetivo é a identificação, a estrutura e a organização dos
constituintes fonológicos. As duas tarefas da fonologia é determinar quais as
unidades mínimas formadoras de sinais e o estabelecimento dos possíveis padrões
entre essas unidades no ambiente fonológico.
Segundo Brentare, o fonologista tem a função de identificar quais as unidades mínimas do sistema. A LS que é a informação linguística recebida pelos olhos e produzida pelas mãos, também conhecida por línguas de modalidade gestual-visual.
Segundo Stoke e outros pesquisadores, a diferença entre as línguas de sinais e a línguas orais refere-se à estrutura simultânea de organização dos elementos das línguas de sinais. Stoke também propôs a decomposição de sinais em três aspectos ou parâmetros: 1-configuração de mão (CM);2-locação de mão(L), também conhecida como PA; 3-movimento de mão. Outra diferença também determinada foi a presença da ordem linear entre os fonemas das línguas orais e sua ausência nas línguas de sinais.
Após os estudos das descobertas de Stoke foi adicionado aos estudos da fonologia de sinais, informações referentes à orientação da mão e aos aspectos não-manuais dos sinais. Com a expansão do estudo da ASL uma segunda geração de estudiosos fez novas descobertas. Liddell e Johnson após alguns estudos apresentaram evidências de que a ALS apresenta tanto estrutura sequencial quanto simultânea em sua organização fonológica.
O estudo da fonologia nos mostra que um sinal pode ser articulado com uma das mãos ou ambas e que a língua de sinais é basicamente produzida pelas mãos, embora movimente do corpo e da face também desempenhem funções.
Segundo Brentare, o fonologista tem a função de identificar quais as unidades mínimas do sistema. A LS que é a informação linguística recebida pelos olhos e produzida pelas mãos, também conhecida por línguas de modalidade gestual-visual.
Segundo Stoke e outros pesquisadores, a diferença entre as línguas de sinais e a línguas orais refere-se à estrutura simultânea de organização dos elementos das línguas de sinais. Stoke também propôs a decomposição de sinais em três aspectos ou parâmetros: 1-configuração de mão (CM);2-locação de mão(L), também conhecida como PA; 3-movimento de mão. Outra diferença também determinada foi a presença da ordem linear entre os fonemas das línguas orais e sua ausência nas línguas de sinais.
Após os estudos das descobertas de Stoke foi adicionado aos estudos da fonologia de sinais, informações referentes à orientação da mão e aos aspectos não-manuais dos sinais. Com a expansão do estudo da ASL uma segunda geração de estudiosos fez novas descobertas. Liddell e Johnson após alguns estudos apresentaram evidências de que a ALS apresenta tanto estrutura sequencial quanto simultânea em sua organização fonológica.
O estudo da fonologia nos mostra que um sinal pode ser articulado com uma das mãos ou ambas e que a língua de sinais é basicamente produzida pelas mãos, embora movimente do corpo e da face também desempenhem funções.
2.
Quais são os Parâmetros da língua de Sinais. Conceitue cada um?
OS CINCO PARÂMETROS das LIBRAS
são: Configuração das Mãos, Pontos de Articulação
Orientação, Movimento,
Expressão Facial e/ou corporal.
Configuração
das Mãos: São formas das mãos, que podem ser
da datilologia (alfabeto manual) ou outras formas feitas pela mão predominante
(mão direita para os destros), ou pelas duas mãos do emissor ou sinalizador. Os
sinais APRENDER, LARANJA e ADORAR tem a mesma configuração de mão.
Pontos de Articulação Orientação: É o lugar onde incide a mão
predominante configurada, podendo esta tocar alguma parte do corpo ou estar em
um espaço neutro vertical (do meio do corpo até à cabeça) e horizontal (à
frente do emissor). Os sinais TRABALHAR, BRINCAR, CONSERTAR são feitos no espaço neutro e os
sinais ESQUECER, APRENDER e PENSAR são feitos na testa.
Movimento: Os sinais
podem ter um movimento ou não. Os sinais citados acima tem movimento, com
exceção de PENSAR que, como os sinais AJOELHAR, EM-PÉ, não tem movimento.
Expressão
Facial e/ou corporal: Os sinais podem ter uma direção e a inversão desta
pode significar ideia de oposição, contrário ou concordância número-pessoal,
como os sinais QUERER e QUERER-NÃO; IR e VIR.
3.
Ao se comunicar com o surdo o que é importante observar?
A patir das citações e
informações sobre a identidade e cultura surda acima, apresentam-se algumas
dicas e maneiras eficazes de como se comunicar corretamente com o surdo, e
compreender sua cultura:
Ø Fale de frente, claramente e
pausadamente com o surdo. Uma boa articulação dos lábios pode facilitar a
comunicação. Lembrando que a atividade da leitura labial é muito cansativa e
requer muita habilidade e conhecimento do contexto da conversa, da pronúncia de
outras pessoas, iluminação, distância, e que há palavras com a mesma
articulação (exemplo: mala, bala, tala).
Ø Não olhe para o outro lado ao
conversar. O contato visual é importante. Quando se fala com um surdo e não se
olha para ele, fica parecendo que a mensagem não é para ele.
ü Obs. o olhar fixo e prolongado do
surdo, durante a conversa, pode incomodar o ouvinte.
Ø Não é preciso gritar. Use o labial com
tom de voz normal ou, de preferência, sem som nenhum.
Ø O surdo não pode perceber mudanças de
tons ou de emoções através da voz. É preciso ser expressivo para
demonstrar seus sentimentos.
ü Obs. As pessoas ouvintes utilizam
determinados gestos quando estão nervosas. A língua de sinais, que se baseia em
gestos, poderá deixá-los com uma sensação desagradável porque alguns sinais serão
entendidos por eles como feios, mesmo que na realidade, estejam expressando
outra coisa.
Ø Se você não entender o que uma pessoa
surda está falando, não tenha vergonha e não perca a paciência. Peça para
repetir e, se for preciso, escrever. O mais importante é que exista a
comunicação. Grande parte dos surdos não é infeliz por serem surdos, ou melhor,
por não ouvirem. Eles ficam infelizes ou irritados quando passam por situações
nas quais se sentem expostos e dependentes.
Exemplo: o surdo fica numa posição
humilhante principalmente quando o ouvinte demonstra a má vontade para ajudar.
Ø Se precisar falar com uma pessoa surda
chame a atenção dela tocando em seu ombro ou braço (de preferência no ombro). O
surdo não tem nenhum problema em se tocar, mesmo quando se encontram pela
primeira vez. O toque é uma das maneiras de chamar a atenção da pessoa surda. O
toque deve ser leve, e jamais tocar na cabeça ou nas costas. Isto seria
extremamente inconveniente. Para os ouvintes, isso causa embaraço, pois estão acostumados
com o contato sonoro.
Ø Os surdos têm uma excelente percepção visual
e percebem qualquer movimento ao redor deles. Isso pode ser aproveitado para se
fazer um contato com eles. Os ouvintes que desconhecem a cultura surda,
geralmente não entendem o sentido dos acenos e não reagem a eles.
Ø Como todo cidadão, o surdo tem direito à
informação. A ausência de legendas nos noticiários e em outros programas de TV
impede o conhecimento dos fatos.
Ø Os avisos visuais são sempre muito úteis para
a independência do surdo. A comunicação fica ainda melhor se forem com
ilustrações. Na falta deles, o surdo terá maiores dificuldades.
Ø A iluminação, devido à comunicação
essencialmente visual, é de extrema importância. Para o surdo, a ausência de
luz representa a ausência de comunicação. O recurso da iluminação é usado para
o surdo de várias formas.
ü Exemplo: quando se toca a campainha da casa,
acende-se um tipo, ou uma cor de lâmpada. Se o surdo não está ao alcance da
sinalização luminosa, é possível que não abra a porta mesmo estando em casa.
Por isso, não desista. Aperte várias vezes a campainha. Quando o bebê chora no
berço, um sensor faz com que uma lâmpada de cor diferente da campainha acenda,
identificando que o bebê precisa de algo.
4.
A Língua de Sinais é de suma importância para o surdo; e para você, qual
a importância de aprender Libras e em que aspecto a aprendizagem dessa Língua
teria relevância para você?
Além de inúmeras disciplinas específicas de
área a serem cursadas, muitos alunos dos cursos de graduação se deparam com a
obrigatoriedade de aprender a língua brasileira de sinais, quando então se
perguntam: por que devo aprender LIBRAS?
A obrigatoriedade da
disciplina de LIBRAS ocorreu com o decreto 5.626, de 22 de dezembro
de 2005, após o reconhecimento da LIBRAS como uma das línguas oficiais no país,
através da Lei 10.436 de 24 de abril de 2002. Segundo o decreto:
Art. 3o A LIBRAS deve ser inserida como disciplina
curricular obrigatória nos cursos de formação de professores para o exercício
do magistério, em nível médio e superior, e nos cursos de Fonoaudiologia, de
instituições de ensino, públicas e privadas, do sistema federal de ensino e dos
sistemas de ensino dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
§ 1o Todos os cursos de licenciatura,
nas diferentes áreas do conhecimento, o curso normal de nível médio, o curso
normal superior, o curso de Pedagogia e o curso de Educação Especial são
considerados cursos de formação de professores e profissionais da educação para
o exercício do magistério.
§ 2o A LIBRAS
constituir-se-á em disciplina curricular optativa nos demais cursos de educação
superior e na educação profissional, a partir de um ano da publicação deste
Decreto. (BRASIL, 2005).
Portanto, não basta incluir um aluno
surdo sem que o professor saiba no mínimo o básico da LIBRAS, sem que a escola
tenha intérprete de língua de sinais; sem que os professores compreendam quem é
o aluno surdo, desenvolvam atividades para esse aluno e, imprescindivelmente,
sem que haja reconhecimento de que a primeira língua do surdo é a LIBRAS. A
língua brasileira de sinais é uma língua com modalidade visuoespacial, pois a
informação é recebida pelos olhos e produzida pelas mãos juntamente com o
rosto, através de expressões faciais e movimentos do corpo, produzindo com
essas expressões e movimentos as expressões facio-corporais. A língua de sinais
é uma língua completa, com estrutura independente da língua portuguesa. Por
serem visuoespacial, muitos alunos se sentem desconfortáveis e/ou apresentam
dificuldades por não serem acostumados a sinalizar. Afinal, os ouvintes possuem
o canal oral-auditivo para a comunicação, diferentemente dos surdos.
Aprender língua de sinais é uma
forma de perceber como o surdo se comunica, interage, vive, relaciona; como ele
participa ou não da sociedade, observando o quanto é necessário reconhecer que
a língua de sinais é uma língua de extrema importância ao surdo e que sem ela
não há meios socioeducacionais. Além disso, a LIBRAS é a língua do surdo; não
há como impor a língua portuguesa. Essa afirmação é uma das respostas para a
pergunta-chave feita aqui. No entanto, é preciso lembrar que a língua
portuguesa deve ser aprendida pelo surdo em sua modalidade escrita.
Sendo assim, a língua de sinais não deve
ser vista apenas como uma disciplina obrigatória em um curso de graduação; ela
deve ser vista como parte da formação do futuro professor e como uma língua
presente e participante na escola.
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