ADAPTAÇÕES CURRICULARES
http://professoremiliofigueira.com.brÉ preciso a realizações de adaptações curriculares no nível individual incorporem, ao máximo, as importantes vivências coletivas propostas à classe e escola como um todo.
Seguindo os princípios (documentos/legislação) orientadores para uma escola de qualidade para todos, a escola INCLUSIVA, o aspecto das “Adaptações Curriculares” coloca-se como fundamental.
Adaptações Curriculares serão ajustes ou modificações que deverão ocorrer nos objetivos, conteúdos, critérios de avaliação, temporalidade ou nas atividades de ensino-aprendizagem, para atender à diversidade de alunos que apresentam necessidades educacionais especiais.
A adaptações que serão realizadas de forma espontânea e rotineira, no âmbito da sala de aula sob a responsabilidade do professor, dentro de atividades comuns à sala e no, no âmbito mais amplo do aspecto acadêmico da escola.
Acesse aqui o Referencial Sobre Avaliação da Aprendizagem de Alunos Com Necessidades Educacionais Especiais
MODALIDADES DE APOIO
Em Educação Inclusiva há três modalidades de apoio aos professores:A) Acompanhante Pedagógica É uma professora auxiliar de sala em tempo permanente, com o olhar mais específico para um ou dois determinado(s) aluno(s) com necessidades educacionais especiais. Ela deverá estar apropriada do planejamento geral da classe, para poder fazer as devidas adaptações no mesmo, facilitando a execução por parte dos referidos alunos, das propostas da rotina da sala e, principalmente, deverá auxiliar ao professor da turma nos aspectos da gestão da sala de aula de que ela mais necessite e na avaliação e redirecionamento das propostas futuras, dirigidas aos alunos em questão.
B) Professor Itinerante Este profissional tem a função de auxiliar o aluno com necessidades educacionais especiais, na sua própria sala de aula, a realizar as atividades que lhe são propostas, com melhor compreensão, facilitando, também, o seu entrosamento com seus pares, na produção de algo conjunto. O professor itinerante atua em mais de uma sala de aula, colaborando com a professora no atendimento diferenciado a determinado(s) aluno(s).
C) Sala de Recursos É um serviço criado para auxiliar aos professores de sala no atendimento diferenciado aos alunos com necessidades educacionais especiais, no próprio horário de trabalho, visando assegurar-lhes uma orientação mais individualizada, minimizando, assim, as suas dificuldades de aprendizado. Os alunos que participam desse serviço são encaminhados por seus professores à Sala de Recursos, em horários combinados entre eles e o educador que irá atendê-los. O atendimento geralmente é feito em duplas e as atividades que lá se realizam são construídas pelo(s) próprio(s) professor(es) da classe, podendo ser adaptadas pela educadora responsável por esse serviço.
PRECISAMOS DE NOS AUTOAVALIARMOS
Nesta parte serei mais um psicólogo do que um educador. Mais do que explicar os caminhos para a promoção de uma boa Educação Inclusiva, quero propôs agora várias autorreflexões:Estas perguntas abaixo retirei de um artigo intitulado “Inclusão – A nova perspectiva da educação”, da professora Irene Guimarães Coelho Magalhães, publicado no Informativo Unicead (Montes Claros, abril de 2014, ano II, número 2).
Responda estas perguntas a si mesmo. Ou proponhas à sua equipe. Para o professor desenvolver boas práticas inclusivas deve se fazer estes questionamentos:
- O processo das aulas responde à diversidade do alunado?
As aulas são preparadas para o trabalho na diversidade? - Atividades de cópia mecânica são evitadas?
- As aulas são acessíveis a todos estudantes?
- Os materiais curriculares contemplam os diferentes contextos e culturas dos alunos?
- A linguagem usada em sala de aula é acessível a todos?
- As aulas contribuem para maior compreensão das diferenças?
- Os alunos são estimulados a ouvir opiniões diferentes?
- O currículo estimula o entendimento das diferenças de cultura, deficiência, religiões, etc?
- Os alunos são ativos no seu processo de aprendizagem?
- Os alunos são estimulados a dirigir sua própria aprendizagem?
- Os alunos são estimulados a ajudar os colegas?
- A avaliação estimula o êxito de todos os alunos?
- Há oportunidades de, em equipe, avaliar o trabalho realizado?
- Os resultados das avaliações servem para introduzir mudanças?
- A disciplina em sala de aula inspira-se no respeito mútuo?
- Os alunos são consultados sobre como podem melhorar sua atenção para aprender?
- As normas de comportamento são explícitas?
- Os professores planejam, revisam e ensinam em colaboração?
- Os professores compartilham do planejamento dos trabalhos na escola e nos de casa?
- Os professores mudam suas práticas a partir das sugestões recebidas?
- Os professores preocupam-se em apoiar a aprendizagem e participação de todos os alunos?
- Eles reconhecem a importância de tratar a todos os alunos com equidade?
- Os professores procuram desenvolver nos alunos a independência e a autonomia?
- Os profissionais de apoio preocupam-se com a participação de todos?
- Existe uma descrição clara acerca das funções e tarefas do pessoal de apoio?
- Os deveres de casa contribuem para a aprendizagem de todos?
- Os deveres tem sempre um objetivo pedagógico claro?
- Estão relacionados com as atividades da escola?
- Todos os alunos participam de atividades complementares e extra escolares?
- São todos estimulados a participarem de diferentes atividades?
- As visitas escolares são acessíveis para todos?
DOCUMENTÁRIO “1981 – O INÍCIO DA MINHA HISTÓRIA INCLUSIVA”
Qual a diferença que um professor pode fazer na vida de um aluno com deficiência que está sendo incluído?
Para muitos pode parecer apenas mais um aluno em sala de aula em processo de aprendizagem. Mas dependendo do carinho e dedicação desse professor, ele poderá estimular e lançar esse aluno para uma vida de possibilidades!
Ao produzir o documentário “1981 – O Início Da Minha História Inclusiva”, tendo a minha própria caminhada como foco central, eu quis mostrar justamente isto. O quanto foi importante para mim o fato de um professor ter me incluído em um grupo escolar normal, abrindo-me caminhos por meio dos estudos, possibilitando-me a atingir o que sou hoje.
Dono de muitas histórias para contar, Mário Flávio Berthola Ramos Nogueira, o Professor Maroca, lecionou durante 33 em escolas estaduais paulistas. Nos anos 1970 e 1980, quando a palavra inclusão ainda nem se quer era cogitada, Maroca promoveu dois bem-sucedidos casos de inclusão escolar. E um deles foi o meu!
Só que por motivos técnicos, o primeiro caso não entrou na edição do documentário. Mas com muita satisfação, vou descrevê-lo:
Nos anos 1970, o professor Maroca morava vizinho a um casal de padeiros que tinha um filho com os dois pés virados para dentro e não conseguia andar. Naquela época isso já era suficiente para uma criança não ter o direito de frequentar uma escola normal. O professor ficou incomodado, questionando-se: “Como pode, esse menino já é quase um rapazinho e vai crescer analfabeto? Como ele vai arrumar um serviço quando adulto?”
O Maroca pediu autorização aos pais e começou a levar o menino no colo para a escola. Teve que enfrentar a diretoria que não queria um aluno com deficiência. Assumiu toda a responsabilidade por ele, o carregava para o banheiro e recreios. Depois o levava de volta para sua casa. O garoto teve um satisfatório desempenho pedagógico. O professor Maroca tinha um fusca na época e, às vezes, passeavam juntos pela cidade, ensinando ao garoto muitas outras coisas.
O estudante terminou a primeira série e fez a segunda também com o professor Maroca. À partir da terceira, o garoto foi para outra classe com outra professora e o seu próprio irmão passou a levá-lo à escola. Mas por complicações de saúde, o jovem veio a falecer no meio do ano. E, durante a entrevista, com a certeza que fez a coisa certa, o professor Maroca me disse: “Pelo menos, ele faleceu bem alfabetizado e sabendo fazer qualquer conta!”
Por esses dois exemplos, posso dizer com toda na segurança que o melhor caminho que um professor pode ter para promover a Educação Inclusiva sempre será o caminho do coração!
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