``O EXERCÍCIO DA PSICOPEDAGOGIA NÃO É PARA QUEM QUER; É, SOBRETUDO PARA QUEM PODE``.
WELITOM VIEIRA DOS SANTOS
O psicopedagogo deve estar preparado para trabalhar com as dificuldades, deve ter a sensibilidade para percebê-las quando há de fato um distúrbio ou apenas dificuldades passageiras que por diversas vezes são resolvidas com facilidade, evitando assim, que essas dificuldades se estendam ao longo da fase da adolescência, perpetuem e se agravem por toda a fase adulta.
Mas há que se ter em mente também que a escola tem um papel igualmente importante nessa relação ensino-aprendizagem, e é exatamente esse tema que será abordado a partir de agora.
As dificuldades de aprendizagem interferem consideravelmente na vida do cidadão e quanto mais precocemente forem observadas tanto melhor será o seu diagnóstico e o seu tratamento. É importante que o trabalho psicopedagógico seja realizado em todos os momentos da vida escolar e com todos os alunos. O PAPEL DO PSICOPEDAGOGO
De acordo com o Código de Ética da Psicopedagogia da Associação Brasileira de Psicopedagogia, reformulado pelo Conselho da ABPp, gestão 2011/2013 e aprovado em assembleia geral em 5/11/2011, é papel do psicopedagogo trabalhar no âmbito educacional e na saúde, com foco no processo de aprendizagem e suas dificuldades. Fundamentado em diferentes referenciais teóricos e de natureza inter e transdisciplinar, tem como objetivos:
- Promover a aprendizagem, contribuindo para os processos de inclusão escolar e social;
- Compreender e propor ações frente às dificuldades de aprendizagem;
- Realizar pesquisas científicas no campo da psicopedagogia;
- Mediar conflitos relacionados aos processos de aprendizagem.
O objeto de conhecimento da psicopedagogia no
processo de aprendizagem é o ser humano. É necessário, para que esse
processo bastante complexo se complete buscar outras áreas de
conhecimento que juntas interajam, como a Pedagogia, a Psicologia, a
Neurologia, a Psicanálise entre outras, apresentando sempre uma postura
de assessoramento e parceria, compreendendo e conhecendo os espaços
onde ocorre a aprendizagem.
Uma das características principais do papel do psicopedagogo é o preventivo, quer seja clínico ou educacional. Ajudar, orientar e principalmente diagnosticar corretamente os problemas relacionados à aprendizagem, evitando assim o fracasso escolar e erros na intervenção ou diagnóstico psicopedagógico. Levar em consideração que a vida do sujeito deve se dar de forma harmoniosa e equilibrada tanto orgânica, emocional, cognitiva e socialmente.
O papel do psicopedagogo cada vez mais vem sendo difundido no mundo, cada país, porém com a sua realidade própria sendo levada em conta. Em se tratando de países ao entorno do Brasil, podemos destacar que na Argentina, segundo Souza et al (2015), o processo de investigação inicia-se a partir de entrevistas com os pais, com o intuito de conhecer o histórico da vida do seu aluno, a partir daí então, são realizadas entrevistas com os docentes para colher informações sobre o processo ensino-aprendizagem, a proposta da instituição, metodologia, avaliação, material didático, as relações entre professor e aluno e entre alunos.
A parte final da entrevista é com o aluno e o psicopedagogo pode utilizar instrumentos de avaliação que o psicólogo também utiliza. Enquanto que no Brasil o processo investigativo inicia-se com o aprendente e o psicopedagogo não pode utilizar os mesmos instrumentos utilizados pelo psicólogo.
Ainda, segundo Souza et al (2015), quando se observa os diferentes tipos de recursos disponíveis e utilizados na Argentina em comparação com a realidade psicopedagógica disponível no Brasil, é possível perceber que ainda há muito que avançar por aqui.
Segundo Visca (1991), o processo diagnóstico se dá por intermédio do reconhecimento, do prognóstico e das indicações, através das cinco fases: anamnese, testes, provas piagetianas, conceitualização do caso, devolução aos pais e em alguns casos à criança.
O psicopedagogo pode atuar na área clínica, institucional, hospitalar e empresarial. De certa forma é mais ou menos como afirma Bossa (2007) quando sugere que a psicopedagogia deve ter como base fundamentada em seu compromisso a visão de que deve contribuir da melhor maneira possível com o processo de aprendizagem além de buscar formas de definir uma maneira específica de atuação, e como resultado espera-se ainda que seja possível identificar fatores que sejam capazes de facilitar esse processo.
Uma das características principais do papel do psicopedagogo é o preventivo, quer seja clínico ou educacional. Ajudar, orientar e principalmente diagnosticar corretamente os problemas relacionados à aprendizagem, evitando assim o fracasso escolar e erros na intervenção ou diagnóstico psicopedagógico. Levar em consideração que a vida do sujeito deve se dar de forma harmoniosa e equilibrada tanto orgânica, emocional, cognitiva e socialmente.
O papel do psicopedagogo cada vez mais vem sendo difundido no mundo, cada país, porém com a sua realidade própria sendo levada em conta. Em se tratando de países ao entorno do Brasil, podemos destacar que na Argentina, segundo Souza et al (2015), o processo de investigação inicia-se a partir de entrevistas com os pais, com o intuito de conhecer o histórico da vida do seu aluno, a partir daí então, são realizadas entrevistas com os docentes para colher informações sobre o processo ensino-aprendizagem, a proposta da instituição, metodologia, avaliação, material didático, as relações entre professor e aluno e entre alunos.
A parte final da entrevista é com o aluno e o psicopedagogo pode utilizar instrumentos de avaliação que o psicólogo também utiliza. Enquanto que no Brasil o processo investigativo inicia-se com o aprendente e o psicopedagogo não pode utilizar os mesmos instrumentos utilizados pelo psicólogo.
Ainda, segundo Souza et al (2015), quando se observa os diferentes tipos de recursos disponíveis e utilizados na Argentina em comparação com a realidade psicopedagógica disponível no Brasil, é possível perceber que ainda há muito que avançar por aqui.
Segundo Visca (1991), o processo diagnóstico se dá por intermédio do reconhecimento, do prognóstico e das indicações, através das cinco fases: anamnese, testes, provas piagetianas, conceitualização do caso, devolução aos pais e em alguns casos à criança.
O psicopedagogo pode atuar na área clínica, institucional, hospitalar e empresarial. De certa forma é mais ou menos como afirma Bossa (2007) quando sugere que a psicopedagogia deve ter como base fundamentada em seu compromisso a visão de que deve contribuir da melhor maneira possível com o processo de aprendizagem além de buscar formas de definir uma maneira específica de atuação, e como resultado espera-se ainda que seja possível identificar fatores que sejam capazes de facilitar esse processo.
De acordo Schwartzman et al (2001), existem inúmeras dificuldades e fatores que levam ao déficit de aprendizagem, entre eles estão:
- TDAH: problema de desatenção com ou sem hiperatividade (quando a criança é agitada e não consegue parar quieta). Elas se machucam com mais frequência, não têm paciência, interrompem conversas, etc
- Prejuízo Intelectual ou deficiência intelectual: capacidade intelectual inferior à média normal.
- Lesões ou disfunções cerebrais, como exemplo a anóxia, isto é, falta de oxigênio no organismo.
- Fatores genéticos, neonatais ou pós-encefálicos e traumáticos.
- Medicamentos. Fundamental é ter senso crítico para percebermos e analisarmos a respeito do uso medicamentoso. Há casos de transtornos graves que necessitam do seu uso e como profissionais da área de psicopedagogia temos de ter esta clareza para informar a família e a escola, após o devido contato com a equipe multidisciplinar.
- Problemas sensoriais de audição e visão.
- Dislexia: quando a criança ou adolescente não consegue associar o símbolo gráfico e as letras ao som que eles representam, é um distúrbio genético e neurobiológico que independe da preguiça, falta de atenção ou má alfabetização. O que ocorre é uma desordem no caminho das informações, o que inibe o processo de entendimento das letras e, por sua vez, pode comprometer a escrita.
- Disgrafia: dificuldade na escrita.
- Discalculia: dificuldade de aprender tudo o que está relacionado a números como operações matemáticas, dificuldade de entender os conceitos e a aplicação da matemática; seguir sequências, classificar números.
- Dislalia: distúrbio de fala, caracterizado pela dificuldade em articular as palavras e pela má pronunciação, omitindo, acrescentando, trocando ou distorcendo os fonemas.
- Disortografia: dificuldade de aprender e desenvolver as habilidades da linguagem escrita, é um transtorno específico da grafia que, geralmente, acompanha a dislexia.
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