ALUNOS INCLUSIVOS
“Deficiência, na origem, significa ‘presença da falta’, isto é, ausência de alguma condição ou capacidade que deveria ou poderia estar presente em alguém. Como nenhum e nenhuma de nós é possuidor de todas as condições e capacidades, cada pessoa tem deficiências e, portanto, ninguém é ‘feito por completo’ (sentido etimológico da palavra perfeito).” (Mario Sergio Cortella)
TRABALHANDO COM ALUNOS INCLUSIVOS
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No Centro de Apoio Aos Professores com Alunos Inclusivos – C.A.P.A.I., tenho reunido muito material e dicas práticas e pedagógicas para se trabalhar com cada tipo de aluno com deficiências diversas.
Aqui, por uma questão de espaço, vou lhe passar algumas resumidas em práticas pedagógicas. Não podemos esquecer que cada aluno é único. Nem sempre o que funciona para um funcionará para o outro. Por isso, continuo defendendo que o melhor caminho sempre será as pesquisas individuais, caso a caso – o que falarei na Aula 4.
ALUNO COM FALTA DE CONCENTRAÇÃO E CONSERVAÇÃO DAS INFORMAÇÕES
Primeiro, descubra o que desperta a atenção do aluno e só então proponha atividades. Uma sugestão é a brincadeira de espião. Em dupla, cada integrante observará bem a outra pessoa. Os dois se viram de costas e fazem uma mudança no visual. Depois, um de frente para o outro, tentam descobrir o que mudou. Trabalhe com música. Tocar violão, por exemplo, estimula a concentração e desenvolve a memória.
ALUNO COM AUTISMO
Concentre-se no contato visual. Olhe nos olhos do aluno, fale de forma serena e objetiva (assim, as falas são mais bem compreendidas). Nem sempre o autista assimila frases como “Não faça isso!”. Em cada atividade, portanto, mostre-lhe o que fazer, dando funcionalidade às ações.
ALUNOS COM SÍNDROME DE DOWN
Respeite o ritmo do aluno sem impor nada e não o trate de forma infantil, mas sempre correspondente a sua idade cronológica. Use fotos de familiares para estimular a fala e a memória visual. Uma boa dica: peça para o aluno contar histórias ou abordar aspectos da vida familiar. Estimule a prática de esportes, como a natação, que refinam a condição motora do estudante.
ALUNOS COM TRANSTORNO DE DÉFICIT DA ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE – HDAH
Estabeleça e organize rotinas de trabalho para inibir a dispersão. Se for preciso, reveja o método de ensino para torná-lo criativo. Escolha trabalhos curtos, realizando uma tarefa por vez. Não peça a esse aluno, por exemplo, que copie da lousa um texto extenso. Desse modo, você conserva o foco de atenção dele.
ALUNOS COM TRANSTORNOS EMOCIONAIS
Proporcione um ambiente educativo agradável. Solidarize-se e conserve com o estudante e ensine-o a lidar com as perdas, pois elas são naturais. Desenvolva-se aluno habilidades para superar desafios e perseverança na conclusão de tarefas. É importante impor limites.
ALUNOS COM DISLEXIA
Mostre a semelhança e a diferença entre as letras. Exemplo, a letra B tem a “barriga” voltada para a direita e a “perna” para cima. Evite o excesso de conteúdo para que o aluno tenha melhor compreensão do que é ensinado. Trabalhe com histórias em quadrinhos e peça que ele faça associações entre as ilustrações e o texto, criando alternativas e mudanças na história ou nas imagens.
ALUNOS COM PARALISIA CEREBRAL (dinsfunção motora)
Incentive a prática de atividades físicas. Elas ajudam desenvolver a coordenação motora, a orientação espacial e o equilíbrio. Outra dica é o uso de música para aumentar a capacidade de atenção e memorização. Uma dica: a cada toque de determinado instrumento musical, os alunos brincam com um objeto ou fazem um movimento – ao som do tambor, por exemplo, as crianças mexem as mãos. Utilize materiais pedagógicos sensoriais, como letras escritas em pedaços de papel ou em madeira para que a pessoa forme palavras.
DEFICIÊNCIA AUDITIVA
Posicione o aluno na primeira fileira, de preferência, à sua frente. Quando realizar atividade, faça-as em turma para intensificar o vínculo de inclusão. Fale de frente para o estudante para que ele possa ler seus lábios. Diga aos colegas de sala para que façam o mesmo.
DEFICIÊNCIA VISUAL
Oriente, explicando a ele a posição do mobiliário e evite mudar os objetos de lugares. Incentive-o a aprender BRAILLE. Ofereça materiais concretos para ajudá-lo a aumentar seu conhecimento. Isso inclui conceitos linguísticos, matemáticos, geográficos. O Instituto Benjamin Constant (www.ibc.gov.br) desenvolve materiais com texturas diferentes para que o aluno possa “ver” utilizando o tato.
AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM DOS ALUNOS
Eu planejei escrever várias coisas referente ao tema avaliação. Mas encontrei no youtuibe este vídeo que nos mostra a prática da avaliação tanto pelo lado teórico, como ela sendo realizada na prática. vou compartilhá-lo com você e depois escrever algumas coisas:
Em Educação inclusiva, o aluno precisa passar pela modalidade de avaliação formativa (processual), caracterizada, principalmente, por ser:
- a) Integral: abrangendo todas as áreas de desenvolvimento – socioafetiva, psicomotora e cognitiva.
- b) Interativa: comprometendo nesse processo, além do professor, demais educadores e membros da escola, os próprios alunos e seus familiares.
- c) Contínua: realizada em diferentes momentos e através de diversos procedimentos.
- d) Acumulativa: os principais conteúdos (conceitos, fatos, procedimentos, valores e atitudes) trabalhados em cada etapa serão aprofundados e reavaliados nas etapas seguintes.
- e) Diferenciada: definiremos metas de aprendizagem adaptadas e/ou instrumentos/intervenções diferenciados, para avaliarmos, de maneira justa, o desempenho dos alunos que, por fatores diversos, estejam com dificuldade de superar os desafios propostos ao seu grupo-classe.
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