FINAL DO ANO LETIVO DE 2015
E AINDA HÁ DÚVIDAS COM RELAÇÃO A AVALIAÇÃO DE PNEEs, ELES TEM QUE SER
APROVADOS?
VEREMOS: http://www.institutoparadigma.org.br/pergunte/educacao-inclusiva
LEIA MAIS
IMPORTANTE.
1/ Muitos educadores
relatam a dificuldade de avaliar os alunos com deficiência intelectual, visto
que ao aplicarem uma prova a todos os alunos, esperam resultados condizentes
aos conteúdos trabalhados em sala de aula. Como avaliar esses alunos e quais
indicadores ou critérios podem sugerir o avanço na aprendizagem?
A grande dificuldade em conceituar a deficiência intelectual
trouxe consequências na maneira de lidarmos com ela. Ela é objeto de
investigação de inúmeras áreas do conhecimento. A avaliação dos alunos com
deficiência intelectual, como a dos demais alunos da classe, visa o
reconhecimento dos avanços do aluno no entendimento dos conteúdos curriculares
e no desenvolvimento de habilidades e competências para sua série / etapa /
ciclo. A única diferença que há entre os alunos sem deficiência e os alunos com
deficiência intelectual está no planejamento de recursos de acessibilidade que
devem ser colocados à disposição desses alunos para que possam aprender com
equiparação de oportunidades de expressão garantidas as adaptações necessárias.
Há uma grande gama de recursos da tecnologia assistiva hoje já disponíveis,;
enfim, tudo aquilo que é necessário para suprir necessidades impostas pela
deficiência. No caso do aluno com deficiência intelectual a grande questão está
no bom planejamento das atividades pedagógicas, garantindo uma linguagem
assertiva na comunicação, vinculada as suas experiências de vida, a escolha de
atividades utilizando exemplos concretos e práticos que ajudem o aluno a
estabelecer relações, elaborar suas conclusões e aprendizagens do processo. É
na forma como este aluno percorre estas experiências que poderemos observar
seus avanços e dificuldades frente ao conteúdo escolar proposto. Medir somente
o resultado final da atividade, não nos traz muita informação sobre este aluno.
O importante é que esses progressos sirvam de instrumento para que o professor
verifique o que e como o aluno aprendeu e planeje estratégias diferenciadas
para que ele não pare de avançar. Essas observações também servirão para o
planejamento dos objetivos e desafios pedagógicos seguintes. A avaliação assim
compreendida, deverá ter uma estreita relação com o processo de ensino-aprendizagem,
e de forma contínua. Procura-se conhecer os progressos e também as estratégias
de trabalho utilizadas pelos alunos para aprender. Diferentes instrumentos de
avaliação devem ser utilizados tais como: relatórios bimensais com observações
individuais e coletivas, além dos portfólios com anotações diárias, onde estão
contidas todas as observações e estratégias dos alunos durante a execução das
suas atividades. O portfólio é um instrumento que permite ao aluno, professores
e pais, perceberem como se iniciou o trabalho e como ele se desenvolveu e,
consequentemente, as suas aquisições, predefinindo futuros trabalhos, conforme
os focos de interesse que irão surgindo no processo de aprendizagem. No caso
dos alunos com deficiências, os portfólios podem facilitar a tomada de decisão
sobre quais os recursos de acessibilidade que deverão ser oferecidos e qual o
grau de sucesso que está sendo obtido com o seu uso. Eles permitem que tomemos
conhecimento não só das dificuldades, mas também das habilidades dos alunos,
para que, por meio dos recursos necessários, estas habilidades sejam ampliadas.
Este registro poderá também colaborar expressivamente nos conselhos de classe,
e nas decisões da equipe escolar em relação a promoção ou retenção do aluno no
seu percurso escolar. Esta maneira de avaliar permite que o professor acompanhe
o processo de aprendizagem de seus alunos e descubra que cada aluno desenvolve
o seu método próprio de construir conhecimentos, o que torna inadequado a
adoção de uma única metodologia como recurso de avaliação, como se houvesse
homogeneidade no processo de aprendizagem.
As avaliações
externas consideram a singularidade de cada educando e oferecem condições para
que realizem a prova de acordo com suas necessidades? Os alunos de inclusão
podem justificar um desempenho insatisfatório da escola?
Essa questão tem sido muito debatida entre educadores que
pressionados pelo compromisso com o bom desempenho da escola propõem
estratégias discutíveis, algumas vezes até do ponto de vista ético, quando
recomendam o não comparecimento desse público na escola nos dias de avaliações.
No entanto, os alunos com necessidades educacionais especiais, identificados no
censo escolar, que participarão das avaliações externas, têm o direito de
receber atendimento diferenciado no momento dessa avaliação. Para isso as
escolas deverão planejar e mobilizar seus recursos disponíveis para esse
atendimento tais como: disponibilizar professores especializados das salas do
AEE - Atendimento Educacional Especializado, intérprete de LIBRAS, material
adaptado acessível como a transcrição em Braille das provas, lupas, etc. As
provas poderão ser aplicadas juntando-se pequenos grupos de alunos com
deficiência, ou individual, garantindo a assistência necessária para o bom
desempenho do aluno.
Como a equipe escolar
pode planejar a proposta pedagógica para incluir os alunos com deficiência?
A equipe escolar diante dos alunos com deficiência pode
planejar sua proposta pedagógica conforme dispõe a Lei 9394/96: Para a educação
infantil deve garantir o desenvolvimento integral da criança, em seus aspectos
físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e
da comunidade (artigo 29). Para o ensino fundamental, (artigo no32),
desenvolver a formação básica do cidadão, mediante: O desenvolvimento da
capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da
escrita e do cálculo; A compreensão do ambiente natural e social, do sistema
político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;
O desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de
conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores; O
fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de
tolerância recíproca em que se assenta a vida social; Para o ensino médio,
(artigo 35) serão suas finalidades: A consolidação e o aprofundamento dos
conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento
de estudos; A preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para
continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a
novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores; O aprimoramento do
educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da
autonomia intelectual e do pensamento crítico; A compreensão dos fundamentos
científico-tecnológicos dos processos produtivos, relacionando a teoria com a
prática, no ensino de cada disciplina. Deve ainda ater-se aos dispositivos da
Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva que
orienta as Unidades Escolares a promover respostas às necessidades educacionais
especiais, no sentido de garantir: Transversalidade da educação especial desde
a educação infantil até a educação superior; Atendimento educacional
especializado; Continuidade da escolarização nos níveis mais elevados do
ensino; Formação de professores para o atendimento educacional especializado e
demais profissionais da educação para a inclusão escolar; Participação da
família e da comunidade; Acessibilidade urbanística, arquitetônica, nos
mobiliários e equipamentos, nos transportes, na comunicação e informação;
Articulação intersetorial na implementação das políticas públicas. O Projeto
Político Pedagógico da escola deve contemplar as ações para o atendimento à
diversidade? Nessa perspectiva, qual a visão sobre o currículo? A matriz
curricular da proposta pedagógica da escola deverá refletir alguns aspectos
citados abaixo: Respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e
regionais, para atender ao artigo 210 da Constituição Federal de 1988. Para
esse desafio, as orientações técnicas e legais determinam que os currículos do
ensino fundamental e médio devem ter uma base nacional comum, a ser
complementada por uma parte diversificada, exigida pelas características
regionais, culturais, socioeconômicas da equipe escolar em relação ao processo
ensino-aprendizagem e locais da comunidade onde a escola está inserida. A
formação básica da equipe escolar em relação ao processo ensino-aprendizagem
deverá respeitar os diferentes estilos, ritmos, necessidades, interesses,
histórias de vida e motivações dos alunos e da sala de aula, ao desenvolver
suas rotinas escolares. As diferenças devem ser reconhecidas, compreendidas e
valorizadas pelos docentes como um recurso e um ponto de partida importante
para ensinar a todo(a)s os estudantes na classe. O processo de aprendizagem
deverá dialogar com atividades lúdicas e formais, com o intuitivo, o sensorial,
os aspectos social e afetivo dos alunos. Nas práticas dos professores deverá
predominar a atitude investigativa, a criação, a descoberta e a coautoria do
conhecimento com seu grupo de alunos. A pedagogia deve ser ativa, dialógica e
interativa. O professor deve romper com as práticas pedagógicas homogêneas e os
rituais padronizados. Deve organizá-las de modo a criarem oportunidades de
aprendizagens e participação igualitárias na sala de aula. A organização das
atividades de classe deve privilegiar grupos de trabalho colaborativos e o
apoio mútuo entre os alunos(as). A dinâmica de aula precisa apresentar
características que proporcionem e reforcem experiências de sucesso e motivação
a todos os alunos (as) e nas quais todos (as) possam participar, para isso, é
necessário investir no planejamento das atividades escolares. A filosofia
organizacional da escola deve pautar-se nos princípios da equidade, levando em
conta as características e necessidades da comunidade escolar. Investir na
caracterização da clientela escolar e do seu entorno possibilita a equipe
escolar construir um projeto político pedagógico que promova a paz e o
desenvolvimento pleno da cidadania de seus alunos e familiares.
Como definir o
atendimento e o projeto pedagógico para alunos com transtornos severos de
aprendizagem/comportamento em salas regulares?
O atendimento e o projeto pedagógico para alunos com
transtornos severos de aprendizagem/desenvolvimento nas salas regulares de
ensino podem ser planejados e realizados na complexidade das relações que o
aluno e o professor estabelecem consigo, com o outro, com o conhecimento e com
o mundo que os cerca. O professor já envolvido nesse contexto relacional pode
desenvolver atitudes de pesquisador ao deparar-se com uma situação
diferenciada, com novos desafios educacionais. Para cada aspecto relacional
poderá formular novas perguntas que possam orientar sua observação sistemática
e contínua ao dirigir-se a esse aluno com necessidades educacionais especiais.
Buscará saber sobre seus interesses e preferências: o que o mobiliza; para quem
olha ou se aproxima, como interage com os outros alunos, e o que sabe sobre si
mesmo. O professor também poderá estender seu olhar investigativo às novas
características que o aluno apresenta: suas condições de autonomia,
necessidades, limitações, potencialidades. Realizará registros cronológicos dos
dados observados, incluirá os investimentos que faz, as respostas que obtém,
bem como os movimentos realizados pelos outros atores envolvidos.
Concomitantemente, o professor poderá criar estratégias diferenciadas de ação
lançando mão de ajudas técnicas, adaptações curriculares, possibilidades de
acessibilidade que possam ir além da acessibilidade arquitetônica, envolvendo
também as de ordem atitudinal e pedagógica. Professor e aluno criam juntos nova
relação: deficiência-potencialidade. Esse processo de aprendizagem que se
desenvolve é do aluno, do professor e dos demais atores envolvidos. Se o aluno
necessita de adaptações no currículo escolar e/ou ajudas técnicas; o professor
necessita aprender com seu aluno, com os pares envolvidos e com autores que
pesquisam e escrevem sobre o contexto das deficiências. Desse modo, pesquisando
e se autoformando com seus alunos, o professor estabelecerá nova relação entre
teoria-prática, reestruturando-a. Ao acolher, compreender e conviver com a vida
humana em sua diversidade de condições, os atores envolvidos ampliarão o
potencial da relação ensino-aprendizagem, com novos significados e sentidos.
Como funciona a
terminalidade específica para os alunos que não apresentam evolução na
aprendizagem?
Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9.394\96,
Inciso II do Artigo 59, Resolução CNE\CEB 02\01, Artigo 16 e Parecer do
Conselho Nacional de Educação 17\01, é prevista a terminalidade específica para
aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a conclusão do ensino
fundamental, em virtude de suas deficiências. A terminalidade específica prevê
viabilizar ao aluno com grave deficiência intelectual ou múltipla, que não
apresentar resultados de escolarização previstos no Inciso I do Artigo 32 da
LDBN, terminalidade específica do ensino fundamental, por meio da certificação
de conclusão de escolaridade, com histórico escolar que apresente, de forma
descritiva, as competências desenvolvidas pelo educando, bem como o
encaminhamento devido para a educação de jovens e adultos e para a educação
profissional. Cabe aos Estados e Municípios estabelecerem critérios para o
gerenciamento deste dispositivo legal. Mais informações Planalto do Governo -
Lei no 9.394, de 20 de Dezembro de 1996 - http://www.planalto.gov.br
Muitos educadores
relatam a dificuldade de avaliar os alunos com deficiência intelectual, visto
que ao aplicarem uma prova a todos os alunos, esperam resultados condizentes
aos conteúdos trabalhados em sala de aula. Como avaliar esses alunos e quais
indicadores ou critérios podem sugerir o avanço na aprendizagem?
A grande dificuldade em conceituar a deficiência intelectual
trouxe consequências na maneira de lidarmos com ela. Ela é objeto de
investigação de inúmeras áreas do conhecimento. A avaliação dos alunos com
deficiência intelectual, como a dos demais alunos da classe, visa o
reconhecimento dos avanços do aluno no entendimento dos conteúdos curriculares
e no desenvolvimento de habilidades e competências para sua série / etapa /
ciclo. A única diferença que há entre os alunos sem deficiência e os alunos com
deficiência intelectual está no planejamento de recursos de acessibilidade que
devem ser colocados à disposição desses alunos para que possam aprender com
equiparação de oportunidades de expressão garantidas as adaptações necessárias.
Há uma grande gama de recursos da tecnologia assistiva hoje já disponíveis,;
enfim, tudo aquilo que é necessário para suprir necessidades impostas pela
deficiência. No caso do aluno com deficiência intelectual a grande questão está
no bom planejamento das atividades pedagógicas, garantindo uma linguagem
assertiva na comunicação, vinculada as suas experiências de vida, a escolha de
atividades utilizando exemplos concretos e práticos que ajudem o aluno a
estabelecer relações, elaborar suas conclusões e aprendizagens do processo. É
na forma como este aluno percorre estas experiências que poderemos observar
seus avanços e dificuldades frente ao conteúdo escolar proposto. Medir somente
o resultado final da atividade, não nos traz muita informação sobre este aluno.
O importante é que esses progressos sirvam de instrumento para que o professor
verifique o que e como o aluno aprendeu e planeje estratégias diferenciadas
para que ele não pare de avançar. Essas observações também servirão para o
planejamento dos objetivos e desafios pedagógicos seguintes. A avaliação assim
compreendida, deverá ter uma estreita relação com o processo de ensino-aprendizagem,
e de forma contínua. Procura-se conhecer os progressos e também as estratégias
de trabalho utilizadas pelos alunos para aprender. Diferentes instrumentos de
avaliação devem ser utilizados tais como: relatórios bimensais com observações
individuais e coletivas, além dos portfólios com anotações diárias, onde estão
contidas todas as observações e estratégias dos alunos durante a execução das
suas atividades. O portfólio é um instrumento que permite ao aluno, professores
e pais, perceberem como se iniciou o trabalho e como ele se desenvolveu e,
consequentemente, as suas aquisições, predefinindo futuros trabalhos, conforme
os focos de interesse que irão surgindo no processo de aprendizagem. No caso
dos alunos com deficiências, os portfólios podem facilitar a tomada de decisão
sobre quais os recursos de acessibilidade que deverão ser oferecidos e qual o
grau de sucesso que está sendo obtido com o seu uso. Eles permitem que tomemos
conhecimento não só das dificuldades, mas também das habilidades dos alunos, para
que, por meio dos recursos necessários, estas habilidades sejam ampliadas. Este
registro poderá também colaborar expressivamente nos conselhos de classe, e nas
decisões da equipe escolar em relação a promoção ou retenção do aluno no seu
percurso escolar. Esta maneira de avaliar permite que o professor acompanhe o
processo de aprendizagem de seus alunos e descubra que cada aluno desenvolve o
seu método próprio de construir conhecimentos, o que torna inadequado a adoção
de uma única metodologia como recurso de avaliação, como se houvesse
homogeneidade no processo de aprendizagem.
2/Como avaliar as aprendizagens dos alunos com deficiência? http://revistaescola.abril.com.br/formacao/como-avaliar-aprendizagens-alunos-deficiencia-inclusao-636391.shtml
As atividades desenvolvidas pelos estudantes com deficiência
intelectual em sala de aula podem ser adaptadas, desde que o currículo tenha
sido adequado, conforme orientam os Parâmetros Curriculares Nacionais.
A avaliação deve ser feita de acordo com as potencialidades
e os conhecimentos adquiridos pelo aluno. Mais do que conhecer suas
competências, é necessário que o professor saiba como ele deve ser avaliado em
todas as áreas, assim como acontece com as outras crianças.
Dessa forma, é possível descobrir quais são suas habilidades
e dificuldades e definir se os instrumentos que usados estão de acordo com as
respostas que o aluno pode dar.
Não esqueça de considerar as aquisições do aluno e o quanto
ele conseguiu avançar nas disciplinas: verifique como ele lida com cálculos,
desenho e escrita, por exemplo. A produção escolar, cadernos e exercícios
também devem ser levados em conta.
3/ Como avaliar o aluno com deficiência?
Mara Lúcia Sartoretto
Os alunos com deficiência devem ser avaliados da mesma
maneira que seus colegas. Pensar a avaliação de alunos com deficiência de
maneira dissociada das concepções que temos acerca de aprendizagem, do papel da
escola na formação integral dos alunos e das funções da avaliação como
instrumento que permite o replanejamento das atividades do professor, não leva
a nenhum resultado útil.
que o processo de avaliação do resultado escolar dos alunos
seja realmente útil e inclusivo, é imprescindível uma cultura que elimine:
- o vínculo a um resultado previamente determinado pelo
professor;
- o estabelecimento de parâmetros (provas, teste, etc.) com
os quais as respostas dos alunos são sempre comparadas entre si, como se o ato
de aprender não fosse individual;
- a avaliação como caráter de controle, adaptação e seleção;
- a busca pela homogeneidade inexistente que gera a
exclusão;
a eleição de um determinado ritmo como ideal para a
construção da aprendizagem de todos os alunos.
Numa escola onde a avaliação ainda se define pela presença
das características acima certamente não haverá lugar para a aceitação da
diversidade como inerente ao ser humano e da aprendizagem como processo
individual de construção do conhecimento.
A única diferença que há entre as pessoas ditas normais e as
pessoas com deficiências está nos recursos de acessibilidade que devem ser
colocados à disposição dos alunos com
deficiências para que possam aprender e expressar adequadamente suas
aprendizagens, através de portfólios, atividades com letra ampliada,
digitalizadas em Braille, os interpretes e recursos da tecnologia assistiva,
enfim, tudo aquilo que é necessário para suprir necessidades impostas pelas
deficiências, sejam elas auditivas, visuais, físicas ou mentais.
Neste contexto, a avaliação escolar de alunos com
deficiência ou não, deve ser verdadeiramente inclusiva e ter a finalidade de
verificar continuamente o conhecimento que cada aluno possui, no seu tempo, por
seus caminhos, com seus recursos e que leva em conta uma ferramenta muito pouco
explorada que é a co-aprendizagem.(indicando o modo como ele aprende).
Entender a verdadeira finalidade da avaliação escolar só
será possível quando tivermos professores dispostos a aceitar novos desafios,
capazes de identificar nos erros pistas que os instiguem a repensar seu
planejamento e as atividades desenvolvidas em sala de aula e que considerem
seus alunos como parceiros, principalmente aqueles que não se deixam encaixar
no modelo de escola que induz o conhecimento à identificação de respostas
previamente definidas como certas ou erradas.
Por isso, quando apenas avaliamos o produto e
desconsideramos o processo vivido pelos alunos para chegar ao resultado final
realizamos um corte totalmente artificial no processo de aprendizagem.
Podemos avaliar:
Por reprodução:
quando com muita freqüência, utilizamos provas que geralmente medem respostas
memorizadas e comportamentos automatizados.
· Por produção
quando optamos por avaliar aquilo que o aluno é capaz de produzir, a
observação, a atenção às repostas que o aluno dá às atividades que estão sendo
trabalhadas, a analise das tarefas que ele é capaz de realizar fazem parte das
alternativas pedagógicas utilizadas para avaliar.
OBS: Um dos recursos
que poderá auxiliar o professor a organizar a produção dos seus alunos e por
isso avaliar com eficiência é utilizar um portfólio.
No caso dos alunos com deficiências, os portfólios podem
facilitar a tomada de decisão sobre quais os recursos de acessibilidade que
deverão ser oferecidos e qual o grau de sucesso que está sendo obtido com o seu
uso.
Esta maneira de avaliar permite que o professor acompanhe o
processo de aprendizagem de seus alunos e descubra que cada aluno tem o seu
método próprio de construir conhecimentos, o que torna absurdo um método de
ensinar único e uma prova como recurso para avaliar como se houvesse
homogeneidade de aprendizagem.
Nessa perspectiva, entendemos que é possível avaliar, de
forma adequada e útil, alunos com deficiências. Mas, se analisarmos com
atenção, tudo o que o que se diz da avaliação do aluno com deficiência, na
verdade serve para avaliar qualquer aluno, porque a principal exigência da inclusão
escolar é que a escola seja de qualidade – para todos!
Fonte: Assistiva • Tecnologia e Educação © 2010
www.assistiva.
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