CASO
Shaira Jordânia Andrade
Benevides Santos, nascida dia vinte e cinco de agosto de dois mil e quatro, na
cidade de Barra do Mendes Mato Grosso. Filha do senhor José Carlos Jesus dos
Santos e a senhora Kerllen Andrade Benevides. Tendo como pais adotivos desde os
três meses de idade seus avós a senhora Marinalva Luz de Jesus e o senhor
Derivaldo Miranda Soares, os quais contam que a aluna foi gerada em meio às
drogas durante o parto a aluna faltou oxigênio entre outras complicações andou
com três anos e falou com cinco anos. A pré adolescente ainda hoje não toma
banho nem se veste sozinha, quando esta dormindo quase sempre acorda gritando
falando coisa sem nexo.
Segundo sua mãe adotiva a aluna era muito
agitada e agressiva principalmente quando tomava remédio ela ficava pior,
chegando ao ponto da mesma retirar esse remédio (não lembra o nome), Hoje esta
mais calma é alegre e gosta muito de ir para o colégio. Shaira Jordânia com
treze anos de idade foi acompanhada através da APAE de Feira de Santana.
A aluna chegou à cidade de Várzea Nova, sendo
matriculado no Centro Educacional João de Souza Oliveira este ano em Abril de
2017, cursando o 8° ano do ensino fundamental, uma vez que a aluna encontra se
no nível pré silábico onde as partes da escrita não correspondem às partes do
nome. Fase gráfica primitiva – símbolos e pseudoletras, misturadas com letras e
números. Shaira Jordânia escreve letras, bolinhas, como se soubessem escrever,
sem a preocupação com as propriedades sonoras da escrita. Apresentando
os laudos G.80 Paralisia Cerebral e F.71 Deficiência Intelectual moderado e transtornos mentais e comportamentais. A aluna foi
automaticamente encaminhada pela direção do CEJSO para a sala de recursos
multifuncional, onde no decorrer das atividades no espaço SRM percebe-se, que não foi trabalhada suas
potencialidades passando de serie em serie. É necessário para que a aluna possa
beneficiar de um ensino de qualidade e justo é imprescindível que os
professores proporcionem um ensino individualizado, variando estratégias e
diversificando metodologias.. No sentido de promover a diferenciação pedagógica
e assegurar, de facto, a inclusão de crianças diferentes,
O Decreto
nº 3.956/2001 vem reafirmar que as pessoas com deficiência têm os mesmos
direitos humanos e liberdades fundamentais que as demais pessoas, definindo
como discriminação com base na deficiência toda diferenciação ou exclusão que
possa impedir ou anular o exercício dos direitos humanos e de suas liberdades
fundamentais. Os sistemas de ensino devem matricular todos os alunos, cabendo
às escolas organizarem-se para o atendimento aos educandos com necessidades educacionais
especiais, assegurando as condições necessárias para uma educação de qualidade
para todos. MEC/SEESP (2008).
Sala de Recursos Multifuncional professora
Jilvani Rocha S. Belitardo
Especializada em Educação Inclusiva
2017
SECRETARIA
MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA
RUA ANTERO DA ROCHA MONTENEGRO, S/N
CENTRO CEP. 44690-000 – VÁRZEA NOVA – BAHIA
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INDIVIDUAL (PDI)
PARTE I – INFORMAÇÕES E AVALIAÇÃO GERAL DO ALUNO
1-
IDENTIFICAÇÃO:
NOME
COMPLETO: Shaira Jordânia Benevides Santos
DATA
DE NASCIMENTO: 25 / 08 / 2004
ENDEREÇO:
Barriguda dos Rochas
BAIRRO:
CIDADE:
Várzea Nova
|
2- DADOS FAMILIARES:
NOME DO PAI:
NOME DA MÃE:
PROFISSÃO,
ESCOLARIDADE E IDADE DO PAI: analfabeto.
PROFISSÃO,
ESCOLARIDADE E IDADE DA MÃE: analfabeto.
NÚMERO DE IRMÃOS: Três ( 3 )
MORA
COM PAIS ADOTIVOS:
|
3- INFORMAÇÃO ESCOLAR:
Nome da escola: Centro Educacional João de Souza Oliveira
Endereço da escola: Praça Otacílio Alcântara Nº
Ano de escolaridade atual (classe regular): 2017
Idade com que entrou na escola: 4 anos
História escolar (comum) e antecedentes relevantes: A aluna S.J. iniciou sua trajetória
escolar com três anos e meio quando ainda molinha na cidade de moranguinho em
Nova Fátima. Segundo sua mãe eles saíram dessa cidade e retornaram a aluna já
com cinco anos iniciando na alfabetização a aluna gostava muito de ir para a
escola não perdia um dia de aula. Porém a mesma não era aceita pelos
professores e colegas, Shaira ficava durante todo horário de aula no pátio da
escola. Segundo sua mãe a aluna e família eram vitimas de preconceito e
agressões físicas e verbais. Lembra sua mãe quantas vezes a aluna chegava a sua
casa com hematomas e o cabelo bagunçado. Contudo a aluna sempre passava de
serie. Só agora em Marco de 2017 a aluna matriculada na cidades de Várzea Nova
no colégio Centro Educacional João de Souza Oliveira, a mesma com Doze anos de
idade inserida no 8º ano do ensino fundamental, apresentando serias
dificuldades em seu processo escolar e letramento, onde a aluna encontra-se no
nível pré -silábico onde na parte da escrita não correspondem as partes do
nome, na fase gráfica primitiva misturando letras e números, a aluna escreve
letras e números como se soubesse escrever sem a preocupação com as
propriedades sonoras da escrita. Contudo a aluna apresenta uma grande
defasagem curricular em todas as áreas
em especial matemática onde a mesma apresenta um quadro de discalculia grave onde a mesma não compreende nem consegue
manipular a escrita dos números. Assim a mesma foi encaminhada para o AEE, ( Atendimento Educacional
Especializado) duas vezes por semana sendo atendida no mesmo horário da aula
regular uma vez que a mesma reside na zona rural.
História
escolar (especial) e antecedentes relevantes:
Aluna com um laudo e CID G80 paralisia
Cerebral e F 71 Retardo mental
moderado. Com doze anos de
idade sendo matriculada no CEJSO onde a direção da mesma a encaminhou para a
sala de Recursos Multifuncional. A aluna ainda não tinha tido um atendimento
especializado.
Motivo
do encaminhamento para o atendimento educacional especializado (dificuldades
apresentadas pelo aluno):
Aluna com doze anos de idade cursando
o 8º ano do ensino fundamental I, com dificuldades de leitura e escrita. A
mesma encontra-se no primeiro nível – pré silábico 1 – indiferenciado.
Apresentando extrema dificuldade no que se refere ao cumprimento do currículo
da serie que se encontra.
4 - AVALIAÇÃO GERAL
ÂMBITO
FAMILIAR
|
Apontar de forma descritiva as condições
familiares do aluno
1- Característica do ambiente familiar
(condições da moradia e atitudes): Aluna mora na zona rural com seus pais os
mesmos trabalham em uma fazenda e residem em uma das casas do patrão. Esta
casa é grande tem três quartos, sala, cozinha, e um banheiro. No quintal a
mãe faz plantações de milho tomate entre outras.
2- Convívio familiar (relações afetivas,
qualidade de comunicações, expectativas): Os pais demonstram entender e
aceitar a deficiência da filha já sofreu muito por preconceito, mas hoje vê a
filha sendo melhor aceita na comunidade escolar e sociedade. Os pais dedicam
sempre sua atenção aos cuidados aos três filhos (netos) e em especial um
cuidado – zelo e/ou preocupação maior por Shaira por cada dia que passa exige
mais cuidados e atenção. Vendo o prazer que a filha tem em acordar cedo e ir
para a escola sua mãe deseja que ela sempre tenha condições neurológicas em
permanecer indo para a mesma.
3- Condições do ambiente familiar para a
aprendizagem escolar:
Como seus pais
dependem do seu trabalho para sobreviver vivem da roça do plantio e / ou do
trabalho braçal para sobreviver. Suas filhas precisam pegar um transporte
escolar para chegar até a escola saindo de casa às seis horas da manhã e
retornando ao meio dia. Apesar de serem analfabetos seus pai procuram da sua
maneira despertam nas filhas o gosto pela leitura e escrita demonstrando para
as mesma a importância do estudo.
|
ÂMBITO ESCOLAR
|
Apontar de forma descritiva as condições da
escola para atender às Necessidades Educacionais do aluno
1- Em relação à cultura e filosofia da
escola:
2- Em relação à organização da escola
(acessibilidade física, organização das turmas; mobiliários adequados,
critérios de matrícula, número de alunos nas salas, interação com as
famílias, orientação/apoio aos professores, procedimentos de avaliação,
formação continuada de professores, desenvolvimento de projetos, atividades propostas para a comunidade
escolar, grupos de estudo etc.):
3- Em relação aos recursos humanos
(professor auxiliar de sala, instrutor de LIBRAS, tutor na sala de aula,
parceria com profissionais da saúde etc):
4- Em relação às atitudes frente ao aluno
(alunos, funcionários, professores, gestores, pais etc.)
5- Em relação ao professor da sala de aula
regular (formação inicial e continuada, motivação pra trabalhar, reação
frente às dificuldades do aluno, aspecto físico da sala de aula, recursos de
ensino-aprendizagem,, estratégias metodológicas, estratégias avaliativas,
apoio de especialistas etc.):
|
5- AVALIAÇÃO DO ALUNO
5.1- CONDIÇÕES DE SAÚDE GERAL
Caso
o aluno apresente alguma deficiência, problemas de comportamento e/ou
problemas de saúde, descreva:
1-
Tem
diagnóstico da área da saúde que indica surdez, deficiência visual,
deficiência física, deficiência intelectual ou transtorno global de
desenvolvimento? Sim
1.1-Se
sim, qual a data e resultado do diagnóstico? CID G 80 + F 71 Paralisia Cerebral,
deficiência Intelectual. 24/05/2016
1.2-Se
não, qual é a situação do aluno quanto ao diagnóstico?
2-
Tem outros problemas de saúde? Sim
2.1-
Se sim, quais? Inflamação na garganta, dor de cabeça forte com febre e dores nos ossos.
3-
Faz uso de medicamentos controlados? Não
3.1-
Se sim, quais?
3.2- O medicamento interfere no processo de aprendizagem?
Explique.
4- Existem recomendações da área da saúde?
4.1-
Se sim, quais?
|
5.2- NECESSIDADES EDUCACIONAIS
ESPECIAIS DO ALUNO
Caso
o aluno apresente alguma necessidade educacional especial, descreva:
1- Deficiência(s)
ou suspeita de deficiência(s) específica(s) apresentada(s):
CID G 80 + F 71 Paralisia Cerebral,
deficiência Intelectual
2- Sistema lingüístico utilizado pelo aluno, na sua
comunicação:
Linguagem
e comunicação oral, através da fala. Troca de idéia restrita não dando
reciprocidade à conversa.
2- Tipo
de recurso e/ou equipamento já utilizado pelo aluno:
Nenhum
de forma sistemática
3- Tipo
de recurso e/ou equipamento que precisa ser providenciado para o aluno:
Comunicação
Alternativa: pranchas adaptadas de alfabetização, pranchas adaptadas de matemática.
Representar o aprendizado (por meio de desenhos, material concreto,
ilustrações...) e acessibilidade curricular.
4- Implicações
da NEE do aluno para a acessibilidade curricular:
A aluna não domina a
leitura nem a escrita, não consegue permanecer na sala por muito tempo, não
tem consciência que quando termina o horário de aula de um professor para
outro entrar.
5- Outras
informações relevantes:
É necessário adaptações de acesso ao currículo (eliminação de
barreiras metodológicas), e as adaptações pedagógicas (ou curriculares
propriamente ditas). Processos
variados de avaliação.
|
5.3- DESENVOLVIMENTO DO ALUNO
4- FUNÇÃO COGNITIVA
1- PERCEPÇÃO (considerar as
potencialidades e dificuldades):
FUNÇÃO COGNITIVA
|
Ao avaliar o aluno, considere os
seguintes aspectos: percepção visual, auditiva, tátil, sinestésica, espacial
e temporal.
Percepção visual: É capaz de distinguir, diferenças oralmente e
semelhanças entre objetos, lugares e figuras. Lembra informações
apresentadas visualmente e
oralmente dando significado ao que vemos;
Dificuldades: Reconhecer os números ate 10, não
conhece o alfabeto maiúsculo ou
minúsculo; Dificuldade em leitura e escrita;
Percepção auditiva: consegue envolver a recepção e a
interpretação de estímulos sonoros através da audição. Identificando
habilidades como a detenção de som, sensação sonora, discriminação,
localização, reconhecimento, compreensão, atenção e memória ouvinte, a exemplos
de ( musicas evangélicas), também avaliada através do programa coleção fono
na escola.
Dificuldades: Não consegue recontar uma historinha infantil .
Percepção tátil: Aluna é canhota, utiliza com
precisão sua coordenação motora fina. percebe à sua maneira característica de
um objeto, ( forma, tamanho, temperatura e dor );
Percepção sinestésica: Possui pouca memória para
reconhecer nomes de pessoas demonstrando esse conhecimento com pessoas do seu
meio familiar e amigos próximos da família.
Percepção espacial e temporal: Não identifica determinados fatos,
porém descreve horário ( tempo) que sai de casa e horário para a escola
e ( tempo) que volta pra casa ex: sair
pela manhã seis horas e volto meio dia almoço e vou dormir.
Observações:
|
ATENÇÃO
(considerar as potencialidades e dificuldades):
Ao avaliar o aluno, considere os
seguintes aspectos: seleção e manutenção de foco, concentração, compreensão
de ordens, identificação de personagens.
Ø
Possui
baixo nível de atenção e concentração na sala de aula;
Ø
Identifica
imagens e explora oralmente, dentro da sua condição de entendimento;
Ø
Demonstra
compreensão de ordens, demonstrando obediência quando solicitada.
Observações: Dar instruções
claras e precisas, pouco numerosas, assim como fazê-las acompanhadas de um
modelo; ü
Centrar as atividades em coisas concretas que devem ser manuseadas com a
aluna
; Ás vezes aparenta um
comportamento mais estressado.
|
|
MEMÓRIA (considerar as
potencialidades e dificuldades):
Ao avaliar
o aluno, considere os seguintes aspectos: memória auditiva, visual, verbal e
numérica.
Ø Demonstra pouca ou leve porem
preservada memória visual e auditiva a ex. de contação de historia a sua
maneira e através das imagens;
Observações:
Não consegue se ater por muito tempo nas atividades necessitando estar junto
ao ser realizada às atividades.
|
|
|
|
4 - LINGUAGEM (considerar as
potencialidades e dificuldades):
Ao avaliar o aluno, considere os
seguintes aspectos compreensão da língua oral, expressão oral, leitura, escrita, uso de outros sistemas
linguísticos (LIBRAS, comunicação alternativa etc.)
Ø
É
capaz de expressar-se oralmente porem não demonstra um discurso conexo,
utilizando quase sempre uma fala sem sentido ou fala fatos acontecidos em
casa.
Observações: Dificuldade em leitura
e escrita
|
|
5 - RACIOCÍNIO LÓGICO (considerar as
potencialidades e dificuldades):
Ao avaliar
o aluno, considere os seguintes aspectos: compreensão de relações de
igualdade e diferença, reconhecimento de absurdos e capacidade de conclusões
lógicas; compreensão de enunciados; resolução de problemas cotidianos;
resolução de situações-problema, compreensão do mundo que o cerca,
compreensão de ordens e de enunciados, causalidade, sequência lógica etc.
Ø A aluna demonstra grande vontade em
aprender. Assídua não perde aula nem mesmo estando doente.
Observações:
A aluna não demonstra conhecimentos matemáticos, dificuldade oral e escrita
dos números e quantidades mesmo utilizando material concreto e/ ou adaptado.
|
|
5.5
FUNÇÃO
MOTORA
|
DESENVOLVIMENTO E CAPACIDADE MOTORA
(considerar as potencialidades e dificuldades):
Ao avaliar
o aluno, considere os seguintes aspectos: postura, locomoção, manipulação de
objetos e combinação de movimentos, lateralidade, equilíbrio, orientação
espaço-temporal, coordenação motora.
Ø
Possui
articulação motora dos membros superiores e inferiores;
Observações: Sofre de dores nos
ossos
|
5.6
FUNÇÃO
PESSOAL-SOCIAL
|
ÁREA
EMOCIONAL – AFETIVA – SOCIAL (considerar as potencialidades e dificuldades):
Ao avaliar o aluno, considere os
seguintes aspectos: estado emocional, reação à frustração, isolamento, medos;
interação grupal, cooperação, afetividade.
Ø
A
aluna demonstra grande felicidades em estar no espaço escolar, gosta de frequentar a biblioteca
por se sentir encantada com as historinhas infantis;
Observações:
A aluna não consegue acompanhar o currículo, utilizando seu material escolar
para fazer garatujas. Quando o professor termina sua aula de cinquenta
minutos a aluna sai da sala também, sem entender que quando um professor sai
em seguida vem outro. Permanecendo muito tempo fora da escola permanecendo
mas tempo na biblioteca.
|
5.7
– Identificar os fatores do ambiente físico, social e atitudinal
que influenciam de forma positiva (facilitadores)
Ou negativos ( barreiras) o desempenho do
aluno.
POSITIVO
·
Oferta
do AEE
·
Flexibilizar
o currículo
·
Uso
de comunicação alternativa ( pranchas)
·
Aceitação
do professor
NEGATIVO
·
A
não flexibilização de atividades / avaliação por parte dos professores
·
Falta
de parceria entre professores regular e professores do AEE
·
Discriminação
e/ou falta de aceitação por parte do professor
5.8-
Ações necessárias para atender às necessidades educacionais especiais do aluno:
Com
base nas dificuldades e nas potencialidades apresentadas pelo aluno, indicar
quais são as suas necessidades educacionais especiais que constituirão os
objetivos no planejamento pedagógico no AEE:
A aluna tem dificuldade em
acompanhar o currículo, uma vez que a mesma sempre permaneceu em sala nas
escolas, porém nunca foi pensada como um ser que quando trabalhada
individualmente e com adaptações curriculares isso tornaria se possível. A aluna encontra-se no oitavo ano isso com certeza faz com que o
seu aprendizado mesmo com as flexibilizações fique distante um ganho
considerável em seu currículo seu aprendizado.
Contudo O deficiente intelectual, assim como
qualquer outro cidadão, deve ser educado em sociedade e para a sociedade. Ao
analisar o contexto familiar e educacional no qual estão inclusos os
deficientes intelectuais, o que está sendo oferecidas a eles, quais
oportunidades estão sendo disponibilizadas a fim de facilitar, mediar uma
aprendizagem significativa, voltada para a superação das suas limitações,
verifica-se o comprometimento do coletivo da escola.
Respeitar as diferenças físicas, sociais,
culturais, bem como o funcionamento de cada um, favorecendo a convivência
humana, onde todos são respeitados em suas individualidades, representa o
grande desafio de uma sociedade bem sucedida. A flexibilização curricular
funciona como, um instrumento neste processo de construção da escola inclusiva.
Considerando que a criança com Deficiência Intelectual apresenta dificuldades
em assimilar conteúdos abstratos, faz-se necessário a utilização de material
pedagógico concreto, e de estratégias metodológicas práticas para que esse
aluno desenvolva suas habilidades cognitivas e para facilitar a construção do
conhecimento. Os jogos e brincadeiras são estratégias metodológicas, pois eles
proporcionam a aprendizagem através de materiais concretos e de atividades
práticas, onde a criança cria, reflete, analisa e interage com seus colegas e
com o professor. Os jogos desenvolvem o cognitivo, afetivo, social, linguístico
e físico- motor das crianças.
O Currículo Funcional é uma proposta de
ensino que visa à melhoria da qualidade de vida de pessoas com Deficiência
Mental. Ele deverá oferecer oportunidades para os alunos aprenderem as
habilidades que são importantes para torná-los independentes, competentes,
produtivos e felizes em diversas áreas importantes da vida familiar e em
comunidade. O ensino tem que promover a interação positiva desse aluno com o
meio em que vive. Currículo funcional é aquele que facilita o desenvolvimento
de habilidades essenciais, a participação em uma grande variedade de ambientes
integrados (FALVEY, 1982, apud CERQUEIRA, 2007). Para atingir as metas do
Currículo Funcional, é importante a participação da família e a interação
amistosa entre o professor e aluno que são os agentes do processo
ensino-aprendizagem. O currículo deve educar ensinar e instruir para a vida
prática, proporcionando o desenvolvimento de comportamento e atitude adequados
para o convívio social oportunizando a vivência das tarefas do cotidiano no
ambiente escolar, melhorando assim a sua qualidade de vida.
As adequações se referem a um contexto e não
a criança. As flexibilizações curriculares devem ser pensadas A adaptação
curricular, feita por um professor, para um aluno especifico, é válida apenas
para esse aluno e para esse momento e funciona como instrumento para programar
uma prática educativa para a diversidade e devem responder a uma construção do
professor em interação com o coletivo de professores da escola e outros
profissionais das áreas da educação, saúde e assistência social.
Após a identificação
das adaptações a serem implementadas, deverão ser planejadas e levadas a efeito
com a participação do coletivo envolvido no contexto escolar, para que o
educando deficiente intelectual tenha assegurado seus direitos à educação e à
cidadania. Ao professor deverá ser assegurado o suporte necessário para que em
sala de aula possa disponibilizar de todos os meios, métodos, técnicas e
recursos a fim de garantir ao aluno deficiente intelectual, todas as
possibilidades para o seu desenvolvimento. Os tipos de estratégias que são
necessárias a fim de permitir que todos os alunos, inclusive o de deficiência
intelectual, participem integralmente das oportunidades educacionais, com
resultados favoráveis, dentro de uma programação tão normal quanto possível,
são reveladas, pelas necessidades especiais destes.
Após o levantamento
dos procedimentos metodológicos, técnicas e estratégias que estão sendo
desenvolvidas pelo professor, no ensino comum, foram elencadas sugestões para
adaptações curriculares que venham a contribuir significativamente para a
aprendizagem do aluno deficiente intelectual, entre elas: - a utilização de
situações concretas para todas as aprendizagens; - a utilização de situações
problemas, vivenciadas pelo aluno, para a aprendizagem dos números; - o
trabalho em grupo, sempre que possível; - leitura coletiva em voz alta, mais
lenta; - sempre que necessário dividir o conteúdo em parte menores; - quando o
aluno tem dificuldades em copia, trazer os textos e as atividades impressas; 18
- fazer a interpretação de algo que o aluno tenha assistido na televisão; -
listar os assuntos de interesse do aluno e sempre que possível introduzi-lo no
conteúdo a ser trabalhado; - introdução de critérios específicos de avaliação;
- introdução de objetivos e conteúdos específicos complementares a fim de
contemplar necessidades essenciais especificas; - eliminação de objetivos e
conteúdos específicos quando estes ultrapassam as condições do aluno em atingi-los.
Ø Garantir as
flexibilizações necessárias para o desenvolvimento da aprendizagem do aluno;
Ø Estabelecer parceria
entre professores da sala regular e AEE,
( por meio das ACS e / ou agendamento individualizado.
Ø Promover formação
continuada para professores e gestores sobre o papel da escola numa perspectiva
inclusiva;
Ø Garantir tempo livre
para o professor do AEE confeccionar pranchas de comunicação alternativas;
Ø Garantia do AEE para
a aluna no mínimo duas vezes por semana;
Ø Assegurar assistência
pedagógica aos professores;
Ø Parceria entre
coordenador da escola regular e do AEE.
6 - Planejamento pedagógico
Flexibilizações no
processo de ensino aprendizagem – medidas educativas a implementar:
a) Apoio Pedagógico personalizado ( )
Descrever
as estratégias a desenvolver com o aluno, nas diferentes áreas curriculares ou
disciplinas, que podem consistir:
·
na antecipação e/ou reforço da aprendizagem de conteúdos;
·
no desenvolvimento ou reforço de competências gerais de
aprendizagem;
·
em adequações ao nível da organização do espaço e das atividades.
ü
Priorizar o uso da comunicação alternativa em
sala de aula;
ü
Realizar atividades, e avaliações diversificadas
de preferência objetivas e com opções de múltiplas escolhas;
ü
Da preferência pela letra caixa alta;
ü
Utilizar de imagens, livros, textos curtos,
explorando oralmente;
ü
Oferecer sempre explicação individualizada a
respeito da atividade realizada;
ü
Propor atividades centradas em objetos concretos
a ser manuseadas;
ü
Estimulo
e reforço da aprendizagem de conteúdos
lecionados no âmbito do grupo ou
turma.
b) FLEXIBILIZAÇÕES CURRICULARES INDIVIDUAIS ( )
Registrar as flexibilizações
curriculares definidas, que podem consistir:
• na introdução de objetivos, conteúdos
ou áreas curriculares específicas;
• na dispensa de atividades impossíveis
de realizar pelo aluno.
• Estratégias educacionais a serem
utilizadas para alcançar o desenvolvimento da aprendizagem.
Devem ser explicitadas todas as
alterações efetuadas em cada uma das disciplinas.
Ø
O professor deve ter como referencia a situação
do aluno, quais as potencialidades e dificuldades do mesmo.
Ø
Buscar estratégias que lhe permita por em
pratica, garantindo a aprendizagem de todo o grupo;
Ø
Verificar se as adaptações estabelecidas para a
aluna com NEEs estão sendo eficazes, se facilita a aprendizagem;
Ø
Priorização de objetivos considerados
fundamentais para a aquisição de aprendizagens posteriores;
Ø
Introdução de objetivos ou conteúdos que não
estão no currículo mas que podem complementa-lo;
Ø
Eliminação de determinados objetivos ou
conteúdos cuidando para que não seja aqueles considerados básicos;
Ø
Utlizações de situações problemas vivenciados
pelo aluno, para a aprendizagem dos números;
Ø
Trabalhos
em grupos sempre que possível;
Ø
Leitura coletiva em voz alta, sendo possível
para o aluno mais lento;
Ø
Sempre que possível dividir o conteúdo em partes
menores;
Ø
Visto que a aluna não copia trazer os materiais
textos, atividades já impressas;
Ø
Listar os assuntos de interesse do aluno e
sempre que possível introduzi-lo no conteúdo a ser trabalhado;
Ø
Introdução de critérios específicos de
avaliação;
Ø
Introdução de objetivos e conteúdos específicos
complementares a fim de contemplar
necessidades essenciais especificas;
Ø
Eliminação de objetivos e conteúdos específicos
quando estes ultrapassam as condições da aluna em atingi-los;
c) FLEXIBILIZAÇÕES NO PROCESSO DE AVALIAÇÃO ( X )
Indicar as adequações
definidas no âmbito do processo de avaliação do aluno, explicitando:
• tipo de prova;
Ø Oferecer repertório de imagens visual para compreensão de
significado de nova palavra;
Ø Parlendas através da comunicação alternativa possibilitando a
memorização;
Ø Classificação aqui pareamento, ordenação, noções de conjunto e
quantidade;
Ø Explicações diretas de varias maneiras para que a mesma a entenda;
Ø Leitura das atividades, textos e avaliações para a aluna – estar
junto;
Ø Tempo extra para a realização de atividades, testes e provas;
Ø Respostas oral, escrita por um escriba;
Ø Realização de teste e prova em um local tranquilo;
Ø Realização de teste e provas em vários dias
Ø Materiais para consulta e uso práticos, materiais concretos para
contagem, material dourado, e pranchas alternativas;
Ø Pequenos textos produzidos pela aluna, maquetes para compreensão
de um conceito;
Ø Uso de opções múltiplas.
• instrumentos de avaliação;
Ø
Utilizar diferentes procedimentos de avaliação,
adaptando aos diferentes estilos e procedimentos de expressão da aluna;
Ø
Desqualificar essa tendência de
instrumentos de avaliação excesso de
provas;
Ø
O avaliador deve medir a mudança de
comportamento da aluna de maneira neutra livre de julgamento;
Ø
Instrumentos avaliativos devem ter princípios norteadores
a objetividades a fidedignidade e a validade, enfatizando os aspectos técnicos
da avaliação;
Ø
Valorizar o conhecimento que o aluno com DI constrói em sua interação com o mundo;
Ø
Os instrumentos avaliativos devem ser adequados
aos objetivos;
Ø
Entender que avaliar não é sinônimo de atribuir
notas;
Ø
Avaliar
implica levantar dificuldades,
colocando questionamentos para a reflexão da aluna, apontando caminhos e transformando a pratica avaliativa em
pratica de aprendizagem
Ø
Usar demonstração pratica;
Ø
Usar gravuras;
Ø
Ler o teste e prova para o aluno;
Ø
Providenciar um ledor;
Ø
Permitir uso de respostas curtas;
Ø
Usar múltiplas escolhas;
Ø
Usar apoio escrito para as instruções orais;
Ø
Baixar o nível de dificuldade;
Ø
Reduzir as tarefas com lápis e papel;
Ø
Encurtar a extensão;
Ø
Entender a duração.
• formas e meios de
comunicação;
ü Espaço organizado, rotina, atividades lógicas e
regras;
ü Aulas
práticas e instrumentalizadas;
ü
Jogos de
tabuleiro, quebra-cabeça, jogo da memória e imitações de sons ou movimentos;
ü
Traçar no ar com o dedo o contorno de uma planície,
planalto, morro e montanha;
ü
Adequar
a proposta à idade e, principalmente, aos assuntos trabalhados em classe;
ü
Estudo das formas geométricas acompanhado de
atividade para encontrar figuras semelhantes que representem o quadrado, o retângulo
e o círculo;
ü
A tarefa
deve começar tão fácil quanto seja necessário para que ela perceba que consegue
executá-la;
ü
Sequência
de exercícios parecidos e agradáveis.
• periodicidade, local
e duração da avaliação.
ü
d) TECNOLOGIAS DE APOIO. (X
)
Indicar as tecnologias
de apoio a serem utilizadas pelo aluno para melhorar o seu desempenho escolar.
Fazer uso:
Ø
Prancha de comunicação alfabética;
Ø
Prancha com imagens de números e quantidades.
7-PARECER FINAL
8-ELABORAÇÃO
DO PDI
PDI
elaborado por: JILVANI ROCHA SILVA BELITARDO
Profissionais:
Assinatura:_____________________________________________________________________
Concordo
com as medidas educativas definidas,
Diretor (a) da
Escola. Assinatura:_____________________________________________________________
Secretária de
Educação. Assinatura:_____________________________________________________________
Várzea Nova 05 de julho de 2017.
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